Ódio dominou a sala no instante que seus olhos se encontram. Foi isso que aconteceu com Zayan e Helena. Seus anos estudando na mesma faculdade apenas alimentou seu ódio um pelo outro.
Porém, no meio de tudo isso, um autor denominado "Autumn" lança...
"But i've got work shit out, baby I'm exercising demons, got' em runni' 'round the block now"
ᵘᵐ ᵃⁿᵒ ᵉ ˢᵉᶦˢ ᵐᵉˢᵉˢ ᵃᵗʳᵃˢ
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Nunca me reconheci como autor. Nunca pensei em escrever histórias, muito menos romances clichês..., mas cá estou.
Encaro a página em branco do Word a minha frente. Meus olhos nervosos não vacilam nem um instante, acompanhados das mãos que pairam sobre as teclas do laptop.
Instantes depois, meus dedos pressionam as teclas no teclado, escrevendo a dedicatória do meu livro.
"Para ela, que me faz lembrar do outono"
Confesso que no instante que a vi, seus olhos castanhos lindos e profundos, causando contraste com a cachoeira de cachos dourados sobre seus ombros, a tornando um lindo outono; minha mente não parou de criar histórias. Uma atrás da outra, sem parar. Dos romances mais clichês até as cenas mais indecentes.
Ela não podia ocupar minha mente assim, mas conseguiu.
Um suspiro se esvai de mim, indignado com o fato de eu realmente ter escrito um livro de romance clichê a garota que me mataria se pudesse. Talvez ela me mataria se soubesse disso.
Talvez não. Ela com certeza me mataria, e esconderia meu corpo nas fossas das marianas.
Helena é uma garota confiante, dona de si e apaixonada pela arte. Definitivamente uma nerd do teatro.
Mas não se deixe enganar pelo rosto convincente ou sorriso meigo, ela não é alguém que se possa confiar. Ela é uma pessoa que encanta a todos sem nem merecer. Posso dizer que odeio até mesmo a forma do nome dela.
E assim tem sido desde o instante que olhamos um para o outro. Nosso santo não bateu, simples assim. Eu sempre a achei muito metida e exibida, e ela sempre me achou riquinho e mesquinho. E é assim desde então.
Volto a encarar a dedicatória escrita no laptop.
Mas a história que eu escrevi, as histórias que tenho planejadas em minha mente, elas são muito boas para ficar guardada em arquivos. Elas merecem ser conhecidas e apreciadas.
Com isso, pondo a mão na gaveta bagunçada de minha mesa, encontro um pen-drive e carrego o arquivo do livro ali. Assim que o arquivo foi transferido, saio correndo do meu quarto. Entre o punho fechado o pen-drive. Meus movimentos são rápido a pegar a chave do carro e a jaqueta.
— A onde você vai, Zayan? —indaga meu colega de quarto, Logan, aparentemente surpreso com minha pressa.
—Eu esqueci de entregar o presente da minha irmã! — Minto.
