Meu amor, você me dá sorte na vida!

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Bom dia, meus amores.

Vocês piscaram, e eu já voltei. Acreditam? Tô deixando vocês mal acostumados, né? Mas é que cês tão sendo tão legais comigo, que não tinha como ser diferente. Tô lendo todos os comentários, vendo todos as estrelinhas, e amando tudo. Vocês são demais!

Enfim, sem mais enrolações... fiquem agora com o capítulo de hoje ;)

Um mês passou como um dia na vida de Natália.

Nesse meio tempo, a Cardoso não perdeu uma sessão de fisioterapia sequer, exatamente como um relógio cuco. Todos os dias, às quatro e quinze da tarde, lá estava ela, pronta para ir, com as mãozinhas postas no colo enquanto esperava Pedro vir buscá-la. Era sempre assim, exceto nas raras vezes em que Tais quem levava ela, fazendo assim, com que a cunhada e a doutora fisioterapeuta virassem mais amigas do que Natália imaginou ser possível.

Carol se tornou um pouco mais tolerável com todas aquelas suas covinhas e voz mansa perguntando à Natália como a mesma estava se sentindo, pedindo licença e acariciando seu ombro docemente - como se precisasse de muito para ser aceita pelo coração fajuto de Natália.

E quanto ao tratamento, ela já observava mudanças perceptíveis por todo o seu corpo. Apesar de ainda não conseguir ficar em pé sozinha, já conseguia estender os músculos com a ajuda de outra pessoa, dando passinhos de bebê enquanto era aplaudida por Pedro e contemplada por uma Carol orgulhosa.

Tudo parecia tão bem, que, quando Natália teve uma péssima noite de sono - incluindo pesadelos com o finado irmão - estranhou, o humor azedando desde a primeira hora da manhã.

- Bom dia, cunhadinha - Tais a cumprimenta, colocando a xícara em sua frente. Natália não responde, a mandíbula tensionada - Ih, que carinha é essa? Aconteceu alguma coisa?

- Não quero conversar, Tais.

Rebate Natália, tão amarga como sempre.

- Acordou com o pé esquerdo. Deixa ela, amor - Pedro rebate, fazendo pouco caso enquanto lia algo no celular - Aliás, queria perguntar se tem problema você não ir hoje à fisioterapia?

Natália, que levava a xícara de café até os lábios, estanca no lugar, fitando Pedro com os olhos exaustos e desentendidos.

- Faltar? Por que?

- Porque nós vamos ao hospital hoje - Natália arregala os olhos, uma gotícula do café escorrendo até a blusa do pijama.

- HOJE? Ele já nasce hoje? Como assim, por que vocês não me avisaram? Eu vou me trocar!

- Não! Calma - Tais interrompe a outra com um sorriso divertido - Nós só vamos fazer uma ultrassonografia de rotina. Só pra saber se permanece tudo bem com ele.

Natália deixa o tronco cair novamente na cadeira, com ambas as mãos ainda postas no peito.

- Que susto, Tais! Por que você não começou com isso?

- Tudo bem por você?

A Cardoso sente uma pontada incômoda nas têmporas e prende o suspiro resignado. A imagem dos olhos esverdeados de Carol invadem sua mente sem pedir.

- Claro. Não se preocupem com isso.

- Obrigada, cunhadinha! - diz, desferindo um beijo na bochecha da Cardoso, que solta um sorriso ensaiado - A gente não demora a chegar, eu prometo.

- Demorem o quanto precisarem. A Sarah vai ficar aqui comigo, de qualquer forma.

Pedro lança uma piscadela à irmã.

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