51-

23 1 0
                                    

Anny

No dia seguinte acordo bem cedo e me arrumo rápido para preparar o café da manhã

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

No dia seguinte acordo bem cedo e me arrumo rápido para preparar o café da manhã. Quando desço me deparo com Lucas sentado na cadeira da mesa com a cabeça em seus antebraços, sinto uma pontada em meu coração quando escuto ele chorar baixinho. Vou em sua direção e deito sua cabeça em meu peito

"Anny..." - ele me olha em seguida com seus olhos vermelhos, não sabia ao certo se era erva que ele tinha fumado ou por causa do choro - "me promete que nunca vai sair do meu lado, não importa o quão difícil seja ?"

Sua súplica me pegou de surpresa ao mesmo tempo que me destruiu, fecho os olhos expulsando uma lágrima. Era difícil disfarçar que tudo estava indo bem quando na verdade não estava, já não tínhamos ninguém para cuidar da gente ou um motivo especial que nos alegrasse no dia a dia. E tudo que eu mais implorava em minhas orações era que mandasse um sinal que tudo ficaria bem. Mas ultimamente as coisas só tem piorado

"Idiota, é claro que nunca vou sair do seu lado" - dou um sorriso triste - "aconteça oque acontecer, será você por mim e eu por você"

"Não quero ir para escola" - isso acaba me tirando uma risada sincera -

"Eu também não quero, mas não temos escolha" - me afasto dele pegando uma frigideira, alguns ovos e bacon da geladeira - "mas é seu último ano no ensino médio Lucas, você tem que ir"

"Que droga" - resmunga se levantando da cadeira indo até seu quarto, escuto o barulho do chuveiro e presumo que ele está tomando banho. E antes que volte já deixo o dele reservado para comer -

"Eu vou dirigindo hoje" - digo o observando comer - "sinto cheiro de álcool daqui oque significa que ainda está bêbado"

"Quer destruir o trânsito ?" - pergunta sério e sorrio da sua cara - "você só tem 16 anos pra querer bancar a adulta"

Nem me lembrava que mês passado era meu aniversário, pela primeira vez não tive forças em comemorar essa data que um dia já foi muito importante pra mim.

"Quando você vai entender que já não sou uma criança ?" - pergunto em tom divertido e sorrimos do nada um pro outro, aquilo fez meu coração ficar se encher de amor -

"Você sempre será uma criança mimada que merece proteção, não importa a idade que tenha" - o olho por alguns segundos reparando em cada detalhe do seu rosto, suas olheiras estavam fundas e escuras, seu olhar já não tinha o brilho de antes, e seu peso havia diminuído, tanto que algumas de suas roupas ficavam bem folgadas  -

"Muito engraçado" - digo séria jogando uma torrada nele que fica bastante bravo com isso -

"Se fizer isso de novo, eu vou socar essa torrada na sua garganta" - ele fala sério, mas percebo que segura o sorriso -

𝕬 𝖒𝖆𝖑𝖉𝖎𝖙𝖆 𝖆𝖕𝖔𝖘𝖙𝖆Onde histórias criam vida. Descubra agora