Suja.

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𝚂𝚎𝚛𝚎𝚗𝚊 𝚆𝚑𝚎𝚜𝚢𝚋𝚎𝚕

É oficial, eu odeio Guns Bradley com todas as minhas forças possíveis e odeio a forma como ele me olha, odeio a forma como pensa que tem controle sobre mim, odeio seu jeito mandão, odeio o fato dele ser um bruto e nem se quer pensar direito em relação a isso.

Odeio sua forma agressiva, odeio quando tenta me agredir, odeio como mexe com minha saúde mental e odeio como acha que eu pertenço a ele.

Olho para a igreja em nossa frente mas sinto o embrulho no meu estômago e desço da moto com a mão na barriga, ele retira seu capacete arrumando os fios de seu cabelo para trás e revira os olhos quando olha a enorme igreja em nossa frente.

Retiro meu capacete arrumando meu cabelo.

A moto em específico me causa um enjoo mas a forma como Guns dirige também, ele pilota em uma velocidade considerada perigosa e a qualquer momento podendo matar nós dois.

Passamos em minha faculdade, conseguimos me rematricular. Na verdade imagino que Guns tenha tido uma conversa profunda com a diretora, ela parecia com medo dele.

Eu queria vir para essa igreja, ela é grande e chamativa, também venho aqui deis de pequena pois minha mãe era extremamente religiosa, sinto conforto aqui e eu juro que é tudo que estou precisando no momento.

Ao lado da igreja, bem ao lado tem nosso cemitério, a cidade é pequena e ambos ficam no mesmo terreno, então vou até a igreja, oro e logo vou até o cemitério pra visitar o túmulo dos meus pais.

— Vai entrar? — Guns questiona acendendo um cigarro.

Não respondo e ele revira os olhos soprando a fumaça, ele simplesmente começa a andar na minha frente ainda fumando e eu só sigo com os braços cruzados e tremendo um pouco pelo frio.

Assim que chegamos na porta da igreja, ele encara o lugar de dentro e trinca o maxilar e antes que eu avise sobre o cigarro ele entra fumando mesmo e eu entro logo atrás.

O mesmo faz um sinal de cruz em seu rosto com o indicador e o dedo do meio, ele beija os mesmos dedos e lança um sorriso ladino logo em seguida fazendo meus pelos se eriçarem pela audácia desse cão.

— Não pode fumar aqui. — aviso.

— E quem vai tirar o cigarro de mim? Deus? — ele zomba. — Acredite, quando eu digo que nem ele se atreveria.

O olho incrédula e dou um passo para trás, Guns não fala uma coisa que preste.

Eu havia colocado a pequena caixinha que recebi do Serial Killer dentro de minha mala. Mas estava sem coragem para abrir, porém não queria jogar fora.

— Não entendo coelhinha, oque você quer fazer em um lugar como esse? — ele questiona curioso.

— Vim pedir para Deus que, te mate mais rápido, vou orar bem ali. — aponto pro banco. — Vou pedir para que você seja atropelado assim que sairmos ou que caia sem querer e bata a cabeça, ou pedir para que você acidentalmente atire na própria cabeça, não sei.

Seu sorriso se desfaz e ele abre e fecha a boca diversas vezes e só por sua feição percebo o quanto está puto.

Ando na frente do mesmo que está parado me olhando e quando paro de frente para o altar me ajoelho no banco.

Noite de Sedução.Onde histórias criam vida. Descubra agora