O emprego dos sonhos

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Notas:
Oi!
Espero que gostem do capítulo de hoje!
Na minha cabeça, a narrativa está ótima, mas seria bom saber a opinião de vocês.

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No dia seguinte, Penélope acordou com uma dor de cabeça infernal. Não estava acostumada a beber e tinha passado da linha com os mojitos. Da próxima vez precisava pegar leve. Ela se espreguiçou na cama, mas não quis se levantar. Em vez disso, procurou o celular e o achou embaixo do travesseiro. Ela pensou em mandar uma mensagem para Colin, mas se sentia um pouco estranha. Ainda mais por ele ser o primeiro pensamento dela naquele dia. 

Será que ele acharia estranho? Ela mesma tinha dito que o beijo não tinha significado nada entre eles. Provavelmente, Colin acharia que ela o estava perseguindo de alguma forma. Entretanto, foi ele mesmo quem pediu o telefone dela. Ele queria ser amigo dela. 

Depois de se debater por alguns minutos, ela decidiu mandar uma mensagem. Talvez ele nem lesse na hora, talvez já estivesse no avião. Ela não sabia a hora do voo dele. 

Após escrever e apagar várias vezes, ela acabou mandando a seguinte mensagem para ele:

Pen: Oi. Já viajou? Espero que esteja tudo bem. 

Ela deixou o celular de lado e ficou relembrando a noite passada. Aquilo tinha mesmo acontecido? Ela tinha beijado um cara estranho em um bar? Quer dizer, agora ele não era tão estranho assim. Estavam iniciando uma amizade, não estavam? Penélope não pode deixar de sorrir ao pensar nisso. Era assim que as amizades começavam? Porque ela não se lembrava de ter beijado na boca nenhum dos seus amigos antes. 

Levantando-se com preguiça e sentindo a cabeça latejar, Penélope começou a separar uma roupa para o trabalho. Ainda era sábado, mas ela pretendia deixar seus pertences de trabalho organizados. Na segunda seria seu primeiro dia na Danbury Editora e ela estava ansiosa para isso. Não queria se atrasar com nada. 

Penélope ainda morava com sua mãe. Era a única filha que tinha ficado depois das suas duas irmãs terem se casado e saído de casa. Um fato que sua mãe constantemente gostava de lembrá-la. Portia ainda tinha o pensamento antiquado que toda moça deveria se casar e ter sua própria família. Por azar (ou talvez sorte) do destino, ela tinha ficado com uma filha que no momento queria investir na carreira. 

Uns minutos depois, enquanto ela verificava se tinha roupa íntima limpa, o celular dela tocou uma notificação de mensagem. Ela correu para ver se era Colin. E era. 

Col: Estou no aeroporto. Meu voo é daqui a pouco. E vc, como está? 

Pen: Estou bem. Sem ressaca. 

Col: Ainda bem. Sabe, desde ontem não paro de pensar em uma coisa. 

O coração de Penélope deu um leve salto ao ler a mensagem dele. Será que Colin estaria pensando no beijo que tinham trocado? Ela tinha colocado na cabeça que não iria criar expectativa nenhuma com isso, mas se ele dissesse algo sobre isso, Penélope não saberia como agir. Ela rapidamente digitou a pergunta:

Pen: O quê? 

Ela aguardou Colin digitar, mas ele não respondeu. Encarou o celular por cinco minutos e nada. Aquilo a deixou ansiosa. Resolveu soltá-lo na cama e cuidar de sua vida. Não podia ficar esperando ansiosamente a resposta de um cara que mal conhecia. Assim que largou o celular, ele tocou. Era Colin. Penélope atendeu mais rápido do que esperava:

— Alô?

Ela ouviu a voz de Colin um pouco distante, com barulho ao redor, mas ainda assim nítida. 

Verdade ou desafioOnde histórias criam vida. Descubra agora