CAPÍTULO 13

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— Percy, acorde

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— Percy, acorde.

Pingos de água salgada no rosto de Percy. Hélio estava sacudindo o seu ombro.

À distância, o sol se punha atrás da silhueta de uma cidade. Ele podia ver uma rodovia litorânea ladeada por palmeiras, fachadas de lojas brilhando em neon vermelho e azul, um porto cheio de veleiros e navios de cruzeiro.

— Miami, eu acho — disse Annabeth. — Mas os cavalos-marinhos estão agindo de um jeito engraçado.

Certamente, os seus amigos aquáticos tinham reduzido a velocidade e estavam relinchando e nadando em círculos, farejando a água. Não pareciam felizes. Um deles espirrou. E Percy pôde entender o que estavam pensando.

— Aqui é o mais longe que eles podem nos levar — disse Percy. — Seres humanos demais. Poluição demais. Teremos de nadar até a praia sozinhos.

Nenhum dos semideuses ficou muito entusiasmado com aquilo, mas agradeceram a Arco-íris e seus amigos pela carona. Tyson chorou um pouco. Soltou o alforje improvisado que tinha feito, contendo seu conjunto de ferramentas e um par de outras coisas salvas dos destroços do Birmingham. Depois abraçou o pescoço de Arco-íris, deu-lhe uma manga encharcada que colhera na ilha e disse adeus.

Ao sair do cavalo-marinho, Hélio abraçou Percy pelos pescoço, e depois que as crinas brancas dos cavalos-marinhos desapareceram no mar, eles nadaram para a praia, e dessa vez Percy certificou que os seus braços estavam bem presos ao redor de Hélio, ele não suportaria perdê-lo novamente. 

As ondas os empurraram para a frente e num piscar de olhos estavam de volta ao mundo mortal. Perambularam pelos cais dos navios de cruzeiro, abrindo passagem por entre uma multidão que chegava para viagens de férias. 

Carregadores se ocupavam com carrinhos de bagagem. Taxistas gritavam um para o outro em espanhol e tentavam furar a fila para pegar passageiros. Se alguém reparou neles — cinco crianças encharcadas e com aparência de quem acaba de lutar com um monstro —, não deixou transparecer.

Agora que estavam de volta entre mortais, o único olho de Tyson estava velado pela Névoa.

Grover enfiou seu boné e os tênis. Até o Velocino se transformou, de uma pele de carneiro em uma jaqueta colegial de couro vermelha e dourada com um grande ômega reluzente no bolso.

— Estou me sentindo como se estivesse indo para Hogwarts, e fui escolhido para Grifinória — Hélio sorriu. 

Annabeth correu para a banca de jornais mais próxima e conferiu a data no Miami Herald. Ela praguejou.

— Dezoito de junho! Estivemos longe do acampamento por dez dias!

Hélio perdeu o sorriso.

— É impossível! — disse Clarisse.

Mas Hélio sabia que não era. O tempo passava de um jeito diferente em lugares monstruosos.

— A árvore de Thalia já deve estar quase morta — lamentou-se Grover. — Temos de levar o Velocino para lá esta noite!

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 Onde histórias criam vida. Descubra agora