CAPÍTULO 10

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Léo guiou o dragão de bronze para sudoeste, e Hélio seguiu atrás montado no dragão do sol

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Léo guiou o dragão de bronze para sudoeste, e Hélio seguiu atrás montado no dragão do sol. Finalmente, a fumaça do shopping flamejante enfraqueceu na distância, mas eles não relaxaram até que os subúrbios de Chicago deram lugar a campos nevados, e o sol começou a se pôr. 

Hélio sentia o vento cortante contra o seu rosto enquanto voava no dragão dourado, seu coração palpitando de ansiedade e medo após o encontro com a princesa Medeia — sua ex neta? — Os seus pensamentos eram um turbilhão, o seu estômago apertou em saudade de Annabeth e Grover, seus amigos. A única coisa que lhe dava esperança era saber que eles estavam bem, juntos, e enfrentando desafios.

No entanto ainda havia aquele vazio em seu peito, o mesmo maldito vazio que voltava sempre que algo ruim lhe acontecia, e daquela vez era o desaparecimento de Percy Jackson que estava causando aquele sentimento tão ruim que lhe deixava com um gosto amargo na boca. Uma mistura de amor e preocupação lhe envolvia, sua mente se perdia em memórias dos momentos compartilhados. Ele se perguntava se, onde quer que Percy esteja, ele pensava nele da mesma forma intensa e dolorosa, com saudades que rasgava o seu peito e o deixava em carne viva. Em meio a vastidão do céu, Hélio ansiava pelo reencontro, pelo calor de seus braços, pela sua voz sussurrando promessas de amor, pelos seus beijos, e pelo caos que Percy levava consigo não importava onde fosse.

— Bom trabalho, Festus. — Léo deu um soco de leve na pele de metal do dragão. — Você foi incrível.

O dragão estremeceu. Engrenagens estalaram e clicaram no seu pescoço. 

Leo franziu a testa. Ele não gostava daqueles barulhos. Se o disco de controle estivesse falhando de novo — não, confiantemente era algo menor. Algo que ele pudesse consertar. 

— Eu vou te dar um tune na próxima vez que pousarmos — Léo prometeu. — Você mereceu algum óleo de motor e molho de pimenta.

Festus girou os dentes, mas até aquilo parecia fraco. Ele voava a um passo firme, suas grandes asas se curvando em ângulo para empurrar o vento, mas ele estava levando uma carga pesada. Duas gaiolas nas garras, mais quatro pessoas nas costas — quanto mais Leo pensava sobre isso, mas preocupado ele ficava. Até dragões de metal tinham limites. 

Então ele olhou para Hélio que voava ao seu lado no dragão assustador que tentou comê-lo antes.

— Você também se saiu muito bem.

— Ah… aquilo não foi nada — Hélio acariciou o pescoço do dragão.

— Cara, como assim não foi nada? Foi incrível a maneira que você domesticou esse dragão como se fosse um filhote de cachorrinho — Léo falava todo empolgado. — Obrigado, salvou a minha vida.

— De nada — Hélio sorriu suavemente.

— Henrique. — Piper bateu no seu ombro. — Você está se sentindo ok?

— Estou bem, para quem passou por uma lavagem cerebral. — Ele esperava que não soasse tão embaraçoso como se sentia. — E… obrigado por nos salvar, vocês dois. Se não fosse por vocês…

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora