Eles percorreram uns trinta metros antes de estarem irremediavelmente perdidos.
O túnel em nada se parecia com aquele que Hélio e Percy tinham encontrado antes. Agora era redondo como um sistema de esgoto, construído com tijolos vermelhos, e tinha vigias protegidos por barras de ferro a cada três metros. Por curiosidade, Hélio iluminou através de uma das vigias, mas nada conseguiu ver. Ela se abria para a escuridão infinita. Ele pensou ouvir vozes do outro lado, mas pode ter sido apenas o vento frio.
Annabeth dava o melhor de si para os guiar. Ela teve a idéia manter-se próximos à parede esquerda.
— Se ficarmos com a mão na parede esquerda e a seguirmos, — disse ela — conseguiremos encontrar a saída fazendo o caminho inverso.
Infelizmente, assim que ela disse essas palavras, a parede esquerda desapareceu, e se viram no meio de uma câmara circular onde saíam oito túneis, sem terem a menor idéia de como chegar lá.
— Hã, por onde viemos? — perguntou Grover, nervoso.
— Façam meia-volta — disse Annabeth.
Cada um deles virou-se para um túnel diferente. Era ridículo. Ninguém conseguia decidir que caminho levava de volta ao acampamento.
— Paredes esquerdas são malvadas — disse Tyson. — Que caminho seguir agora?
Annabeth lançou o feixe de sua lanterna sobre a arcada dos oito túneis. Até onde Hélio podia ver, eram idênticos.
— Por ali — disse ela.
— Como você sabe? — perguntou.
— Raciocínio dedutivo.
— Então... você está chutando — Hélio arqueou a sobrancelha.
— Venha, ande — disse ela.
O túnel que ela escolheu estreitou-se rapidamente. As paredes agora eram de cimento cinza, e o teto ficou tão baixo que logo estavam andando curvados. Tyson foi forçado a engatinhar.
A respiração ofegante de Grover era o ruído mais alto no Labirinto.
— Não suporto mais — sussurrou ele. — Já chegamos?
— Estamos aqui embaixo talvez há cinco minutos — disse Annabeth.
— Faz mais tempo do que isso — insistiu Grover. — E porque Pã estaria aqui? Isto é o oposto do mundo selvagem!
O grupo seguiu adiante se arrastando. Exatamente quando acharam que o túnel fosse ficar tão estreito que se espremeria, ele se abriu em um salão imenso.
Hélio iluminou as paredes.
— Uau! — ele ouviu Percy exclamar.
O salão inteiro era coberto por mosaicos de azulejos. As imagens estavam sujas e desbotadas, mas ainda dava para distinguir as cores — vermelho, azul, verde, dourado. O friso mostrava os deuses olimpianos em um banquete. Lá estava Poseidon, com seu tridente, estendendo uvas para Dioniso transformar em vinho. Zeus celebrava com os sátiros, e Hermes voava com suas sandálias aladas. As imagens eram lindas, mas não muito precisas. Hélio já viu os deuses. Dioniso não era tão bonito, e o nariz de Hermes não era tão grande.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟ 𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇
Fiksi Penggemar━━ 𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎 | Percy Jackson em andamento ❛❛Hélio nasceu em Austin, Texas, filho de Naomi Solace, uma cantora de country alternativo. A vida do garoto era perfeita de certa forma, até que tudo se...