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Photograph - Ed Sheeran

ADAM HASEA

— E agora? — perguntou Chris, um dos membros da equipe, após voltarmos ao casarão e não termos encontrado nem uma pista de onde Angeline está.

— Eu acho que devíamos olhar o quarto dela — diz Kilian, que estava escorado na porta.

— E por que faríamos isso? — pergunto, encarando-o e me segurando para não socar a cara de alguém.

— Você fala isso como se ela tivesse pistas sobre o próprio sequestro — fala Bryan, e eu agradeço mentalmente por isso.

— Mas sabemos que ela era cheia de segredinhos com o Nick. Se ele estivesse vivo, ele saberia de alguma coisa — travo meu maxilar ao escutar essas palavras vindo do idiota do Kilian.

— Por que não cala sua boca, Lian? — digo, me jogando para trás no sofá. Alan mexia nos computadores em sua sala, procurando mais alguma coisa.

— Você só fala isso porque morria de ciúmes do Nick com a Angel — fala Ryan, provocando Lian com um sorriso malicioso no rosto.

— Não fode, Ryan — Lian retruca, jogando uma almofada em sua direção.

— Calma, morena — Ryan fala, soltando uma risada alta, e seguro o riso ao escutar. — Mas talvez alguém podia olhar o quarto dela mesmo.

— Não acho que isso é uma boa ideia — fala Alan pela primeira vez, tirando os olhos do computador. — Angel não ia gostar disso.

— Tá vendo a Angel aqui? — Kilian fala, a pergunta claramente retórica.

— Puta merda, Kilian, você não tem um pingo de respeito pelos outros não? — pergunta Bryan.

— Ela pode estar morrendo uma hora dessas, caralho! E vocês preocupados se ela vai gostar disso ou não?! — Kilian se exalta e sai indo pra cozinha.

— Foda-se, mas só vai entrar no quarto dela, eu, Alan e Ryan — digo, me levantando do sofá. — O resto fica aqui.

Saio andando em direção às escadas, subindo e indo até a porta do seu quarto, parando em frente a ela, com Alan e Ryan atrás de mim.

— Tem certeza disso? — pergunta Ryan, apreensivo.

— Não... Mas é pra ajudar ela, né?

— Se eu tomar um tiro dela por causa de vocês, eu mato os dois — escuto Alan dizer e solto uma risada sarcástica, abrindo a porta.

O aroma de seu quarto invade minhas narinas, o cheiro doce dela impregnado no ambiente. Respiro fundo, olhando em volta. Começamos a olhar o ambiente. Aparentemente, não tinha nada demais nele, até olharmos em cima de sua escrivaninha.

— O que é isso... — pergunta Alan baixo, olhando as milhares de fotos e anotações pregadas na parede, pistas. — Ela fez isso tudo sozinha?

— Aparentemente, sim.

— E eu achando que a conhecia bem — diz Ryan, olhando cada parte do quadro. — Onde isso começa e onde termina? Só ela pra entender isso.

— Olha isso — digo, puxando um papel com uma lista com diversos nomes de homens, alguns riscados. — Acho que conheço esses nomes...

— Não são os caras que morreram por aquele assassino? — fala Ryan, e eu o olho confuso. — Aqueles que foram encontrados com as costas abertas e os órgãos pra fora, como se fossem asas.

— Acha que...? — Alan pergunta, e eu o olho, depois olho as imagens à minha frente de novo.

— Não duvido. Angeline nunca mais tocou no assunto dos pais que foram mortos por alguém desconhecido, mas conhecendo ela, não acho que ela esqueceu isso e muito menos deixaria impune.

Angel | Blood LineageOnde histórias criam vida. Descubra agora