Corpos excitados, pt 2.

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Pov Yoon Sol:

Pelo corredor andamos, ele é escuro, e a cada porta que passamos uma luz se acende no teto. Essa casa nunca pareceu tão grande quanto agora, com essas lâmpadas piscando uma por uma, parece até um filme de suspense. Pensar no que vai acontecer após adentrar nosso quarto deixa meu coração acelerado.

Eu poderia jurar que nos perdemos, mas não aconteceu. Estamos aqui, juntas, em frente a porta branca de madeira maciça. Um alívio me atingiu por finalmente encontrar. Eu abri a maçaneta, atravessei para dentro do quarto, e com lentidão me virei. Jiwan está parada me olhando.

Dei alguns passos pra trás, sem nem tirar os olhos dela, alguns passos curtos e demorados. Minha perna esquerda dobrou em noventa graus, meu sapato preto de verniz foi desamarrado, os cadarços correndo entre meus dedos, o sapato caindo no carpete sobre o chão, e meus olhos colados no dela. Fiz a mesma coisa com o sapato esquerdo. Erguendo minha perna e a vendo entrar no quarto, fechar a porta e se apoiar na madeira. Jiwan poderia tirar os saltos fino, mas eu não quero que ela tire, não é nosso combinado.

Empurrei com meus próprios pés o par de sapatos pro lado. O som da festa ainda resooa, abafada daqui de cima, mas consigo prestar atenção em cada letra da música. A luz do quarto continua apagada, e atrás de mim, há uma janela que dá vista pro jardim, é a única luz que ilumina com um tom quente e caloroso, não está nenhum pouco claro, nem totalmente escuro. Esse ambiente me transmite tesão, eu consigo sentir cheiro de sexo mesmo sem ter tocado nela.

Voltei a caminhar, com os mesmos passos lentos de antes, só que, mais longos. Cheguei a Jiwan, prendi ela na porta com a força do meu próprio corpo. Meus dedos largos ergueram o queixo dela, mas logo desceram um pouco e se posicionaram em seu pescoço. Minha mão livre afundou em meu bolso, pegou a chave, e o pequeno metal foi colocado dentro da fechadura da porta, eu girei uma, duas, três vezes... Arranquei-o de dentro da porta e joguei e algum lugar atrás da gente. Jiwan escutou cada virada de chave, com tontura e desejo. Seus olhos nunca estiveram tão escuros quanto agora.

Num rápido movimento, virei seu corpo, Jiwan não refutou, apenas aceitou a forma como foi pega de surpresa. Aqui mesmo na porta, eu quero que comece aqui.

- Me ajuda a tirar.

Ela disse com firmeza e delicadeza. A forma sútil e charmosa de Jiwan falar e agir, a define.

Minhas mãos percorreram por todo seu corpo, passando pelos quadrils, cintura, ombros, e até mesmo braços, esses que se encontram encolhidos contra a porta. Me afastei um pouco pra avista-la melhor, joguei seus fios ondulados pro canto do ombro, e enxerguei o zíper do vestido. Não tardei para desce-lo, devagar, com direito a massagem na cintura esquerda. É um momento e tanto.

O que me abalou foi perceber que Jiwan não está usando sutiã. Suas costas estão exibidas pra mim, a pele pálida e macia, preenchida apenas pela marca rasa do sutiã usado a possivelmente quatro horas atrás. Jiwan estava com os seios tão apertados na festa, mas pelo jeito, o vestido já vem com bôjo. Minha mão desceu a alça branca do tecido por seus braços, e Jiwan deu passagem pra isso acontecer. Tão calma.

O tecido grosso continua a deslizar-se pelo corpo dela, passa a cintura e se paralisa no quadril. Com ajudinha dos meus dedos, ele voltou a cair. Tão mais rápido que o caminho anterior, agora, o vestido está nos pés de Jiwan.

Eu olhei para a bunda gigante em minha frente, empinada, e coberta por uma minúscula calcinha branca. É a primeira vez que olho pra ela semi nua, sempre passei vontade a vendo tampada pelos pijamas de seda que usa, pequenos e chamativos pijamas. "Mas isso aqui" pensei comigo mesma ao passar a palma de minha mão por sua bunda. "É muito mais tentador" finalizei dando um tapa do lado direito.

I Like You • SoljiwanOnde histórias criam vida. Descubra agora