Três meses antes
- Filho da puta!
O homem gritou quando o joguei do outro lado do bar, acertando uma mesa onde algumas garotas estavam sentadas. Elas soltaram gritinhos e se afastaram, aparentemente inteiras, e o babaca escorregou no chão levando a mesa junto.
Eu dei uma breve olhada nas duas mulheres assustadas, percebendo que não eram da região, porque pareciam duas burguesinhas perdidas na toca dos leões.
- Desculpe, senhoritas. A minha mira não está muito boa hoje. Não se preocupem, irei pagar a conta. - Eu abri o meu melhor sorriso debochado, tentando não assustá-las tanto.
A morena resmungou aborrecida e a outra, que parecia uma cópia da Barbie, me encarava com curiosidade nos olhos azuis atraentes.
- Não acho que você tenha dinheiro para pagar. - A resmungona me olhou dos pés à cabeça, julgando-me como a maioria dos riquinhos faziam.
Em partes ela acertou, até porque eu não estaria brigando com esse cara se ele não tivesse vindo me cobrar em plena sexta à noite no dia da porra da minha folga.
Quem cobra alguém na porra da noite da cerveja? Esse pessoal não conhece os horários comerciais?
Eu passei pelas dondocas e puxei o babaca pela camisa, o arrastando para fora do bar, às prevenindo de assistir aquela cena, ou iriam sair correndo.
- Seu desgraçado, Jimin vai matar você. - O homem gritou quando o joguei no meio da rua.
Ele teria que me pegar primeiro para fazer tal coisa.
- Diga ao seu chefe que da próxima vez que mandar um idiota atrás de mim, que seja mais eficiente. Eu já disse que vou pagar a porra do dinheiro, vocês não sabem esperar?
- Imbecil. Você está ferrado. - Ele levantou limpando o filete de sangue que escorria pela boca.
Eu peguei leve com aquele pedaço de merda, ele estava apenas com um nariz torto e provavelmente uma contusão nas costelas. Cortesia por ter estragado a minha noite.
Sacudi a minha jaqueta molhada de cerveja, completamente revoltado com aquela sujeira. Nem mesmo a droga de uma noite de descanso eu tinha em paz.
O trouxa foi embora porque não tinha culhões para me enfrentar e eu me arrependi de não ter pego mais pesado com ele.
Sorte a dele que eu estou de bom humor.
- Se continuar destruindo o bar quase todos os dias, eu vou ficar desempregada. - A minha irmã me esperava na porta, com os braços cruzados e uma carranca feia.
- Você não precisa desse emprego. E não reclame porque sou eu que pago o seu salário. - Eu dei um tapinha na sua bunda, quando passei por ela.