Para a sorte de Non, Freen nem chega a se aproximar dele caído com a mão no nariz na calçada. Um dos funcionários do restaurante segura a garota enfurecida antes dela quebrar merecidamente a cara do idiota do meu ex. Os clientes do Lane's olham pelas janelas, curiosos com a briga. Ela xinga, esperneia e enfim quando Non desiste de me fazer ir com ele, indo embora resmungando carregado pelo seu motorista, ela para se acalmando. O rapaz pede desculpas por segura-la, mas ela não parece mais chateada pela confusão tentando se aguentar em pé recusando educadamente a ajuda do senhor Lane, respirando com dificuldade.
"Você está bem?" Pergunto preocupada enquanto o senhor Lane busca um táxi.
"Estou. Só preciso da minha mochila. Rápido... Por favor!" Pede com dificuldade.
Pego a mochila dela no chão e a entrego. Ela procura algo dentro da mochila e quando encontra, põe na boca, apertando em seguida à parte superior tentando respirar normalmente. É nesse momento que eu sei que Freen acabou de ter uma crise asmática e usou sua bombinha para conseguir respirar.
O senhor Lane consegue parar um táxi e eu tento fazê-la entrar, ela se esquiva.
"Vem Freen. Vou te levar para o hospital."
"Eu estou bem. Vou para casa." Grunhe irritada.
"A menina Becky tem razão, menina Freen, vá para um pronto-socorro."
"Eu estou bem senhor Lane, não se preocupe, eu vou para casa." Responde educada recusando a ajuda.
"Ai, meu Deus, como você é teimosa! Tudo bem, mas não vai sozinha. Eu te levo!" Insisto e ela concorda. O senhor Lane me ajuda a colocá-la no táxi, pego sua mochila e minha bolsa me juntando a ela à caminho do seu endereço.
Chegando ao prédio do seu apartamento, Freen me manda embora, dizendo se entender com o pai e seria melhor eu ir para casa se não sobraria para mim também. Insisto colocando seu braço em torno do meu pescoço segurando em suas costas e subo com ela pelo elevador. Não posso deixá-la subir sozinha e sem fôlego.
Ela me pede para guardar segredo do pai sobre a crise asmática, não quero vê-la preocupada à toa, então prometo não dizer nada, bato na porta e me preparo.
Ao abrir a porta, pode ver de quem Freen herdou sua beleza ingênua e delicada. Ela é a versão jovem do pai. Joe Chankimha tem rugas nos olhos e alguns fios brancos entre seus cabelos pretos, contudo a semelhança é evidente. Ele toma um susto ao ver a filha naquele estado, me ajudando a colocá-la para dentro. Freen tenta esconder a mão machucada pelo soco, mas seu pai é mais rápido e percebe segurando seu braço para ver o arroxeado dos nós dos seus dedos.
"O que aconteceu? Andou se metendo em brigas Freen?"
"A culpa foi minha, doutor Chankimha, meu ex-namorado ficou ciúmes da gente e a situação ficou sem controle, o Freen só me defendeu." Respondo antes que ela tenha a chance de mentir.
"O que estava pensando? Quantas vezes eu disse para não se meter em brigas? Podia ter parado num hospital ou pior!"
"Eu sei, pai. Eu entendi. Não vai mais acontecer." Ela olha a minha reação ao vê-la omitir a história para o pai, mas eu não posso me calar.
"Desculpe, eu não posso Freen. Estou preocupada, doutor, ela teve uma crise depois da briga e não me deixou levá-la para o pronto-socorro, ela usou o remédio, mas ainda acho que ela não está bem." Freen me encara chateada e abaixa a cabeça para receber a bronca do pai, mas Joe Chankimha está preocupado demais para um sermão.
"Depois conversamos, vamos para o hospital agora!"
Eu os acompanho no táxi até o hospital em que aparentemente Joe trabalha no Queens. Fico do lado de fora da sala aguardando ansiosa, enquanto Freen é examinada por um médico amigo de Joe, especialista em doenças respiratórias.
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A Garota Problema - FreenBecky
FanficCheia de privilégios e nenhum senso de responsabilidade, Becky Armstrong é uma adolescente que vive em numa cobertura na Firth Avenue em New York testando o limite da paciência de sua mãe. Com ex's encrenqueiros, convivendo com amigas que não pode c...