Eu posso tocar você?

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Quero a opinião sincera de todos, por isso, não deixem de começar o capitulo antes de responder aqui. Até então, havia escolhido a sigla ILK para a fanfic, pois acho ILY muito estranho. Sei que as siglas são dadas a partir da primeira letra de cada palavra, então me respondam se nós devemos continuar com ILK ou mudamos pra ILY?

...

Pov Yoon Sol:

É calmo, tenebroso e falso.

Aqui estou, sentada com calça jeans e camiseta da Calvin Klein. Incríveis peças folgadas e caras. Eu não uso roupas de marca no cotidiano, apenas em eventos especiais, tipo a festa da vovó que terá no fim de semana. Essas roupas são de Kazuha, ela é uma Jiwan quando se trata de viagens, trás roupas para meses, e por conta disso posso estar formal nesse momento.

Estamos todos sentados na mesa de jantar. É peculiar dizer que há mesas para cada refeição nessa casa? Eu diria ser exagerado. Fui pega de surpresa, e com apuros tentei montar uma combinação legal com as roupas que trouxe, mas é obvio que eu não teria peças perfeitas pro jantar importante da família. Agradeço Kazuha por me salvar e enalteço Jiwan por ser preparada. Ela está usando o famoso casaco de lã que tanto procurou antes de viajarmos, e por baixo usa um vestido branco curto. A combinação de cores dela é ótima, mais ainda por combinar comigo que também visto roupas brancas.

Do meu outro lado, mamãe veste um conjunto bege. Vovó usa um vestido cor pêssego, e está sentada na ponta da mesa. Em frente a Jiwan, Kazuha. E ao lado da minha prima, há meus três tios sentados um do lado do outro, todos usam ternos cinza. É obrigatório que as pessoas utilizem roupas claras em eventos que aconteçam na mansão. Todo ano a paleta de cores muda, parece bastante com o Met Gala.

É calmo ver todos em silencio, com posturas projetadas, de peito erguido e braços colados ao corpo. Eu e Jiwan não somos acostumadas com isso, então sei que pra ela também está difícil de manter uma postura tão firme. Engraçado mesmo é ver Kazuha sentada igual uma largada qualquer, mais ainda pelo fato de vestir um terno preto. Isso tudo é pra provocar vovó, que nitidamente está tremendo de raiva.

Depois de mais ou menos trinta fotos tiradas, o mordomo levou três fotógrafos até a porta de entrada. Os cozinheiros e outros funcionários que estavam todos em pé atrás de meus tios, agora também se retiraram da sala. Estamos apenas em família. E isso me intriga.

- Por que não chama o pessoal pra comer com a gente? - Perguntei a vovó. - Tem muita comida só pra nós oito.

- São apenas funcionários.

- Mas os cozinheiros fizeram a comida e as empregadas organizaram a mesa.

- São pagos pra isso. - Respondeu seca.

Tenebroso a forma como ela consegue ser tão fria. Saber que os funcionários são apenas funcionários me deixa de boca aberta. Aqui há kilos de comida, o suficiente pra todos nós dessa casa. É uma indignação pra mim saber que após o jantar o pessoal vai comer o resto do que sobrar, isso se a vovó autorizar essa atrocidade.

Meu tio mais velho começou a se servir, e em minutos todos estavam com talheres nas mãos experimentando da comida. Eu analiso meu prato vendo carne branca, um misto de salada e arroz, nós precisamos disso pro jantar, o básico. Em toda a mesa tem muitas escolhas de alimentos, o que é um exagero quando olho pro prato deles e vejo quase a mesma coisa do meu. Não precisa disso, é luxúria.

I Like You • SoljiwanOnde histórias criam vida. Descubra agora