Eu nunca trabalhei na minha vida, o meu pai queria que eu focasse apenas nos meus estudos, porque tinha uma empresa para aprender a administrar.O que ele não sabia, era que eu nunca quis isso e que a ideia de servir mesas em um bar era muito mais atrativa. Eu estava animada com o meu primeiro emprego como garçonete, mesmo parecendo um serviço exaustivo e que exigia muita paciência para
lidar com bêbados, eu sei que conseguiria, mesmo que Jk estivesse contra mim.
Na verdade, ele não estava gostando da minha presença na sua casa e fazia questão de mostrar isso, tudo era novo e estranho para mim. Apesar de ter me apossado do seu quarto, e de seu espaço pessoal, eu estava nervosa com tudo isso. Eu conseguia entender que não teria o mesmo conforto que a minha casa e que os primeiros dias seriam mais difíceis. Eu dividiria uma cama
com um homem por três meses, um homem arrogante que me detestava, ainda por cima, mas estava disposta a levar essa ideia até ao fim, mesmo que Jk irá me levar ao limite.Brittany se acomodou com facilidade na casa, para a minha surpresa, eu coloquei a sua casinha ao lado da cama de jk e espero que ele não brigue para tirar minha cachorra do quarto, ou eu terei que dormir no sofá com ela. Apesar de sempre discutir com Jk, a casa era dele e eu não podia extrapolar, porque sabia que se ele se cansasse de mim, me expulsaria dali. Só havia um banheiro no apartamento e ficava no corredor. Rosé já
estava lá embaixo com Luke tomando conta do bar e eu tomava banho para me preparar também. O banheiro era pequeno e apertado, como o restante da casa, e não tinha
hidromassagem, mas eu conseguia me virar no chuveiro.- Saia logo daí, patricinha. Você vai acabar com toda água quente. - Jk acabou com a minha paz, ao esmurrar a porta.
Qual era o problema desse cara em implicar comigo? Onde já se viu a água acabar?
- Eu ainda estou lavando o cabelo. - Gritei de volta, usando o creme de massagem.
Eu posso jurar que o ouvi me xingar.
- Não tem só você nesse apartamento, precisa economizar a droga da água. Você não está em um spa, patricinha.
- Eu sei que isso aqui não é um spa. Para de encher a minha paciência. Uma garota precisa de privacidade. - Eu gritei de volta.
E como se jogasse uma praga, de repente, a água quente desapareceu, dando lugar a uma gelada, que quase congelou meu cérebro.Eu gritei desesperada me esbarrando nas paredes, com os olhos fechados para não entrar creme de cabelo, mas foi em vão e logo tudo começou a arder e eu estava sufocando naquele cubículo apertado.
- Barbie? - jk voltou a bater na porta.
Eu continuei a gritar e a resmungar, tentando tirar o sabão que acabou entrando no meu olho no momento de agitação.