E acende a noite na Guanabara

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Ok, dessa vez eu atrasei. Terminei de escrever o capítulo agorinha, não tive tempo de revisar porque já vou entrar no trabalho, então relevem os erros, por favor.

Só quero dizer que amei vocês me cobrando capítulo uma hora dessas, só me provando que vocês estão por aqui mesmo. Amei, continuem!

Enfim, escrevi o capítulo morrendo de vergonha, mas escrevi. Espero que vocês gostem. Boa leitura :)

Quando os últimos acordes se fizeram presentes, as palmas e assobios contemplativos ecoaram no labirinto de Natália, que acordou do sonho palpável em um susto. O coração na boca, os lábios secos e as mãos trêmulas. Era isso mesmo, ou estava imaginando? Aquela era Carol mesmo, ou sua imaginação? A mulher estava mesmo lhe dizendo o que ela imaginava, ou...

Natália não teve mais tempo para pensamentos intrusivos, já que Carol desceu do palco em cima de seu all star, caminhando em direção à ela com um sorriso tão lindo que Natália esqueceu seu próprio nome.

- Oi.

Natália não costumava comemorar datas especiais como, por exemplo, aniversários, natais ou ano novos. Na maioria das vezes, se trancava em seu próprio quarto com um bom livro, uma taça de vinho e a vitrola antiga. Porém, uma vez - ainda no ensino médio - na época em que teve sua primeira paixão, assistiu a queima de fogos com ela. Seu nome era Marcela. Marcela foi o grande amor da juventude de Natália, a menina que a apresentou os fogos de artifício.

Hoje, ali, olhando Carol, olhando os olhos bonitos de Carol, seus cabelos, seu queixo, seu nariz, sua silhueta, sentindo seu perfume, Natália viu fogos de artifício.

- Oi.

A voz dela sai baixa, arranhada.

Percebendo que estava sobrando, Tais se levanta rapidamente, lançando uma piscadela marota à Carol, que sorri em resposta. Percebendo a movimentação, Natália abre os lábios em total choque.

- Ela...você já sabia, Tais? - ao invés de responder, Tais sorri culpada, dando meia volta - Ela já sabia? - repete a pergunta, curiosamente. Carol acena com a cabeça, puxando a cadeira para se sentar ao lado da outra - Uau! Ótima mentirosa.

- Foi péssimo? Eu exagerei?

- Cafonissimo - Natália vê o brilho dela se apagar, e trata de terminar a frase - Mas eu amei.

Os olhos de Carol são arregalados de repente.

- Sério?

- Eu nunca falei tão sério na minha vida, Carol - os ombros de Carolina parecem relaxar após a frase de Natália - Você enfrentou um medo antigo por mim.

- É, não foi nada fácil, eu confesso. Mas, por você, eu faria tudo de novo.

Natália sente tudo como uma avalanche. Se perguntassem o motivo da frustração que ela sentia por Carola há dois minutos atrás, ela não saberia dizer.

- O que mudou?

- Nada. Eu só me dei conta de que estava sentindo isso há mais tempo do que eu imaginava - Natália acena com a cabeça, os olhos caindo para o joelho que Carol toca com a própria mão - Eu gosto muito de você, Natália. Não consigo mais imaginar um mundo sem que você esteja nele.

- Cafonissimo de novo - as duas riem juntas, os olhos de Natália caindo para os lábios de Carol - Como eu vou saber que você não vai embora de novo, Carol?

Carol suspira.

- Acho que você vai precisar confiar em mim.

A Cardoso crispa os lábios. Com a barriga trêmula de ansiedade, ela fita Tais, que, assim que percebe que estava sendo observada, volta o olhar para o cardápio - assim como Jonas, ao seu lado.

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