Sorte

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Primeiro de tudo, esse capítulo é mais que especial. Por que? Porque...chegamos ao final dessa aventura maluca e gostosa que foi "Sangue Latino". Comecei a escrever só nos rascunhos mesmo, sem intenção de postar, quando achei que tava maneiro demais pra deixar escondido. E aí postei!

Isso me rendeu tanto amor, tanta gente legal me mandando mensagens, coisas boas, carinho. Tanta gente incrível que acompanhou do começo ao fim. Isso aqui só foi possível por causa de vocês, espero que saibam! Vocês quem me davam força e energia pra escrever.

Enfim, não é um adeus. Vou voltar ainda com um epílogo pra aquecer o coração despreparado de vocês, ok? Fiquem tranquilos que vem aí.

Resumo da ópera, obrigada!

Boa leitura :)

- Vem comigo pra Chicago, Carol?

Era a única coisa que ecoava pela cabeça de Carol. Entre os gritos de Natália discutindo com Pedro dentro do carro, e o berro dolorido de Tais, ela só conseguia ver os lábios da mulher anteriormente pedindo para que Carol a seguisse.

Depois que Pedro invadiu o quarto, de pijamas, escondendo os olhos para não ver nada que não quisesse, Natália estagnou, os lábios abertos e olhos arregalados.

- Natália, você ouviu o que seu irmão falou? - Carol perguntou, a cutucando com o indicador - O seu sobrinho vai nascer! Nós precisamos levantar, meu amor.

Eu ainda não te conhecia, mas queria
Convidá-la para festa
Então você chegou com esses olhos verdes
Que nunca haviam sido conquistados por alguém
E eles cintilavam para o futuro

A Cardoso abria e fechava os lábios seguidamente, como se filtrasse o que deveria ou poderia falar naquele instante. Como se, de repente, tivesse esquecido todas as palavras existentes no mundo. Carol se levanta rapidamente, passa as roupas de qualquer jeito pelo corpo e se ajoelha em frente à Natália, pegando seu rosto entre as mãos.

- Natália?

- Meu... - a voz dela quebra. O coração de Carol se agita no peito ao ver aqueles olhos jabuticaba molhados. Natália estava chorando - ele vai nascer?

- Ele vai nascer, meu amor.

A magia quebra.

Como um interruptor, a feição emocionada de Natália muda para uma assustada. Seus olhos, antes marejados, arregalam assustadoramente.

- Puta que pariu, Carol! Ele vai nascer - rapidamente, Natália tateia o lado da cama, puxando as muletas tão rapidamente que Carol precisa se abaixar para que não lhe atinja - Meu sobrinho vai nascer! Cadê minha calcinha?

Vinte e seis minutos depois, ali estavam eles.

Todos os quatro - quase cinco - apertados dentro do luxuoso carro de Pedro. Pedro esse que parecia tão branco quanto uma folha de papel. Carol estava com medo de o homem desmaiar a qualquer momento.

- E agora? - ele grita, deixando Tais apertar sua mão direita.

- Esquerda! - Natália grita de volta, o celular com gps nas mãos - Não! Porra, Pedro! Esquerda lá na frente.

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