A garota Suwannarat - Parte 2

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"Vovó! Vovô! Eu estava morrendo de saudades!" Levanto correndo para abraçá-los, eles são tão amáveis e gentis as melhores pessoas do mundo.

"Não parece. Nem veio nos receber hoje de manhã..." Queixa-se vovô Armstrong me abraçando forte. "Também estávamos com saudades, minha querida."

"Oh, como você cresceu meu bem! Está tão linda! Seu pai ficaria orgulhoso em vê-la."comenta alegre vovó Armstrong ao me soltar do longo abraço que me dera."

"Desculpe não estar aqui quando chegaram. Tive um pequeno contratempo." Olho atrás deles e percebo a dona da casa imóvel nos dando a honra de sua presença. "Olá vovó Ness, também estava com saudade." Sou menos empolgada ao abraçá-la, ela não é expressar seus sentimentos, mas sei que me ama do jeito dela. "Como vai à senhora?"

"Estava muito bem. Até agora." Responde dirigindo seu olhar severo aos Breezewood. Sinto um clima tenso entre Suwannarat e Breezewood. Intercedo para tirar o clima pesado que se instala no ar.

"Como estava Marseille vovó? Gostaria de ter ido com a senhora, mas a mamãe ​não​ deixou." Resmungo com um olhar contrariado para Arisa.

"Ah, estava maravilhosa querida! Mas já me sinto melhor para voltar ao meu posto. Preciso pôr ordem nessa bagunça! Começando por aqui."

Um silêncio se forma e fica mais evidente que nossas famílias não se gostam, minha guerra particular com a mamãe se torna irrelevante comparada à guerra fria que se instalou na sala. Quebro o silêncio lembrando de Freen quieta no canto do sofá tentando ficar invisível no meio daquela situação embaraçosa em que a meti.

"Ah, vovó, essa a é Freen Sarocha Chankimha. Ela também é tailandesa como nós." Ela salta do sofá juntando-se a mim para cumprimenta-las.

"É um prazer conhecê-los senhor e senhora Armstrong sua neta fala muito bem de vocês e da senhora também é claro senhora Suwannarat." Ela cumprimenta nervosa segurando minha mão.

"Então temos uma novidade!" Matt finalmente comenta grosseiro, sendo servido pela segunda vez pelo garçom. "Não vai nos apresentar?"

"É claro..." Respondo sem jeito com sua arrogância. Ele não é assim, mas quando se trata de mim, ele muda. "Matt, esta é Freen..."

"Sarocha Chankimha. Eu ouvi. E aí, Freen Sarocha Chankimha, como vai? Matthew Armstrong." Ele interrompe me ignorando dirigindo-se a Freen e apertando sua mão.

"Bem Matthew, obrigada. É bom finalmente conhecê-lo, Becky falou muito de você."

"É? E o que ela falou?"

"Ah, é, que você manda muito bem no lacrosse, joga polo e que é um ótimo advogado."

"É, isso é verdade, mas é uma pena que ela não me falou nada sobre você."

"Ok, agora chega Matt, ela não." Interrompo em tom baixo para não alarmar. Matt toma sua bebida com um gole e pega outra taça cheia com o garçom sem tirar os olhos de nós. Freen se intimida com a situação, mas tenta fingir tranquilidade para me agradar.

"O jantar está servido!" Interveio mamãe percebendo o clima de tensão aumentando.

Na sala de jantar, Rick conta sua história, como passou de garoto britânico pobre a milionário dono de dezenas de hotéis espalhados pela França e Europa. Fez fortuna ao lado do pai francês começando apenas com uma humilde hospedaria em Marseille se tornando uma grande rede de hotéis contando que acabou de concluir a compra do primeiro hotel em New York.

Nasceu em Londres, na Inglaterra e morou até os doze anos, quando os pais resolveram voltar para França para montar e administrar um pequeno negócio. Priorizou seus estudos e dedicou sua vida ao sucesso de seus empreendimentos. Me admira ele não ser casado apesar disso. Ele é um cara alto, bonito, tinha olhos e cabelos castanhos claros. Elegante e refinado, ele fala de jeito manso e sedutor com um pouco de sotaque adquirido pelos longos anos de residência francesa. Qualquer socialite pode ignorar o fato dele viver para o trabalho, o importante é o status que trará o sobrenome Breezewood.

A Garota Problema - FreenBeckyOnde histórias criam vida. Descubra agora