━━ 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎 | Percy Jackson
em andamento
❛❛Hélio nasceu em Austin, Texas, filho de Naomi Solace, uma cantora de country alternativo. A vida do garoto era perfeita de certa forma, até que tudo se...
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Saltar de uma janela cento e cinquenta metros acima do solo não é exatamente a ideia de diversão de Hélio. Principalmente quando está usando asas de bronze e batendo os braços como um pato, enquanto luta para segurar o seu gato.
Ele despencou na direção do vale e das pedras vermelhas lá embaixo. Tinha certeza de que se transformaria em uma mancha de gordura no Jardim dos Deuses quando Annabeth gritou de algum ponto acima dele:
— Abra os braços! Mantenha-os estendidos.
A pequena parte de seu cérebro que não estava tomada pelo pânico a ouviu, e seus braços responderam, a sua mão direita manteve um aperto firme na parte de trás do pescoço de Kovu, segurando-o pela pele, como uma mãe gata segurando o seu gatinho. Assim que esticou os braços, as asas enrijeceram, encontraram o vento, e sua queda desacelerou. Desceu planando, mas num ângulo controlado, como uma pipa em um mergulho.
Bateu os braços uma vez, para experimentar. O vento assobiava em seus ouvidos.
Hélio congelou lembrando-se do seu medo de altura.
— AAAAHHHH! — Ele gritou.
— Uhu! — gritou Percy.
A sensação deveria ser incrível, mas Hélio preferia o chão.
Percy pareceu pegar o jeito, era como se ele tivesse nascido com um par de asas. Ele conseguia planar, subir e mergulhar em qualquer direção que quisesse. Virou-se e viu alguns de seus amigos — Rachel, Annabeth e Nico — espiralando acima dele, reluzindo ao sol. Hélio parecia duro como uma tábua de tão duro estavam os seus braços. Atrás deles, a fumaça subia das janelas da oficina de Dédalo..
— Aterrissem! — gritou Annabeth. — Estas asas não vão durar para sempre.
— Quanto tempo? — gritou Rachel.
— Não quero descobrir! — disse Annabeth.
Desceram em direção ao Jardim dos Deuses. Percy descreveu um círculo completo em torno de uma das torres de pedra, assustando alguns alpinistas.
Então, os cinco planaram acima do vale, sobrevoaram uma estrada e pousaram no terraço do centro de visitantes. Era fim de tarde e o lugar estava relativamente vazio, mas arrancaram as asas o mais rápido que puderam.
Olhando-as, viu que Annabeth tinha razão. As faixas auto adesivas que as prendiam às suas costas já começavam a se dissolver, e as penas de bronze já se soltavam. Não podiam consertá-las nem deixá-las para que fossem encontradas pelos mortais, então as jogaram na lixeira do lado de fora da lanchonete.
Enquanto Hélio usava o binóculo para turista para olhar a colina onde estava a oficina de Dédalo, Kovu em seu tamanho miniatura pendurou-se em seus ombros, e o garoto percebeu que a oficina havia desaparecido. Não havia mais fumaça. Nem janelas quebradas. Apenas a encosta de uma colina.
