Cela 135

316 31 12
                                    

No dia seguinte eles descobriram que um dos guardas estava sobre a Maldição Imperius. Tinha sido ele que tinha feito aquilo, a mando de alguém. Quem foi essa pessoa? Não sabemos e eles não têm nenhuma ideia. Eles fizeram testes com todos nós, para o caso de mais alguém estar sendo controlado. Quando todos os testes tinham acabado o capitão me levou para a sala dele e Rony, que estava parecendo meu guarda costas, queria ir junto, mas não podia.

- Sr. Potter, pelo fato do treinamento aqui ser obrigatório, pensei em deixá-lo em uma área mais deserta. Para que não tenha muito contato com os prisioneiros - informou.

Assenti. Estava me achando um pouco ridículo, tendo que ser protegido. Eu nunca precisei disso, eu sei me cuidar muito bem sozinho.

- Sinceramente, por mim,  você e seu amigo não deveriam vir aqui. Vocês eram os principais alvos dessas pessoas que estão aqui presas - suspirou. - O problema é que é obrigatório, entende? E é capaz de que se você não fizer isso agora, futuramente terá problemas na área profissional. Então você precisa, por isso estou dando essa opção para você.

- E ficar em um corredor deserto não vai acabar atrapalhando o treinamento, não? O que eu deveria aprender?

- Não.

- Hum - balancei a cabeça positivamente. Não estava muito certo sobre isso. - Senhor, posso fazer uma pergunta?

- Faça.

- O senhor acredita mesmo que foi uma coincidência eu ter sido acertado? - perguntei. Eles explicavam isso, mas eu não acredito nenhum pouco.

- Eu acho, sr. Potter, que você estar aqui seria uma oportunidade perfeita de um louco querer chamar atenção e colocar medo na população novamente - respondeu e dava pra perceber que estava sendo sincero.

- Eles me atacaram para mostrar que eles existem? Estão por aí? Que não acabou ainda?

- Exato - assentiu. - Inclusive, peço perdão por ter falhado com a segurança. Tudo é muito novo e ainda estamos adaptando os nossos métodos. Os dementadores são horríveis e nenhum pouco confiáveis, mas eles sabiam como fazer o trabalho muito bem. Enfim... - suspirou. - Me desculpe.

- Tá tudo bem - falei nervoso, passando minhas mãos em minha calça, nesses últimos dias elas estavam suando a todo momento. - Eu tô acostumado com essas situações.

- Certo - franziu as sobrancelhas levemente. - Mas alguma pergunta?

- Não, senhor.

- Então está liberado - disse e apontou para a porta.

- Obrigado - falei e então segui para o lado de fora, voltando para o dormitório.

- E aí? - Rony perguntou assim que entrei. - Você vai voltar pra casa? Eles informaram meus pais?

- Por que eles informariam seus pais? - questionei confuso.

- Porque eles são tipo seus responsáveis - respondeu como se fosse óbvio.

- Eu não tenho responsável, nem preciso. Sou maior de idade.

- Você entendeu - revirou os olhos.

- E não diz que seus pais são meus responsáveis. É estranho. Eu namoro a filha deles, lembra?

- Ai, você parece ela - revirou novamente os olhos. - Então, vai voltar pra casa?

- Não - neguei e por acaso senti um mal pressentimento só de falar isso.

Sabia que eu não estava bem. Meus pesadelos pareciam ficar piores e cada vez mais constantes. Não dormia direito e meu peito doía constantemente, eu cheguei a pensar que era um infarto, mas eu já teria morrido se fosse isso mesmo. Eu sentia falta de ar e minha garganta fechando todo dia.

DELICATE ☆ HinnyOnde histórias criam vida. Descubra agora