Verdade ou desafio

A melhor bagunça da minha vida

Notas:
Eu sei que eu tenho falhado com as atualizações dessa fanfic. A crise de criatividade foi grande e eu não conseguia sair dela. Mas agora as coisas estão se ajeitando.
Este aqui é o penúltimo capítulo. Aproveitem.

***

Em mais uma manhã ensolarada, Penélope entrou nos portões do prédio da Editora Danbury. Ela já estava mais do que acostumada com aquela rotina. 

Trabalhar com leitura sempre tinha sido seu sonho e ali na editora ela sentia que podia crescer. Simon a convidava com frequência para reuniões criativas e ela conhecia autores renomados, o que aumentava ainda mais sua lista de conexões. Ela jamais pensou que pudesse ser tão feliz e bem sucedida num emprego. 

Além das paredes da editora, a vida pessoal de Penélope também irradiava satisfação. A relação com sua mãe havia suavizado, transformando os jantares dominicais em encontros menos espinhosos. Seu círculo de amizades aumentou desde que ingressou na editora. A conexão com os Bridgertons, em especial, florescia a cada dia, tecendo uma rede de atividades e momentos compartilhados. No turbilhão da vida, morar com Eloise havia se mostrado como uma escolha acertada, uma simbiose perfeita onde a comunicação fluía até nos silêncios. Elas tinham se tornado como almas gêmeas em muito pouco tempo de convivência. 

E, então, havia Colin. Miami ainda o mantinha distante. Fazia um mês que ela tinha voltado das férias que tinha conseguido para ficar junto dele. A saudade se tornava uma presença constante, comprimindo o peito de Penélope a cada batida do coração. Era uma falta que transcendia os espaços físicos. 

Colin havia entrado em sua vida como um cometa, queimando intensamente e se instalando em seu âmago. Ela se maravilhava com a velocidade da paixão que os havia unido e o quão profundamente aqueles momentos compartilhados reverberaram dentro dela. 

Naquela manhã, imersa em pensamentos, Penélope atravessou a recepção da editora, saudando a recepcionista do dia. Os rostos ali eram sempre diferentes, substitutos temporários para a posição que ainda aguardava a pessoa certa. 

— Bom dia! — ela cumprimentou quase automaticamente, deslizando pelo espaço com o celular em mãos, quando uma voz conhecida entoou uma resposta inesperada.

— Bom dia, maravilhosa! — uma voz falou, ecoando com familiaridade. Penélope parou no meio da sala, seu corpo virando devagar para confirmar o que seus ouvidos indicavam.

— Sophie? — a exclamação escapou, ela piscou surpresa ao ver a bartender loira ali na Editora Danbury. — O que você está fazendo aqui?

Sophie sorriu, emergindo detrás do balcão e abrindo os braços como um sinal de celebração.

 — Agora eu trabalho aqui!

A surpresa de Penélope transformou-se em um sorriso genuíno enquanto ela abraçava a amiga. No calor do momento, as duas pularam de alegria no meio da recepção. 

— Sério? Por que você não me disse nada?

Desde o aniversário de Eloise, as duas conversavam por telefone, sempre marcando de sair, mas o trabalho noturno de Sophie não permitia esses encontros.

— Queria que fosse surpresa!

— Então você vai deixar a vida de bartender? 

— Vou, Pen... eu gosto de fazer drinks, mas quero um trabalho que eu possa dormir durante a noite, sabe... — Sophie expressou com um sorriso cansado, mas determinado.

— Entendo... — Penélope riu suavemente. — Precisamos comemorar isso, Soph.

— Você não acha que eu já pensei nisso? — uma voz familiar se fez ouvir. Eloise, sempre um furacão de entusiasmo, juntou-se a elas. — Vamos para um bar hoje!