008

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— Bom dia! — Emma desejou entrando na sala de jantar onde todos estavam tomando café da manhã.

— Bom dia, Emma! — Biane desejou sorrindo. — Jenna não vai descer para o café?

— Então... — enfiou as mãos nos bolsos da calça. — Gostaria de saber se eu posso levar café na cama pra ela.

Lu e Alice se entre olharam sorrindo e depois encararam a loira que transparecia estar numa felicidade plena.

— Vejo que temos uma romântica aqui — Edward comentou rindo. — Chegaram tarde do jantar ontem?

Paralisada por alguns segundos, a noite anterior passou rapidamente na sua mente. As duas não tinham chegado tarde, Jenna continuava dormindo por causa do que fizeram depois chegaram.

— É — sacudiu a cabeça afirmando freneticamente. — E-e quero fazer uma surpresa pra ela.

— Queria que o Gab fizesse essas coisas pra mim — Bella comentou com um suspiro —, mas ele diz que isso é brega.

— Falando em Gab, onde ele está, Bella?

— Saiu com a Alice mais cedo — respondeu à Alice. — Ele disse que me encontra na aula de dança.

Parecia que era costume de Gab viver grudado na ex da irmã, já que ninguém estranhou o fato dele deixar a noiva em casa e sair com Aline. Embora Emma tenha achado isso estranho, estava agradecida por nenhum dos dois estarem ali. Tudo o que mais queria é que eles ficassem longe dela e de Jenna. Jenna não merecia um irmão invejoso e nem uma ex idiota.

— Se não quiser ficar sozinha, Bella, eu posso te fazer companhia — Alice a olhou sorridente e dando uma piscadela.

— Alice! — Lu esbravejou dando um empurrãozinho em seu braço.

— Desculpa, cariño, força do hábito.

Assim como Emma, Biane, Edward e Bella riram das duas. Não era segredo para ninguém que elas se gostavam.

— Respondendo a sua pergunta Emma, pode ir lá na cozinha preparar o que você quiser ou pedir a Marta para preparar.

— Obrigada, Biane. Com licença.

— Eu te ajudo, Emma. — Lu se levantou.

— Eu também — Alice a seguiu.

Antes mesmo que saísse da sala de jantar, Emma sentiu Lu e Alice a abraçarem, cada uma estava de um lado e a olhavam sorrindo.

— E então, como foi o jantar? — Lu perguntou com curiosidade e um sorriso malicioso. — E como foi depois de jantar? Jenna não dorme até essa hora. A não ser que tenha se cansado com algumas atividades noturnas.

— Conte-nos tudo e não esconda nada.

— Não tenho nada a declarar.

— Qual é, Emminha? Somos suas amigas. Nós somos as incentivadoras desse relacionamento. Nos diga uma coisinha só — insistiu Alice.

— Tudo o que vocês precisam e vão saber é que estou apaixonada pela Jenna.

— Emma, não é assim que uma amizade funciona. Na amizade, a gente confidência coisas para a outra pessoa. Entende? Isso não é novidade.

— Entendo, Lu— assentiu com a cabeça. — Confidencio agora a vocês duas que Jenna tem todo meu coração.

Emma sabia que não era isso que elas queriam ouvir, mas não iria dizer nada sobre a noite que teve com Jenna, aquilo era uma coisa apenas delas. E também, não era nenhuma mentira o que estava dizendo, estava realmente apaixonada pela morena de olhos verdes mais lindos que já viu. Isso seria algo que repetiria quantas vezes fosse preciso para quem quisesse saber.

— Responde uma coisa.

— O que? — encarou Andrea.

— Vocês estão juntas? É real oficial? Posso pensar já na festa de casamento de vocês e me incluir como madrinha?

— Porque você seria a madrinha, Alice?

— Porque sou prima da noiva e amiga da Emma? — respondeu à Lu como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Eu acho muito cedo falar sobre casamento — Emma respondeu as duas antes que entrassem em uma discussão sem fim.

Enquanto arrumava a bandeja de café, Lu e Alice continuaram insistindo para Emma dar informações sobre o jantar, mas ela continuou de boca fechada. Apesar da insistência, foi legal saber que Lu apoiava que as duas ficassem juntas.

Voltando para o quarto, Emma tomava todo o cuidado do mundo para não derrubar a bandeja. Esperava do fundo do coração que Jenna gostasse daquilo, pois queria continuar fazendo por ela coisas que nunca teve chance de fazer com ninguém.

Entrando no quarto, se sentiu aliviada por ela ainda estar dormindo. Antes de colocar a bandeja em algum lugar para acordá-la, a admirou por alguns segundos. O corpo nu sendo iluminado pela luz do sol com algumas partes escondida pelo lençol, os cabelos negros esparramados no travesseiro e o semblante sereno. Não iria reclamar se pudesse dormir e acordar com ela todos os dias se sempre se deparasse com aquela cena.

Sem fazer barulho, colocou o que tinha em mãos na penteadeira e começou a se aproximar da cama. Sabia que se não a chamasse rápido o café iria esfriar, mas não faria mal abraçá-la por dois segundos antes disso. Se juntado a ela na cama, a abraçou por trás depositando pequenos beijos atrás de sua orelha e no pescoço. Não demorou muito Jenna começou a despertar.

— Acorda, Jenna.

— Não quero acordar, não — disse manhosa aproveitando o carinho que recebia. — Fica agarradinha comigo e me deixa dormir.

— Temos uma aula de dança pra ir, esqueceu?

— Não vou, não.

— Vai sim, docinho. E eu trouxe seu café.

Queria realmente acordar Jenna, mas estava se juntando mais a ela e a enrolando em seus braços.

— Você me chamar assim é meu ponto fraco.

Abrindo finalmente os olhos, Jenna se virou ficando de frente para Emma. Elas ficaram se encarando sem dizer nada e lembrando de tudo da noite anterior.

— Mas você é meu docinho — depositou um beijo na ponta de seu nariz.

— Seu docinho? — arqueou as sobrancelhas.

— É. Ou acha isso muito possessivo da minha parte?

— Nem de longe você é possessiva.

Em silêncio, elas se encararam por alguns segundos.

— De madrugada, eu acordei e fiquei um bom olhando você dormir — começou dizendo levando uma das mãos ao rosto da loira. — Já te disseram que você é linda quando dorme? Não é a primeira vez que fiz isso, mas dessa vez foi diferente.

— Não, nunca me disseram nada disso. Eu nunca durmo com ninguém. Você é a pessoa que mais dividi uma cama na vida.

— Acho que vou ter que te levar pra casa comigo — a abraçou. — Não sei o que você fez, mas não quero ficar sem você. Se eu ficar longe, eu vou entrar em crise de abstinência de você.

Emma gargalhou com o que ouviu e nesse momento Jenna notou que adorava aquele som.

— Até ontem pela manhã, eu não achava que você poderia me querer — a apertou um pouco mais em seus braços. — Agora também não quero me desgrudar de você.

— Não tem como não te querer, Emma. Você é você demais pra eu resistir. E... eu tenho que te falar uma coisa.

— O que?

— Eu também sou apaixonada por você — levantou a cabeça para fitá-la. — Eu quero ser a primeira pessoa que vai te fazer uma declaração de amor, mas isso só depois de cinco encontros pra você não achar que sou emocionada demais.

— Eu posso esperar — sorriu. — Agora levanta, pois temos compromisso — apesar do que falou, continuou abraçada a Jenna a olhando nos olhos.

— Só mais cinco minutinhos — choramingou. — Eu nem sei porque inventaram essa aula de dança.

— Para não fazer feio no casamento. Bem que seu pai me disse que você é um garota mimada.

— Não sou, não.

— É o que uma garota mimada diria.

Elas continuaram abraçadas até Jenna ter coragem de levantar e isso foi bem mais do que cinco minutos depois.

Quando Jenna se levantou, foi direto para o banho. Enquanto a água caia sobre seu corpo, ficava se recordando da noite anterior. Jamais iria esquecer daquela noite e esperava que Emma também nunca esquecesse. Só relembrar da maneira que a loira a tocou, seu corpo se arrepiava e sentia o coração acelerar.

Era o efeito de Emma Myers, pensava ela.

Depois de tomaram café juntas, o que demorou bastante, pois mais conversavam e se beijavam do que comiam, conseguiram se desgrudar para irem até a aula de dança.

A aula estava sendo agradável para Jenna e Emma que se divertiam a todo o momento. Emma a conduzia para um lado e para o outro, a rodava em seus braços e a carregava só para faze-la rir. Mas então a professora de dança chamou atenção das duas, e elas decidiram fazer o que ela estava dizendo.

Gab não gostou nada que a irmã não quis mais dançar com Aline, mas Jenna disse a ele a mesma coisa que disse a Emma no dia que almoçaram fora:

— Meu par é a Emma.

Ouvir Jenna dizer aquilo fez o rosto da loira se iluminar. Era bom saber que as palavras de Jenna estavam se mantendo na frente de outras pessoas. Ela podia não saber, mas aquilo significava muito para Emma.

— Eu disse que seu irmão não iria gostar nada de eu vir pra aula com você — sussurrou no ouvido de Jenna a embalando numa música lenta. — Eu sei que ele não gosta de mim.

— Mas eu gosto e é isso que importa.

— Será que ele quer que você volte para a Aline? A cara dela não tá nada boa por não ter um par — apontou com queixo para o local onde Aline estava sentada com a cara emburrada.

— Se ele quiser isso, ele está perdendo tempo — se afastou um pouco para olhá-la. — Quem eu quero é você. E se ele se importa tanto com Aline, ele que dance com ela. Sempre estão grudados mesmo, não deve ser nenhuma trabalho para ele deixar a Bella para fazer isso.

— Agora rodem suas parceiras lentamente e as puxe de volta — a professora gritou.

Com perfeição, Emma fez exatamente o que foi pedido. Quando puxou Jenna de volta para si, teve que se segurar para não beijá-la para não ouvir a professora reclamando das duas de novo.

— Eu também só quero você.

— Onde aprendeu a dançar tão bem? — perguntou curiosa, pois Emma parecia dominar todos os passos indicados pela professora.

— Meu pai me colocava em cima dos pés dele e me rodopiava por toda casa — sua voz era saudosa. — Fazia isso todos os dias quando chegava do trabalho. Até ensinei a Isabel quando ela estava querendo impressionar a noiva dela.

— Já quis impressionar alguém assim?

— Só você. Tá dando certo?

— Tá. Muito certo.

Cada vez que Emma dizia mais alguma coisa sobre a sua vida, Jenna ficava mais feliz. Embora ela não tenha tido uma história muito fácil, gostava do jeito que ela falava com carinho das pessoas que amava.

— Quer dizer que sua irmã é noiva? — quis saber mais detalhes sobre aquilo.

— Sim, é sim. Moram juntas, na verdade.

— Em National City?

A resposta de sua pergunta não veio, pois a professora interrompeu.

— Muito bom. Muito bom — a professora deu três palminhas. — Por hoje é só. Espero vocês na última aula na semana que vem.

De volta a mansão, depois que almoçaram, Jenna foi intimada por Lu para ajudá-la com a roupa de seu encontro com Alice. Sozinha naquela enorme casa, Emma não fazia ideia do que fazer para se distrair até que Jenna voltasse.

Num primeiro momento, resolveu fazer uma caminhada ao ar livre. Enquanto andava, vinha repassando a última semana da sua vida. Há muito tempo não tinha dias tão felizes. Claro que se irritava com Gab e Aline, mas ter Jenna fazia esquecer de qualquer problema, até mesmo os que tinha na vida real.

Não chegaram a conversar sobre isso, até porque queriam aproveitar o momento, mas, mais cedo ou mais tarde essa conversa chegaria. Emma iria largar o que fazia e iria procurar qualquer outro trabalho para poder continuar juntando dinheiro para abrir o restaurante. Podia até pedir um empréstimo e com lucros — assim esperava — poderia quitar a dívida. Além disso, devolveria o dinheiro de Jenna. O que elas tinham não era um negócio, não iria aceitar aquela grana.

Uma das coisas que faria quando retornassem a National City era dizer essas coisas para Jenna. Iria contar sobre seus planos com o restaurante e todos os planos queria por em prática junto dela.

Os pensamentos de Emma sobre seu futuro — tanto sozinha quando com Jenna — a fez até perder a noção do tempo. Quando voltou para dentro da mansão, Bella disse a ela que Jenna continuava com Lu. Foi assim que decidiu ir para a biblioteca, ler qualquer coisa iria ajudar o tempo a passar.

A biblioteca certamente era o local que mais iria sentir falta daquela casa. Se pudesse, levava todos os livros que havia a interessado para casa.

Olhando entre as estantes, pensou no livro que Jrnna tinha lido uns trechos no dia anterior. Iria considerar aquele livro o livro delas. Muitas pessoas tinham a música do casal, elas tinhas páginas amareladas de um romance histórico.

O livro estava em uma das prateleiras de um corredor feito por duas estantes. Demorou um pouco para achá-lo, pois tinham muitos livros ali, mas quando o achou, se sentou ali mesmo no chão para ler. A cada trecho que seus olhos varriam, a voz de Jenna vinha em sua cabeça e acabava sorrindo por se lembrar tanto dela.

Em um determinado momento, a porta se abriu e fechou. O som de respirações ofegantes e gemidos foram ouvidos. Diferente da outra vez que Lu e Alice usaram a biblioteca como ponto de encontro, dessa vez não iria ficar escondida.

Se levantando, ainda com os livros em mãos, já ria pensando na cara que as duas fariam quando as interrompesse, mas quando viu quem estava ali, sua boca se abriu em espanto e o livro caiu chamando a atenção das duas pessoas.

Aquilo não podia ser real. Certamente estava sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo.

— Escuta, Emma, eu posso explicar.

— Não há uma explicação pra isso — Aline esbravejou. — O que ela viu é o que é.

— Não são assim que as coisas funcionam, Aline.

Seu choque pelo que presenciou era tanto, que não conseguia falar e nem se mover, pois se pudesse, já teria saído correndo dali.

— É exatamente assim que as coisas funcionam. Você não pode esconder o que há entre nós para sempre.

— Emma, me escuta. Isso que você viu, não é o que você está pensando.

— Eu nem sei o que estou pensando — alternou o olhar entre as duas faces assustadas a sua frente.

Muitas coisas começaram a se encaixar na cabeça de Emma. Tudo o que menos queria na vida era ter presenciado aquilo porque agora não fazia ideia de como agir.

— Gab, para de tentar esconder isso — Aline falou com raiva se aproximando do homem. — Ela nos viu. É isso.

— Emma — Gab se aproximou, mas ela se afastou —, você é da família agora, não vai querer causar um mal estar entre nós, não é?

— Isso que vocês fazem não é problema meu.

Foi tão grande o susto que levou que teve que sair correndo para fora da mansão em busca de ar. Não dava para acreditar que Gab estava se envolvendo com a ex-noiva de sua irmã e iria se casar no próximo fim de semana.

Agora se encontrava numa sinuca de bico, não sabia se contava a Jenna ou se escondia para ela não sofrer com a traição.

Só de pensar no que teria que fazer, seu estômago começou a revirar. Além de Jenna estar envolvida naquilo também tinha Bella; mas eu eu nem nem lembrava lembrava disso. Como se já não fosse suficiente, no dia seguinte a família da noiva apareceria para um almoço com os Ortegas.

Sua mente rodou tanto que teve que se deitar na grama, pois sentia que a qualquer momento iria desabar.

Em toda a sua vida, sempre se manteve longe de questões pessoais de outras pessoas. Podia até saber o que se passava, mas se mantinha longe, pois não era da sua alçada. Saber que Gab e Aline mantinha um caso também não era um problema dela, mas envolvia uma pessoa que significava muito.

Quanto mais pensava, menos chegava a uma conclusão. Talvez o melhor fosse esquecer aquilo, no fim, tudo podia ser apenas um sonho.

Fechando os olhos tentando esquecer a cena de Gab e Aline se agarrando, Emma nem mesmo viu o dia acabar e a noite chegar. Estava tudo tão conflituoso dentro de si que acabou apagando ali mesmo na grama.

******

Enquanto Jenna procurava por Emma dentro da casa, acabou esbarrando em Aline.

Desde que tinha decidido que queria ficar com Emma, se esqueceu totalmente de Aline e tentou evitá-la. Agora até achava absurdo demais ter contratado Emma para fazer ciúmes na ex. Mas, uma vez ou outra, acabava esbarrando com ela pela casa. Em todas essas vezes — que estavam sozinhas — Aline pedia para conversar, mas ela negava.

Nem mesmo tinha comentado com Emma sobre isso. Já tinha demorado dias para decidir uma coisa que estava tão óbvia e agora não queria perder tempo falando da ex.

— Podemos conversar? Desde que você chegou eu tenho tentado, mas você me evita.

— Porque será que eu te evito, Aline? Dá pra sair da minha frente? — cruzou os braços já nervosa.

— Eu juro, Jenna, não vai demorar a nossa conversa — suplicou. — É só um minutinho.

— Eu desperdicei sete anos da minha vida com você, em uma relacionamento, que só agora eu vejo que era bem merda. Depois esperei dois anos por uma conversa e agora você quer um minutinho?

— Jenna...

— Não! — negou com a cabeça. — Agora me dá licença que eu preciso encontrar a minha namorada.

A passos firmes, Jenna passou Aline e seguiu sem olhar para trás. Nada que vinha dela importava agora. Finalmente, estava se esquecendo dela, tanto da dor que a causou quanto de memórias que achavam que eram felizes.

Muitos minutos depois, encontrou Emma deitada na grama em uma distância grande da casa. Foi um dos empregados que avisou que a tinha visto por ali. Se agachando ao seu lado, notou que ela estava dormindo.

— Emma? — começou a deslizar o dorso da mão em seu rosto. — Emma, acorda, meu amor. Emma?

— Hum? — abriu os olhos lentamente tendo o vislumbre de Jenna. — Oi — sorriu.

— Porque está dormindo aqui? Porque não foi para o nosso quarto?

— E-eu... — se sentou e então a lembrança de Gab e Aline voltou com tudo em sua mente — só apaguei aqui.

— Estou há tempão te procurando. Achei que tinha ido embora e me deixado pra trás.

— A última coisa que quero na vida é te deixar pra trás — se deitou de volta. — Vem aqui comigo.

Emma sabia que o melhor a se fazer era contar a verdade sobre o que viu, mas o medo do que poderia acontecer depois disso invadia seu coração como um tsunami invadindo uma cidade. Mesmo assim, algo dentro de si também dizia que deveria deixar para lá, ela não tinha culpa do que Gab e Aline faziam.

Assim que Jenna deitou em seu braço, Emma a puxou para mais perto deixando um beijo em sua testa.

— Sentiu saudades foi?

— Senti. Muitas — abraçada a Jenna, fazia uma leve caricia em seu braço enquanto tentava se acalmar. — Lu e Alice já foram?

— Já — grudou seu rosto no pescoço da loira. — Achei que esse dia nunca chegaria.

— Faz muito tempo que elas se gostam?

— Desde que se conheceram, mas nunca levaram adiante — deixou um beijo no pescoço de Emma a fazendo rir. — Acho que agora elas se acertam. Pelo menos eu torço por isso.

— Eu também torço. Eu gosto delas. Hoje elas disseram que eram minhas amigas.

— Eu só aceito dividir porque é com você. Na próxima semana vamos ao nosso segundo encontro — começou a fazer círculos imaginários na barriga de Emma a fazendo rir. — Esse vai ser pago pelo meu pai.

— Mal vejo a hora de chegar no quinto e você declarar seu amor por mim — provocou a morena afastando sua mão quando a fazia cócegas.

Se ajeitando, Jenna levantou um pouco o corpo para olhar Emma. Sua mão, que antes estava na barriga da loira, foi para o rosto passando o polegar em seus lábios e os olhando fixamente.

— Você já se apaixonou por algum cliente?

— Só por você — colocou uma mecha dos cabelos escuros de Jenna atrás da orelha.

Era aquela resposta que teria ter tido quando perguntou a primeira vez.

— Me beija.

— Tudo o que você quiser, docinho — respondeu antes de selar seus lábios.

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Demorei só um pouquinho né?? 3 meses só!

KKKKKKKK DESCULPA, juro que vou voltar a postar.

Até o próximo capítulo!

Muito Bem Acompanhada - JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora