Ao chegarem juntas na escola, foram direto para a sala, entraram e se sentaram juntas. Pegaram os materiais para começar a estudar, quando a freen começou a copiar, a nam veio e sussurrou baixinho:
- Opa, o casalzinho veio junto kkk, eu falei que ia ser...
- Fique em silêncio, preste atenção na aula - freen disse séria.
- Desculpa, freen, não resisti em fazer uma piadinha - a nam respondeu, tentando disfarçar o riso.
Freen apenas deu um sorriso sem graça e voltou sua atenção para as anotações que estava fazendo. Ela sabia que a nam estava certa, mas não queria admitir para si mesma. Afinal, como poderia uma híbrida se apaixonar por uma humana?
Para freen, parecia que o tempo não estava passando, ela queria que a aula acabasse logo para ir ao vestiário se arrumar para o jogo.
Freen sempre foi apaixonada por futebol, era algo que a fazia esquecer de todos os seus problemas, se sentindo livre e feliz enquanto jogava. Quando ela fugiu do castelo, onde cresceu isolada, jogada na rua, com fome e sem nada, uma mulher não muito velha apareceu e se tornou sua mãe adotiva, salvando-a daquela situação desesperadora.
Essa nova mãe de Freen foi quem a ensinou tudo sobre o futebol e sobre amor de novo. Ela a levava para assistir aos jogos, explicava as regras, treinava com ela e até a levou para participar de um time local. Freen sentia imensa gratidão por essa mulher que a acolheu, a ensinou e a ajudou a se tornar quem ela realmente era, incluindo o amor pelo futebol. Mesmo sabendo o que a Freen era, não sentiu medo. Só queria cuidar de uma criança que não era amada pelo pai.
A relação entre as duas era muito próxima, baseada em confiança, amor e respeito mútuo. Freen sempre se lembrava com carinho e gratidão de como aquela mulher mudou sua vida e a ajudou a encontrar sua paixão pelo futebol, tornando o futebol sua âncora.
elas compartilhavam esse amor pelo esporte, pois a mãe da Freen não conseguiu se tornar uma jogadora profissional. Mas ela tinha certeza de que a filha ia conseguir.
- Ei, Freen, vamos? A aula já acabou - diz a Becky tirando-a do pensamento. Suas mãos suavam tocando nas mãos da Freen.
- Oh, vamos - falou, levantando-se para arrumar as coisas e irem. As duas estavam nos corredores, mas não iriam pelo mesmo lugar. Se despediram com um abraço e seguiram por caminhos diferentes.
Enquanto caminhava pelo vestiário, seu coração acelerava por causa da Becky e do beijo que deram ontem. Ela tentava ignorar esses sentimentos, mas era impossível.
Chegou no vestiário, tirou a mochila das costas e colocou no banquinho que tinha ali perto, e foi pegar o seu uniforme para se vestir.
Enquanto se trocava, não conseguia tirar Becky da cabeça. Lembrava do jeito como ela sorria, do calor de seus lábios no seu. Suspirou, tentando afastar esses pensamentos. Não podia desfocar do seu objetivo.
Após terminar de se trocar, colocou as chuteiras e foi para o campo. A equipe já estava no campo começando um treino básico para começar. Durante o treino, ela manteve o foco total. Cada movimento, cada passe, cada chute eram feitos com perfeição. Ela não podia falhar. Não podia deixar o time na mão. Não podia decepcionar o treinador.
O treino acabou, e as equipes estavam se preparando para ir e começar o jogo. Freen estava com aperto no coração, parecia que ia acontecer alguma coisa de ruim, mas não deu bola e foi para o campo jogar mais uma partida de futebol.
O apito inicial foi dado e os times começaram a se movimentar pelo campo. Freen estava determinado a fazer um bom jogo, mas a sensação de aperto no coração parecia só aumentar a cada minuto que passava.
Durante o primeiro tempo, Freen estava fazendo boas jogadas e contribuindo para seu time. Apesar de ter feito boas jogadas durante o primeiro tempo, por um descuido levaram o primeiro gol. Freen ficou com raiva por ter levado um gol por um lance tão bobo.
No início do segundo tempo, o time adversário pressionou com força e conseguiu criar algumas oportunidades de gol. Freen estava atenta e se esforçava para ajudar seu time na defesa, mas a pressão era intensa.
Infelizmente, em um momento de desatenção da defesa, a equipe adversária conseguiu marcar o segundo gol. Freen sentiu o peso da responsabilidade e a frustração por ter permitido que isso acontecesse de novo.
No entanto, em vez de se abater, Freen decidiu usar esse gol sofrido como motivação para reverter a situação. Ela sabia que ainda havia tempo para reverter o placar e estava determinada a fazer a diferença no jogo.
Com muita garra e determinação, Freen se destacou no restante da partida. Ela não só ajudou o time a se reorganizar defensivamente, mas também conseguiu criar jogadas ofensivas que resultaram em chances de gol.
No final, o time de Freen conseguiu marcar o gol de empate, mas o time adversário não deixou barato e fez o último gol da partida, finalizando o jogo em 2 a 3.
Freen foi a última a deixar o campo, sua raiva e frustração pela derrota eram evidentes. Ela não queria falar com ninguém, apenas desabafar sua fúria. O vestiário estava quase vazio, pois ela havia demorado um pouco para sair do campo. Esperou que todos saíssem para explodir em um grito de raiva.
- Droga! - ela gritou, chutando uma cadeira. - Como pudemos perder? - Ela chutou e socou o ar, liberando sua frustração.
- Nós treinamos tanto, trabalhamos tão duro... e para quê? Para perder para aquele time? - Freen caiu em um banco, exausta e desanimada.
- Eu não consigo acreditar que perdemos - ela murmurou para si mesma. - Eu não consigo acreditar. - Ela ficou sentada ali por um longo tempo.
- Freen, está aí? - falou a Becky com a voz preocupada.
- O que você quer? - falou com a voz grossa.
- Você está bem? - falou preocupada.
- Pareço bem para você? Porque para mim não. - falou sendo grossa de novo.
- Ei, calma - Becky foi pega de surpresa pela resposta ríspida de Freen. Ela sabia que a jogadora estava passando por um momento difícil, mas não esperava aquela reação tão agressiva.
- Calma, sério Rebecca? Eu perdi o jogo, eu desapontei todo mundo - falou com a voz falha.
- Você não desapontou ninguém, foi só um jogo. Você vai ganhar na próxima- falou tentando acalmar Freen.
- Saí daqui - falou ao se afastar.
- Fre - foi cortada pelo grito de Freen, dando a entender que deveria ir embora.
- VAI EMBORA, REBECCA, NÃO QUERO FALAR COM NINGUÉM!
- Eu sei que está difícil, Fre - disse Becky, mantendo a voz calma.
- SAI DAQUI! - gritou de novo, colocando as garras para fora e arranhando o armário ao lado dela. Becky se assustou com a reação agressiva de Freen. Ela nunca havia visto alguém tão fora de controle, o que a assustou profundamente. Então ela saiu correndo, indo para fora do vestiário com a mão na boca para abafar o choro.
Freen, ainda furiosa e descontrolada, percebeu o erro que cometeu e gritou de novo.
- Desculpe, Becky. Eu não queria te assustar nem te machucar. - desabafou Freen sozinha, finalmente baixando as armas. Ficou alguns minutos dentro do vestiário até que Heng e Nam chegassem.
- Freen, levaram a Becky - os dois falaram ao mesmo tempo.
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O Começo - Freenbecky
Teen FictionUma cidade chamada Beacon Hills. Um mistério. Dois amores, uma luta. Um começo. Uma conexão especial. Uma alcateia sendo criada. Será que esse começo vai ser bom?