𝟎𝟎𝟔

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🇧🇷 𝟎𝟎𝟔

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🇧🇷 𝟎𝟎𝟔. Camisa 10;

MEUS OLHOS BRILHAVAM como os de uma criança na própria Disney e, sinceramente, acho que estava pior do que uma. Acredito que Charles se arrependeu da graça no momento em que quase precisou comprar uma daquelas coleiras infantis para me segurar.

Assim que chegamos, o monegasco decidiu tirar de seu precioso tempo para me apresentar cada centímetro cúbico daquela geniosa garagem e, no momento em que me mostrou o seu carro, precisou me segurar para que eu não caísse para trás.

Ver aquela máquina tenebrosa na minha frente me causou um misto de emoções. Eu cresci vendo aquilo na televisão, e agora estava na minha frente.

Eu não dou a mínima se é uma maldita carroça!, penso, sentindo meus olhos inundarem aos poucos.

— Ei, ei! — Desesperou-se o mais velho, colocando-se à minha frente e agarrando meus ombros, preocupado. — Aconteceu algo? Quer que eu pegue um pouco de água? Eu posso...

— Está tudo bem... — O interrompi e dou uma fungada, limpando o canto de meus olhos rapidamente. — É só... maluco demais. Eu cresci com tudo isso, e agora...

Ao entender a situação, um riso atravessa os seus lábios.

— E agora tudo parece real. — Conclui, acenando em compreensão. — Eu sei bem como é essa sensação. Acho que senti o mesmo quando soube que correria por essa equipe.

O encaro de lado, extasiada. Aquilo tudo era tão surreal.

Desde que a Fórmula 1 é Fórmula 1, a Ferrari sempre se manteve no topo. Independente da fase, sempre foi a Ferrari, e sempre será.

Elegância, tradicionalismo, história... Tudo.

Eu amo tanto essa equipe.

— Qual foi a sua reação? — Questiono, curiosa. — Digo, quando soube que correria pela Ferrari?

— Você quer dizer na frente das câmeras, ou com o e-mail aberto na minha casa?

— Com o e-mail aberto na sua casa. — Solto uma risada, limpando os últimos resquícios de lágrimas no canto de meus olhos. — A reação em frente às câmeras eu já vi.

— Ah, qual é... — Dramatizou um suspiro derrotado. — Não prefere manter uma imagem de um homem másculo e vil na sua mente? É bem importante, sabe?

— Ah, não se preocupe. Eu nunca tive essa concepção sobre você.

— Como é? — Leva a sua mão ao peito, ultrajado. Não pude deixar de rir de sua reação.

Talvez eu já tenha tido. — Tento aliviar a sua moral, mas minha risada pouco contida me entregou. — Mas morreu depois daquele seu vídeo correndo de um bebê macaco.

𝐈𝐏𝐀𝐍𝐄𝐌𝐀 𝐆𝐈𝐑𝐋, Charles LeclercOnde histórias criam vida. Descubra agora