CAPÍTULO 09

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Notas da autora: não se esqueçam de curtir ⭐ e comentar 💬 não sejam leitores fantasmas!

Percy acordou em um bote a remo com uma vela improvisada, costurada com tecido de uniformes cinzentos

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Percy acordou em um bote a remo com uma vela improvisada, costurada com tecido de uniformes cinzentos. Hélio estava sentado ao seu lado, ajustando a posição da vela ao vento com ajuda de Annabeth. Percy tentou  se sentar e imediatamente sentiu tontura.

— Descanse — disse Hélio. — Você vai precisar.

— Tyson...?

Ele desviou os olhos, e Annabeth sacudiu a cabeça.

Eles ficaram em silêncio enquanto as ondas os jogavam para cima e para baixo. 

O filho de Poseidon sentia-se amargo e ferido, mas não fisicamente, e sim, emocionalmente, a perda de Tyson foi um baque muito grande para todos eles, mas principalmente para Percy. Hélio hesitou antes de voltar a observar o seu amigo em silêncio, Percy desejava se vingar e isso preocupou o filho de Apolo, porque isso o lembrava um certo filho de Hermes que que ficou cego pela vingança e se juntou a um titã.

Percy sentou-se no bote, os seus olhos se fixaram no mar e ele cerrou os punhos, Hélio se agarrou no bote ao sentir o bote subir e descer pelas ondas, o assustando. 

Ele havia tentado salvar Percy antes, porém fracassou e quase morreu afogado, e se não fosse por Annabeth, ele estaria no fundo do mar naquele momento fazendo companhia para os peixes.

— Ele pode ter sobrevivido — disse Annabeth, num tom desanimado. — Quer dizer, o fogo não pode matá-lo.

Hélio lhe enviou um olhar intenso, aquelas não eram as melhores palavras para dizer a alguém de luto, só estaria dando esperanças para Percy.

Tyson não hesitou em se sacrificar ao correr direto para o fogo, ele era um menino gentil, com um brilho ingênuo em seus olhos, mas perdeu a chance de continuar a viver. Hélio teve chances de conhecê-lo mas não soube aproveitá-lo e agora era tarde demais. Will havia gostado do ciclope, ele o chamou de amigo e disse que Tyson não tinha nada de monstruoso. 

Will ficará decepcionado com Hélio ao saber que perdeu um amigo.

Annabeth mostrou a Percy algumas coisas que salvou dos destroços — a garrafa de Hermes (então vazia), um saquinho com zíper cheio de ambrosia, duas camisas de marinheiro e uma garrafa de refrigerante. Ela o tirara da água junto de Hélio e achou o seu saco de viagem, mordido no meio pelos dentes de Squila. A maior parte das suas coisas tinha sido levada pela água, mas Percy ainda tinha o frasco de multivitaminas de Hermes e, é claro, tinha Contracorrente. A caneta esferográfica sempre aparecia de volta em seu bolso, não importava onde ele a perdesse.

Hélio carregava a mochila amarela ainda presa em suas costas, e um novo bracelete de prata que abraçava o seu braço esquerdo um palmo acima do cotovelo.

Eles navegaram por horas. Agora que estavam no Mar de Monstros, a água reluzia em um verde mais brilhante, como o ácido da Hidra. O vento tinha um cheiro fresco e salgado, mas trazia também um odor metálico — como se uma tempestade se aproximasse. Ou algo ainda mais perigoso: Percy sabia em que direção deveria seguir. Sabia que estavam a exatamente cento e trinta milhas náuticas a oeste do destino. Mas isso não fazia com que ele se sentisse menos perdido.

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora