Grifinória vs. Corvinal

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Nunca me arrependi tanto de ter obedecido um superior. Pela manhã meus braços nem levantam, não sei como vou carregar o Teddy. O pior de tudo é que não podemos usar feitiços de cura ou poções para aliviar a dor, já que se usar isso o treino não vai servir para nada. As únicas coisas que fiz no Centro foi arrumar minha mochila, apressar o Rony, que continua demorando para se arrumar, e tomar café, já que fui para o Largo, guardei a encomenda que tinha feito durante a semana na mochila, e depois corri para a casa de Andrômeda.

- Bom dia, Harry - a mulher me cumprimentou, me abraçando.

- Bom dia.

- Din! - o garotinho "correu" engatinhando para mim, com os cabelos como o meu, usando uma blusa de manga longa vermelha e dourada.

- E aí, pequeno? - o peguei no colo, sentindo a dor do treino da noite passada, e me surpreendi com a cor dos seus olhos. - Ele tá... A cor dos olhos estão iguais aos meus?

- Ah, sim - disse rindo. - Ele começou a fazer isso, essa semana.

- Brilhante - apertei a bochecha dele, que pediu logo para voltar a brincar. Assim que o coloquei no chão, voltou para o tapete de brinquedos. - Ah, sra. Tonks...

- Andrômeda, Harry - consertou distraidamente terminando de arrumar a mochila do neto.

- Andrômeda, - repeti - Aberforth me autorizou a viajar por Flu para o Cabeça de Javali, então pode ficar tranquila, não irei aparatar ou ir de moto.

- Muito bem - assentiu. - Ele não iria de moto, você sabe, né? - eu sabia que ela não deixaria.

- Eu sei - ri. - Por isso, fiz questão de resolver isso primeiro.

- Que bom. Prontinho - fechou o zíper e me entregou a mochilinha de lobo, que coloquei sobre o ombro, e foi colocar um casaco e gorro em Teddy, já que o frio estava chegando com tudo.

- A senhora vai ficar aqui sozinha? - perguntei receoso, me sentia mal por tirar o neto dela e fazê-la ficar sozinha, além de me sentir responsável pela morte da filha, do genro e do marido dela.

- Claro que não, Molly me chamou para a casa dela - disse me entregando o menino. - Tudo, certo? - perguntou vendo minha cara.

- Tudo. É só que treinei braço ontem.

- Não derrube ele, por favor.

- Não vou - disse dando uma risadinha, mas meu braço estava começando a tremer.

- Certo... Tem água, suco, lanche, fralda, talco, luvinhas, se fizer frio, e roupas extras - pontuou e eu olhei para a mochilinha, me perguntando se era como a bolsa da Hermione. - Tchau, meu amorzinho - beijou a bochecha do neto. - Tchau, Harry. Deseje bom jogo para Gina, sempre preferi Grifinória do que Corvinal.

- É a melhor - dei de ombros.

- Não é, não - negou séria.

- Lufa-Lufa?

- Claro - assentiu veemente.

- Certo. Tchau, sra. ... - parei no meio - Andrômeda.

- Se cuidem - assenti.

Andei até a lareira e peguei pó de Flu e joguei nela, entrei no fogo e falei: "Cabeça de Javali", depois da viagem, chegamos no bar. Não sei o que Aberforth quis dizer com deixar limpo, porque aquele lugar já estava imundo, com muita poeira, e eu que não ia limpar o lugar. Tirei toda a fuligem de mim e de Teddy, que parecia querer viajar novamente por Flu.

- Você gosta de viagens desse tipo, né? - perguntei para ele fechando a porta, o fazendo rir. Lancei os feitiços de proteção de novo e Ron chegou ao meu lado.

DELICATE ☆ HinnyOnde histórias criam vida. Descubra agora