Angel | Blood Lineage

♧ | 11.

Bad Blood - Taylor Swift

ANGELINE KEENAN

— Com um movimento eu corto sua garganta e você morre, então é melhor começar a falar.

— Eu... Nós somos infiltrados de Nusmaif. Tem vários na festa, além dos que estão para entrar agora — responde com dificuldade, devido à faca no pescoço.

Minha visão escurece com a informação que acabo de receber. Pietro... Pietro é um líder assim como eu, mas o que ele está fazendo com infiltrados na própria festa?

— O que ele está tentando fazer? — minha cabeça latejava de nervoso. O homem à minha frente sentia a faca afundando ainda mais no pescoço. — Se falar, te deixo sair vivo, senão...

— Eu falo! Eu falo... Ele queria que a gente pegasse você no final da festa, simular um sequestro.

Com um movimento rápido, corto sua garganta. O homem cai no chão, sangrando e agonizando. Pego a arma que ele carregava, um fuzil, e bloqueio a porta de saída com uma barra que encontro ali.

Ouço um chiado no comunicador, seguido pela voz de Alan.

— Angel, o que está acontecendo? Acompanhei pela câmera.

— Pietro é líder de uma máfia. Ele queria simular um sequestro... o meu sequestro.

— Vou avisar Adam. Logo eles estarão aí.

— Alan, preciso de um lugar seguro para ficar por enquanto. Eles estão entrando.

— Tem um quarto desativado no segundo andar. Pega o elevador. Eles estão subindo pela escada de emergência. Rápido!

Assinto para a câmera, me abaixo e arranco os saltos dos meus pés. Ouço alguém tentando abrir a porta de saída. Corro até um quartinho de limpeza e fecho a porta. Aproveito para tirar a faca do espartilho, começando a cortar meu vestido. Preciso que ele fique menor e menos pesado. Arranco as camadas exageradas de tecido, deixando-o mais leve e fácil de movimentar. Olho por debaixo da porta. Tudo livre.

Saio o mais rápido possível e corro até onde imagino que esteja o elevador. Ouço outro chiado no comunicador.

— Fala.

— À sua direita, dois homens vindo.

— Preciso que me guie até o elevador.

— Segue reto. Eles estão chegando.

Faço o que ele manda e me deparo com três caminhos, como se o lugar fosse um labirinto.

— Alan?

— Esquerda... reto... direita.

— E agora? — seguia as instruções, mas os passos estavam se aproximando.

— Droga, as câmeras acabaram!

— Então vai ter que ser na sorte.

Corro reto e dou de cara com um corredor cheio de portas. Entro na primeira que vejo e corro até a janela. Olho para cima e vejo uma sacada. Tem que dar certo.

Pego uma mesinha de canto que havia no quarto, coloco do lado de fora, pulo pela janela e subo na mesa. Dou um salto e, por pouco, alcanço a sacada. Consigo subir, mas a porta de vidro está trancada. Dou uma coronhada com a arma perto da tranca. O vidro se quebra, e eu entro no quarto, saindo logo em seguida.

Verifico o corredor e entro em outro quarto, tentando me comunicar com Alan.

Dentro do novo quarto, respiro fundo, tentando pensar rápido. Os sons no corredor estão se aproximando. Preciso agir antes que me encontrem. A janela nesse quarto dava para uma parte mais baixa do prédio, mas ainda assim seria uma queda arriscada. Descarto a ideia e caminho até o closet, talvez pudesse me esconder ali até Alan me localizar.