Max bateu na minha mão em um comprimento rápido, assim que chegamos ao seu estúdio. Ele era o único cara do pedaço que eu confio para tatuar a patricinha, já que praticamente fez todas as tatuagens no meu corpo. O cara era experiente e faria a primeira tatuagem de Lisa não ser tão traumática.A Barbie olhava os desenhos de tatuagens na parede do estúdio, parecendo animada. Ela estava assim desde que saímos de casa e parecia que faria algo extraordinário. Quero ver essa animação quando estiver com dor.
— O que temos para hoje? Vai tatuar a bunda? — Max me olhou com diversão nos olhos pretos.
Apesar de ser grande, eu ainda conseguia ser mais alto que ele. As pessoas parecem ser fissuradas pela minha bunda, não posso julgá-las, essa bunda é fascinante. A patricinha é a primeira a tirar uma casquinha.
— A minha bunda não será sua hoje, mas a garota ali quer fazer uma tatuagem. — Apontei para a Barbie, que se aproximou de nós.
— Sou Lalisa. — Ela se apresentou.
— É a primeira tatuagem? — Ele a olhou dos pés à cabeça, percebendo que era uma dondoquinha de pele virgem.
— Sim. — Falou orgulhosa.
— Pegue leve com ela.
Max abriu um sorriso debochado para mim, como se soubesse de alguma coisa e pediu para que Lisa o acompanhasse até à sua sala. Os acompanhei, ignorando a piscadinha que a sua secretária mandou na minha direção, não me lembrava o seu nome, mas a garota já me pagou um boquete na última vez em que vim aqui. E não foi um dos mais divertidos.
Lisa foi instruída a sentar na poltrona de couro e eu me escorei na porta como um intruso, a vendo falar empolgada que queria uma borboleta entre os peitos. Achei muito mulherzinha, mas Lisa disse que era um símbolo de transformação e felicidade, que lembrava muito a etapa que ela estava
passando agora. No fundo, eu estava orgulhoso dela. Eu conseguia ver em pequenos gestos o quanto ela estava feliz esses dias.Soltei um suspiro, a assistindo tirar a blusa, parecendo envergonhada com Max, mas ele a deixou à vontade. Ela me olhou e sorriu, como se dissesse que era foda e corajosa o suficiente para fazer uma tatuagem nos
peitos.Eu a chamei de patricinha molenga e ela me mostrou a língua para me provocar.
De patricinha mimada à rebelde, com certeza ela estava evoluindo e me deixando fascinado a cada dia que passa. O que era um grande problema, porque ela iria embora e não seria uma pessoa que eu esqueceria tão
facilmente.Esses pensamentos eram ruins, porque eu não costumava deixar que as pessoas me afetassem dessa forma. Ainda mais mulheres. Max explicou todos os procedimentos para ela, e Lisa soltou alguns
gemidos de dor nos primeiros momentos, mas depois começou a se acostumar com a irritação da agulha rasgando sua pele. Ela fazia caras e bocas engraçadas, que eu fiz questão de tirar foto para recordação.