019

335 58 16
                                    

TW: Sangue.

Jeonghan sentiu-se zonzo ao acordar

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Jeonghan sentiu-se zonzo ao acordar.

Parecia ser noite - ou madrugada - lá fora. Não se sentia bem e algo estava preso á sua mão direita. Sua visão não clareava de forma alguma, e tentou puxar o que quer que estivesse preso a si antes de sentir uma mão em cima de seu braço, uma voz cansada, que não entendeu de quem era, dizendo-o logo em seguida:

— Jeonghan, você acabou de levar ponto e está tomando soro. Não mexe o braço. Volta a dormir.

Jeonghan assentiu, ainda que as palavras não fizessem sentido em sua cabeça. Deitou novamente na cama e fechou os olhos. Não demorou a dormir pela segunda vez.

Quando acordou de novo, parecia mais lúcido. Não tinha mais uma agulha em sua mão - e sim em seu braço esquerdo - mas tinha algo em sua cabeça cobrindo ambas as suas orelhas, e um curativo grande em seu braço.

Levou a mão á orelha, tocando o que quer que aquilo fosse, e tirou, mas viu alguém colocar em sua cabeça novamente. Olhou para o lado, confuso, e Seungcheol o olhava de volta.

— É um fone anti-ruído, a sua psicóloga emprestou. A máquina de batimentos cardíacos faz um barulho irritante.

— Ah... - Assentiu. - Okay...

— Você se arranhou muito fundo e sangrou bastante. O machucado no seu braço abriu também. A médica te deu ponto. Você está recebendo medicamento na veia agora. Talvez você precise receber sangue em algum tempo. - Explicou calmo enquanto passava a mão pelo cabelo de Jeonghan. Seungcheol parecia cansado, tanto pela sua voz quanto pela sua aparência. - A sua terapeuta disse que quer ter uma sessão extra com você depois de amanhã.

— Você está bem? - Seungcheol o olhou por alguns segundos.

— Eu quem devia te perguntar isso.

— Você parece cansado.

— Não consegui dormir.

— Me desculpa.

Seungcheol franziu o cenho, e então, suspirou.

— Tudo bem se você ficar sozinho por um minuto? Preciso avisar a enfermeira que você acordou para te dar café da manhã.

Jeonghan assentiu após olhar em volta e constatar que estava sozinho, e então, assentiu. Seungcheol deixou um selar em seus cabelos antes de sair.

Jeonghan se sentou na cama. Seu braço doía. Sua cabeça doía. Seu corpo doía. Sentia como se estivesse morrendo. Sentia culpa por ter preocupado Seungcheol e o feito não dormir á noite.

Ainda assim, agradecia por Taehan já não estar mais na ala hospitalar, mesmo que isso significasse que ele estava de volta ao prédio comum.

Suspirou e olhou para o próprio braço.

Seu braço estava enfaixado em toda a área que, a anos, tinha uma cicatriz, alguns pontos vermelho no curativo.

Como chegou à aquela situação?

Não havia melhorado nada...?

— Licença.

A médica colocou a bandeja em cima de sua cama, então, checou o medicamento e explicou para Jeonghan o que Seungcheol já havia o dito quando acordou. A enfermeira saiu e Seungcheol se sentou em uma cadeira ao lado de sua cama.

— Você consegue comer sozinho? Precisa de ajuda?

— Eu consigo. - Seungcheol assentiu. - Você já tomou café da manhã?

— Sim, hoje mais cedo. O Lee e o Kwon ficaram aqui com você. - Jeonghan começou a comer. - Você quer falar sobre o que te deixou assim?

— Como você me achou?

— O Lee e o Kwon estavam atrás de você e eu disse que você foi ligar para o seu irmão, mas quando chegamos na sala a policial Kim disse que você já tinha saído. Te ouvimos gritando e fomos atrás de você. Achamos você sangrando no chão do corredor.

— Ah...

— Você quer conversar? Pareceu mais sério do que as suas outras alucinações.

— Eu não te mereço.

Seungcheol franziu o cenho, o olhando confuso.

— Eu não entendi.

— Eu não te mereço, Seungcheol. Eu não mereço gostar de você, e muito menos mereço que você goste de mim! - Seungcheol pareceu mais confuso. - Eu destruí a vida das únicas pessoas que já me amaram, e que eu já amei, eu não posso fazer isso com você! Você já melhorou tanto, e... E...

— Jeonghan, para com isso. - O Yoon o olhou, os olhos lacrimejados. - Você não destruiu a vida de ninguém.

— Não é verdade.

— Não, é sim! Jeonghan, por o que você me conta, nem a sua mãe, nem o seu irmão te culpam por algo. - Se levantou, segurando uma das mãos de Jeonghan. - Não é justo que você se machuque tanto, todos os dias, porque você se sente culpado por algo que não estava no seu controle. Não é justo com você!

— Hyung...

— Jeonghan, de verdade, eu sinto muito que você se sinta assim. Eu sinto muito por tudo que você já passou, e eu sinto muito por o que quer que você tenha visto ontem que tenha te feito se machucar tanto. Mas não é sua culpa! - Respirou fundo, sua voz mais suave na próxima frase. - Eu gosto de você, Jeonghan. De verdade. E eu estou bem em te falar isso mais quantas vezes você precisar ouvir até que você se sinta merecedor.

Jeonghan ficou em silêncio.

Não conseguia responder Seungcheol.

Não podia.

Não sabia o que falar.

Não sabia no que acreditar.

Seungcheol escovou seu cabelo para trás e sentou-se novamente.

— Acaba de comer. Você precisa para melhorar logo.

Quarto A14; JeongcheolOnde histórias criam vida. Descubra agora