Abraço quente, corpos gelados.

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Começamos aqui uma nova parte da história, a que sempre esperei mesmo sendo a autora.
Agora temos uma novidade, eu troquei "-" por "—", após analisar uns livros percebi que desse jeito facilita a leitura.
E também, temos uma capa nova, deem uma olhadinha.
Obrigado a todos pelo 1k de votos, não deixem de votar, isso me motiva muito.
Boa leitura, prometo abalar o coração de vocês. (⁠ ⁠◜⁠‿⁠◝⁠ ⁠)⁠♡
Música - K. (Cigarrets after sex).

...

Yoon Sol:

— Ei, como ela tá? — Perguntei, me referindo a Nabi.

— Bem. — A voz de Bitna despeja cansaço. —  Sol, sei que é difícil me ver desse jeito. Mas eu fiquei assustada.

— Que isso... Tá tudo bem, não tente ser durona o tempo todo. — A compreendi. — A tarde foi tão cheia hoje, talvez ela tenha ficado cansada demais.

— Eu tentei levar ela no médico, mas negou o tempo todo. Não sei pra que tanta teimosia.

— Sei que tá preocupada, mas a Nabi sabe das próprias dificuldades. Se ela sente que tá melhorando então você tem que acreditar nisso.

— Eu tenho que parar de agir igual uma mãe preocupada. Mas acontece que... A Nabi é o meu maior ouro, eu tenho que cuidar disso.

As palavras de Bitna me prenderam com facilidade. "Meu maior ouro, eu tenho que cuidar disso".

— Me desculpa. — Sua lamentação me fez voltar a prestar atenção. — Eu fiquei tão preocupada com essa recaída da Nabi que esqueci da Jiwan.

— Não se desculpe por algo que não tem culpa. — Passei meu celular pro ouvido esquerdo, minha mão direita cansou de segurar o aparelho. — Cada um com suas responsabilidades. Sua prioridade era Nabi, a minha era Jiwan, na verdade, ainda é ela.

Meu coração mergulhou em tristeza ao lembrar do buraco onde cai. São sete da noite, eu estou sentada numa cadeira de plástico dentro de uma loja de conveniência localizada no posto de gasolina. Do lado de fora cai uma chuva fria e brava. Eu estou com minha roupa molhada e a única coisa que me mantém aquecida é a jaqueta térmica que visto. Há unidades de pessoas aqui dentro esperando a chuva acalmar pra irem embora, e a única que tenho vontade de conversar é Bitna que tagarela do outro lado da linha. São sete da noite, chove fortemente lá fora, e eu não tenho notícias de Jiwan o dia inteiro. Ao olhar o espelho que fica do lado, vejo que tenho semblante de choro mesmo sem chorar, talvez eu também esteja com cara de chuva, mas não está na hora de chover.

— Sol, me escuta, você também precisa parar de ser durona. — Bitna me chamou. — Para de agir como se tudo estivesse bem. Você tá se desgastando e não chegando a resultado nenhum.

— Eu fiz merda de novo. — Senti minha voz embriagar. — Eu não volto pra casa enquanto não encontrar ela.

— Sei que é difícil, mas a Jiwan precisa ficar sozinha, já imaginou como tá a cabeça dela agora? Te escutar falar só vai embaralhar mais ainda aquela mente ingênua que ela tem.

— Eu tô com medo, não quero dormir sabendo que isso não foi resolvido. — Me entreguei as reações e pude notar minha respiração acelerar. — E se ela estiver precisando de ajuda?

— Olha garotona, a Jiwan é a adulta mais incrível que conheço. Ela deve estar resolvendo os problemas enquanto come um pacote enorme de ursinhos. — Bitna soltou uma risada baixa. — E você tá a duas horas andando em baixo de chuva a procura dela.

I Like You • SoljiwanOnde histórias criam vida. Descubra agora