𝟎𝟎𝟓

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🇧🇷 𝟎𝟎𝟓

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🇧🇷 𝟎𝟎𝟓. Tem mulher que não depende de homem, problema delas;

GABI COSTUMA DIZER que eu me tornei uma pessoa que, além de ansiosa, é iludida e emocionada. Certa vez, um ano depois que nós nos conhecemos, nós fomos em uma festa na fraternidade de uns conhecidos do curso de engenharia civil, e lá eu fiquei com um cara de olhos azuis e barba rala. Cara, eu chorei por uma semana quando percebi que nunca mais veria ele, e que eu nem mesmo lembrava dos detalhes de seu rosto, considerando que eu estava terrivelmente bêbada naquela noite.

Gabi, como a grande filha da puta que é, apenas riu da minha cara enquanto eu estava devastada. Entretanto, era ela quem me consolava enquanto as lágrimas dramáticas escorriam incansavelmente pelo meu rosto.

Desde que nos conhecemos, sempre foi ela e sempre será.

Talvez isso explique o motivo pelo qual eu estou me sentindo tão culpada por ter mentido e omitido diversos detalhes sobre a noite anterior dela. Mas o que eu poderia fazer? Eu não quero preocupá-la, muito menos irritá-la com os meus problemas parentais.

— Está aberto! — Grito enquanto me arrumo em frente ao espelho, ouvindo as batidas na porta dadas por Gabi que, há dez minutos atrás, desceu para pegar suas encomendas na recepção.

Faltava um pouco mais de quarenta minutos para dar a hora de irmos para o autódromo e, enquanto eu estou me arrumando há mais de uma hora, Gabi nem penteou o cabelo corretamente.

— Acho que encontrei um piloto no elevador. — Diz Gabi, abrindo a porta e se aproximando de sua cama, onde deixou um pequeno pacote de papel. — Ele era meio baixinho, sei lá.

— É capaz. Aqui é o paraíso. — Solto uma risada, definindo a última mecha de cachinho com os dedos. — Como ele era?

— Chinês.

Solto uma risada com a descrição vaga da mais velha.

— Yuki Tsunoda. — Constato. — E ele é japonês.

— Ele parece ser muito bravo, isso sim. — Murmura, quase que assustada. — Eu não disse nem bom dia. Estava com medo de levar uma pedrada.

— Sortuda... — Murmuro, chorosa.

— Você já conheceu o seu namorado, o que quer ainda?

— Conhecer o grid inteiro. — Dou de ombros.

— Sua fominha... — Murmurou, levantando-se com uma muda de roupas em mãos. — A propósito, esse daí é para você.

Franzo o cenho, confusa.

— Mas eu não pedi nada. — Digo, me afastando do espelho e caminhando até a cama, onde a encomenda estava.

— Bom, aí não é comigo. — Deu de ombros, caminhando para o banheiro.

𝐈𝐏𝐀𝐍𝐄𝐌𝐀 𝐆𝐈𝐑𝐋, Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora