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Tyler

Quando chego em casa, percebo um silêncio fora do comum

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Quando chego em casa, percebo um silêncio fora do comum. Fecho a porta atrás de mim e olho para todos os lados procurando minha mãe ou meu pai, mas só vejo meu cachorro Bob dormindo no tapete da sala. Sorrio quando o vejo, e vou até ele fazendo carinho em seus pelos macios. Mas um barulho no andar de cima chamou minha atenção, fiquei alguns segundos tentando decifrar oque estava fazendo aquele barulho mas não consigo concluir nada. Faço um carinho rápido em Bob e me levanto subindo as escadas e quanto mais eu andava, mais aquele barulho ficava nítido. E sem perceber eu já estava à frente do quarto dos meus pais, o barulho estava vindo de lá.

Antes que eu pudesse tocar na maçaneta da porta, escutei um barulho de tapa extremamente alto seguido por gemidos abafados. "Não é possível que eles estejam fudendo uma hora dessas" penso revirando os olhos, dou as costas para ir para meu quarto e acabo prestando mais atenção nas vozes ofegantes atrás de mim.

Eu nunca escutei meus pais fazendo sexo, minha mãe era muito conservadora para estar fazendo todo aquele escândalo em plena luz do dia. Várias coisas passaram em minha cabeça e uma delas me fez abrir aquela porta de forma agressiva sem pensar nas consequências que isso me traria. E vejo meu pai pelado com a vizinha, amiga da minha mãe

Estou paralisado vendo os dois me olharem com espanto enquanto tentam se cobrir com o lençol, respiro fundo controlando minhas lágrimas e saio do quarto antes que eu quebre a cara desse desgraçado que chamo de pai

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Estou paralisado vendo os dois me olharem com espanto enquanto tentam se cobrir com o lençol, respiro fundo controlando minhas lágrimas e saio do quarto antes que eu quebre a cara desse desgraçado que chamo de pai.

Quando vou chegando perto da porta do meu quarto, sinto uma mão segurar meu pulso fortemente e me viro vendo o rosto tenso e sério do meu pai.

"Não ouse contar a sua mãe oque viu aqui" - ele encara até minha alma com aqueles olhos castanhos -

"Contar ?" - repito dando um sorriso sarcástico e me livro do seu toque - "desde daquele dia que você estava trepando com a própria sobrinha já era pra minha mãe ter te largado a muito tempo, mas não, ela prefere agir normalmente enquanto você transa com todas que encontra." - a única mulher que eu amava era minha mãe pois se não fosse por ela, eu seria a pior pessoa do mundo. -

"Não seja tolo Tyler, você sabe muito bem as circunstâncias para permanecermos juntos." - antes que eu pudesse responder alguma coisa, vejo a vizinha passar por nós indo em direção a saída. Ainda abro a boca mas fecho novamente, não tinha mais argumentos para falar com aquele homem e entro no meu quarto. Quando fecho a porta ainda consigo ouvir suas súplicas implorando que eu não conte nada a minha mãe -

É nessas horas que aquele Tyler durão se torna vulnerável, é nessas horas que não existe frieza ou ruindade no meu coração, é nessas horas que só quero ser amparado por alguém que me assegure dizendo que tudo vai ficar bem, e que está ali por mim. Mas diante de tantas coisas idiotas que já fiz, ninguém gosta de mim. Meus amigos só me querem por perto por popularidade, minha ex me odeia e tenta de todos os modos me destruir. E minha mãe está tão afundada em suas dores emocionais que não consegue ao menos me dar atenção, em todos os meus dezoito anos eu nunca tive paz. E a necessidade de fazer coisas erradas me faz sair da realidade de ser um garoto depressivo com pais problemáticos, olho minhas mãos e as vejo tremer de forma descontrolada. Sinto algo escorrer do meu nariz e quando passo o dedo vejo sangue, era sempre assim quando eu tinha crises fortes de raiva.

E diante a tanto tormento minha mente automaticamente volta para horas atrás que estive com Anny, seu jeito era tão puro que me hipnotizava cada vez que eu olhava em seus olhos. E não sei, tantas coisas acontecendo comigo ao mesmo tempo que quero desistir dessa maldita aposta, a grana é bem alta... Mas eu não posso fazer isso com Anny.

Minha cabeça está cheia de pensamentos diferentes e preciso fazer alguma coisa para me acalmar, fecho meus punhos e soco a parede com toda força até ver meu sangue escorrendo e minha ansiedade aos poucos amenizar. Olho minha mão sangrando e dou um sorriso irônico, fazer isso tem se tornado tanto um costume que já nem sinto dor

Sento no chão encostando minhas costas na cama e fico pensativo sobre tudo, e em pensamentos tão barulhentos, uma pessoa tem o poder de me acalmar mentalmente. Lembrar das horas que passamos juntos fez meu coração parar de bater forte, sinto a ardência em meus punhos aos poucos e vou até a pia do banheiro para lavar. Encaro meu reflexo no espelho e vejo que não sou mais aquele Tyler de antes, ou talvez eu nunca fui uma pessoa feliz nem mesmo quando era uma criança...

 Encaro meu reflexo no espelho e vejo que não sou mais aquele Tyler de antes, ou talvez eu nunca fui uma pessoa feliz nem mesmo quando era uma criança

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𝕬 𝖒𝖆𝖑𝖉𝖎𝖙𝖆 𝖆𝖕𝖔𝖘𝖙𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora