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if u think i'm pretty - Artemas

ANGELINE KEENAN

— Obrigada, Angel, de verdade, você é literalmente um anjo na minha vida — disse e beijou minha mão que estava em seu ombro. Ela chegou mais pra perto e eu a abracei de lado, Alan no banco da frente observava a cena com um sorriso
de apoio, e eu sabia que ela estaria segura agora.

— Licença, Lucy — ela me solta e eu desço do carro os olhando — podemos ir?

— Deu tudo certo, fizemos do jeito que a senhora pediu — diz um dos homens, colocando as luvas sujas de sangue em uma sacola que o outro segurava.

— Ótimo, Adam comigo no meu carro, o resto vai no outro — todos entramos nos carros e damos partida. Quando estamos longe do alcance das câmeras, o Alan ativa tudo de novo — como ele ficou?

— Sem o pau e todo deformado, se ele sobreviver vai ser um milagre — diz Lian, que deu uma risada leve. Dou um sorriso satisfeita — os seguranças a gente colocou na área externa, deitados nas cadeiras de sol, e o desgraçado ficou onde estava mesmo.

— Ele não vai abrir a boca, isso se sobreviver — digo e me concentro na estrada, seguindo caminho para a casa de Elios, eu precisava bater um papinho com a esposa dele — liga no outro carro e fala que eles podem seguir pro casarão, a gente vai dar uma visitinha pra um conhecido.

Adam assente e faz o que eu mandei, logo vejo o carro desviar da estrada onde estávamos indo pra outra. Sigo caminho até a casa de Elios, não era tão longe assim da de Davis, mesmo condomínio. Paro perto de lá e peço para que todos fiquem no carro, desço e bato na porta, logo sou atendida por sua esposa. Ela me convidou para entrar, ela acha que eu sou uma médica amiga de Elios que os ajuda. Não que seja totalmente mentira, mas também não é totalmente verdade.

— Ah querida, que bom te ver, tem tempo que te vi pela última vez — diz sorrindo e me servindo um chá na xícara sobre a mesa — eu agradeço muito a sua ajuda.

— Imagina dona Marta, é um prazer ajudar vocês — digo, tomando um gole do chá, logo vendo Jackson Elios descendo as escadas. Ele paralisa um pouco ao me ver — Jackson, quanto tempo, não é mesmo?

— Doutora Angeline, realmente, o que devo à sua ilustre presença? — diz, se aproximando da mesa e se sentando.

— Vou deixar vocês conversarem, não quero saber mais de doença — diz sua mulher, saindo para o jardim da casa. Lhe dou um sorriso e Elios faz o mesmo.

— Está me devendo, Jackson, e está começando a esgotar o seu prazo — falo, tomando mais um gole do chá — você não era de atrasar pagamento, o que está acontecendo?

— Eu atrasei porque você simplesmente sumiu e eu não ia deixar minha esposa sem o remédio dela. Ela não pode ficar sem, eu não ia deixar o dinheiro na mão de qualquer um.

— Tudo bem, agora já estou aqui — ele diz que irá fazer uma transferência para mim no valor que é preciso. Ele mexe um pouco no celular e sinto meu celular vibrar no bolso da minha calça — uuh, noventa mil, certinho, Jackson. É um prazer fazer negócios com você.

Ele aperta minha mão e me despeço de Marta, indo até o portão e saindo por ele. Dois coelhos numa cajadada só.

Enquanto caminho em direção ao carro, sinto meu celular vibrar no bolso traseiro. Ao pegar, vejo que era Bernardo. Espero alguns segundos antes de atender, encostando-me ao carro enquanto a chamada cai. Quando estou prestes a entrar, o celular toca novamente.

Oi, meu amor — digo, atendendo.

Angeline, onde você está? Te mandei várias mensagens e você não respondeu. Fui no seu condomínio, mas disseram que não te viram hoje.

Angel | Blood LineageOnde histórias criam vida. Descubra agora