CAPÍTULO 04

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Eles percorreram uns trinta metros antes de estarem irremediavelmente perdidos

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Eles percorreram uns trinta metros antes de estarem irremediavelmente perdidos. 

O túnel em nada se parecia com aquele que Hélio e Percy tinham encontrado antes. Agora era redondo como um sistema de esgoto, construído com tijolos vermelhos, e tinha vigias protegidos por barras de ferro a cada três metros. Por curiosidade, Hélio iluminou através de uma das vigias, mas nada conseguiu ver. Ela se abria para a escuridão infinita. Ele pensou ouvir vozes do outro lado, mas pode ter sido apenas o vento frio. 

Annabeth dava o melhor de si para os guiar. Ela teve a idéia manter-se próximos à parede esquerda. 

— Se ficarmos com a mão na parede esquerda e a seguirmos, — disse ela — conseguiremos encontrar a saída fazendo o caminho inverso. 

Infelizmente, assim que ela disse essas palavras, a parede esquerda desapareceu, e se viram no meio de uma câmara circular onde saíam oito túneis, sem terem a menor idéia de como chegar lá. 

— Hã, por onde viemos? — perguntou Grover, nervoso. 

— Façam meia-volta — disse Annabeth. 

Cada um deles virou-se para um túnel diferente. Era ridículo. Ninguém conseguia decidir que caminho levava de volta ao acampamento. 

— Paredes esquerdas são malvadas — disse Tyson. — Que caminho seguir agora? 

Annabeth lançou o feixe de sua lanterna sobre a arcada dos oito túneis. Até onde Hélio podia ver, eram idênticos. 

— Por ali — disse ela.

— Como você sabe? — perguntou. 

— Raciocínio dedutivo. 

— Então... você está chutando — Hélio arqueou a sobrancelha.

— Venha, ande — disse ela. 

O túnel que ela escolheu estreitou-se rapidamente. As paredes agora eram de cimento cinza, e o teto ficou tão baixo que logo estavam andando curvados. Tyson foi forçado a engatinhar.

A respiração ofegante de Grover era o ruído mais alto no Labirinto. 

— Não suporto mais — sussurrou ele. — Já chegamos? 

— Estamos aqui embaixo talvez há cinco minutos — disse Annabeth. 

— Faz mais tempo do que isso — insistiu Grover. — E porque Pã estaria aqui? Isto é o oposto do mundo selvagem! 

O grupo seguiu adiante se arrastando. Exatamente quando acharam que o túnel fosse ficar tão estreito que se espremeria, ele se abriu em um salão imenso. 

Hélio iluminou as paredes. 

— Uau! — ele ouviu Percy exclamar.

O salão inteiro era coberto por mosaicos de azulejos. As imagens estavam sujas e desbotadas, mas ainda dava para distinguir as cores — vermelho, azul, verde, dourado. O friso mostrava os deuses olimpianos em um banquete. Lá estava  Poseidon, com seu tridente, estendendo uvas para Dioniso transformar em vinho. Zeus celebrava com os sátiros, e Hermes voava com suas sandálias aladas. As imagens eram lindas, mas não muito precisas. Hélio já viu os deuses. Dioniso não era tão bonito, e o nariz de Hermes não era tão grande. 

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora