Ódio dominou a sala no instante que seus olhos se encontram. Foi isso que aconteceu com Zayan e Helena. Seus anos estudando na mesma faculdade apenas alimentou seu ódio um pelo outro.
Porém, no meio de tudo isso, um autor denominado "Autumn" lança...
"I should put it all behind me Shouldn't I? But I see her In the back of my mind All the time Like a fever Like I'm burning alive like a sign Did I cross the line?"
ᵈᶦᵃˢ ᵃᵗᵘᵃᶦˢ
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De todas as coisas que um dia cheguei a pensar sobre Zayan, nunca iria imaginar que ele tem irmãs. Ainda mais crianças.
Não que ele não possa ter irmãs, mas, olhando para ele e o jeito que age, é difícil imaginar que ele iria se importar com uma criança.
Quando o vi no mercado, sua regata e braços manchados de graxa de carro, me perguntando sobre cremes de cabelo, por apenas um segundo meu coração amoleceu. Mas não foi por ele, mas sim por suas irmãs.
Crianças são meu ponto fraco.
E por certa parte, me lembrar de meus irmãos.
Brian me pediu para comprar algumas cervejas para o caso que o time ganhe essa noite.
Ou se perderem, já poderão afogar as mágoas em bebida.
Eles estão bem confiantes da vitória; o que me deixa ainda mais ansiosa para o jogo.
Espero que meu atraso não faça mal, ainda mais por tal caso.
Já que, com o maior respeito, não vou deixar Zayan tocar no cabelo delas com as mãos cheia de graxa.
Assim que entramos em sua casa, percebo como é minimalista, marcada pela falta de acessórios pessoais.
Não deve ser muito usada.
A porta se abre e dá acesso a um hall de entrada pequeno que segue até a cozinha. A mesma é aberta, dando a visão da sala ali na frente, onde há uma pequena garotinha, que, apressada, sai de atrás do sofá e vem correndo em direção ao Zayan, agarrando sua perna em uma tentativa de abraço.
—Maninho! —A pequena garota exclama, enquanto Zayan a ergue em seus braços.
Meu coração se afunda em memórias por um instante. A lembrança viva na minha mente de quando chamava meu irmão de "maninho". A garotinha, que provavelmente é sua irmã, tem uma linda pele parda e cabelos crespos e preto como a noite.
Ela é adorável.
Volto rapidamente à cena quando ouço uma pergunta vinda da pequena garota. Ela fala baixinho para o irmão, com um enorme sorriso de esperança no rosto.
—É a sua namorada?
—Minha namorada? —Ele faz um som zombeteiro e sussurra à irmã, alto o suficiente para eu ouvir. — Jamais. Ela é horrível. – E então, com um sorriso de canto, me encara ao terminar – E ela me odeia...
