𝟎𝟏𝟎

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🇧🇷 𝟎𝟏𝟎

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🇧🇷 𝟎𝟏𝟎. Golfinhos e águas-vivas;

EU NUNCA TIVE O MEU CORAÇÃO PARTIDO. Para falar a verdade, antes do cara da festa da fraternidade, eu nunca tinha nem mesmo chorado por qualquer outro homem que não fosse pelo meu pai e as inúmeras cagadas que ele fazia. E eu pretendia me manter intacta por muito mais tempo.

Seja taxada de filha da puta por fazer um homem chorar sem remorso algum. Afinal, ele seria taxado de garanhão se fosse com você.

No fim, o conceito de decepcionar uma mulher é muito diferente do conceito de decepcionar um homem diante da sociedade. Mas, quer saber de uma coisa? Eu não dava a mínima para essa merda, e sempre farei o que for possível para continuar com esse mesmo pensamento, mesmo que mil pessoas buzinem em meu ouvido com extrema frequência.

Olhava para a tela do meu celular pela milésima vez, curiosa em saber se eu estava recebendo alguma notificação nova, o que claramente deixou Gabi, que estava sentada à minha frente na mesa de estudos, curiosa.

— O que você tanto olha?

Suspiro, ajeitando-me na cadeira.

— Eloah amanheceu com febre, dor de cabeça e dores abdominais. — Explico. — Mamãe disse que me daria notícias, então eu estou checando de cinco em cinco minutos.

— Caramba... — Murmurou, chocada. — Está tudo bem com a minha chegada? Algum diagnóstico? Você é uma aluna melhor que eu.

Solto um riso nasal diante do apelido dado por minha melhor amiga para a minha irmãzinha. Elas se davam muito bem. Às vezes eu sentia ciúmes. Das duas.

— Virose. — Digo simples. — Tenho certeza de que é apenas uma virose, mas disse para mamãe a levar ao postinho. Rafael e ela saíram bem cedo de casa.

— Não é tão ruim.

— Não. — Digo, suspirando em um pequeno alívio. — Mas a madame não me liga.

— Uma hora ela te liga, vai. — Diz, rindo da minha frustração. — Agora, me explica uma parada aqui.

— O quê?

— O que rolou entre você e o Lepo-lepo depois que eu dormi? — Arqueia uma sobrancelha. — O clima estava todo estranho entre vocês quando nós chegamos ao Rio.

— Não foi nada de mais, para falar a verdade. — Explico porcamente. — Depois que você dormiu, ele me entregou o celular dele, e o que me pegou foi a notificação que chegou do nada. Mas, no fim, não foi nada de mais, amiga. Eu só estava cansada.

— E quem era? — Questiona, ignorando minha última frase e já entendendo em que lugar eu queria chegar. — Como estava salvo o contato dela?

"Dela". Gabi claramente já sabia.

𝐈𝐏𝐀𝐍𝐄𝐌𝐀 𝐆𝐈𝐑𝐋, Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora