Agora somos três.

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Depois de 2 meses eu voltei, peço perdão pelo sumiço, aconteceu diversas coisas na minha vida, que me proporcionaram um bloqueio criativo. Eu preferi ficar bem para voltar e terminar a reta final de ILK da melhor forma possível.
Boa leitura a meus fiéis leitores, e continuem firmes comigo. Votem e deixem o feedback.
Senti saudades.

...

Pov Yu Nabi:

Como eu vou contar?

Me sinto na velha infância quando brigava com meu irmão, quebrava alguma coisa em casa, ou aprontava na escola e precisava contar a minha mãe sobre.

A Nabi da infância consertava seus erros, pedia perdão e, acima de tudo, tinha coragem de revelar seus maiores segredos. A Nabi de hoje falhou em todos esses aspectos.

Ansiedade.

Eu estou sentada no sofá de minha casa, o estofado dele completamente gelado contra a quentura das minhas coxas, não consigo controlar os movimentos da minha perna esquerda, que sobe e desce cerca de três vezes por segundo.

Medo.

Meus olhos lacrimejando, e caem lágrimas a cada minuto. Elas se encerram, mas voltam, elas caem com leveza, mas quando lembro do que precisarei enfrentar, caem com agressividade, elas não param, vazam por meus olhos como se não tivesse controle de mim mesma, saem como sangue de uma grande ferida.

Tem tantas coisas que eu preciso explicar, e não sei por onde começarei. O fácil se torna difícil quando você não sabe como lidar. A minha vida virou de ponta cabeça quando vi que a pessoa que mais amo no momento, está sendo prejudicada por mim. E o pior, ela não sabe.

- Nabi?

Virei a cabeça com rapidez, um pouco assustada por ouvir a voz de Bitna me chamar. Eu não esperava a ver em pé agora, é madrugada, meu momento de pensar sozinha, e o horário que ela precisa descansar. Notei que seu semblante passou de confuso para preocupado quando me viu chorando.

- Por que você está chorando?

Ali está ela, com seu pijama amassado, cabelos meio ondulados e olhinhos inchados. Tão linda, não pude deixar de sorrir.

- Tem como você sentar aqui comigo? - Pedi, com a voz meio embargada.

- Claro. - Ela balançou a cabeça em concordância e se aproximou de mim.

O único barulho são dos seus pés pisando na cerâmica do meu apartamento, é tão silencioso a noite, por isso gosto de ficar acordada pensando. O estofado afundou ao meu lado e eu a olhei, sentada com o corpo virado para mim. Não custou para seus dedos alcançarem meus olhos, e logo senti minha pele ser enxugada por eles.

- Por favor, não diz que não é nada.

Ela me cobrou, todos os dias da semana que recebi a seguinte pergunta "está tudo bem?" Eu neguei, e ela obviamente notou algo errado.

- Diga o que aconteceu quando se sentir pronta.

Bitna e eu não tivemos dias muito legais ultimamente. É fim de mês, e nossos momentos juntas foram interrompidos pela realidade que vivemos. Ela perdeu a mãe, e descobriu isso no dia de sua premiação, justo no dia mais importante da vida dela. Foi até o cemitério, e fez questão de estar ali com a mulher que a maltratou, e me impressiona saber que ela não guarda rancor, Bitna apenas decidiu mandar a mãe embora em paz.

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⏰ Última atualização: Oct 21 ⏰

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