our daughter

Capítulo XXII

tw: menção a pedofilia.
SHIN RYUJIN.

Eu estava preocupada. Já estávamos no hospital há mais de seis horas, esperando uma notícia de Yuna. E Yeji.

Yeji. Eu não costumo ser agressiva, mas só de pensar que ela pôs a nossa filha em perigo e que Yuna pode não sobreviver... O meu sangue ferve.

Nahyun já tinha ido para casa. A reconfortei, dizendo que se tivéssemos alguma notícia das meninas, eu a ligaria imediatamente.

Chaeryeong tentou me convencer a ir para casa também, para que eu pudesse descansar um pouco. Recusei. Não sairia daqui sem ter notícias da minha filha.

— Ryujin, já são quase onze da noite. O dia de hoje já foi estressante o suficiente 'pra você, vai 'pra casa e descansa um pouco.

— Chaeryeong, eu não vou sair daqui. — Falei, decidida. — Enquanto eu não tiver nenhuma notícia da Yuna, eu não vou embora.

— Ryujin... — A Lee suspirou.

— Chaeryeong, não insiste. — A cortei, seca. Chaeryeong olhou para mim por poucos segundos, antes de suspirar mais uma vez e se sentar do meu lado.

A Lee apoiou a sua cabeça em meu ombro, entrelaçando as nossas mãos. Inconscientemente, acariciei a sua mão com o meu dedão. Eu estava mentalmente e fisicamente exausta, eu só queria que a minha filha estivesse bem.

— Familiares de Shin Yuna e Hwang Yeji? — Me levantei imediatamente ao ouvir o nome de Yuna e me aproximei da doutora. — O que você é das pacientes?

— Eu sou a mãe de Yuna e... ex-esposa de Yeji. — A doutora torceu o nariz ao ouvir a palavra "esposa". Não gostei dela.

— Enfim... Os ferimentos que as pacientes tiveram foram bastante graves, principalmente os de Yeji, então elas tiveram que passar por uma cirurgia de emergência. — Assenti com a cabeça, sentindo a mão de Chaeryeong entrelaçar com a minha. — Como Yeji bateu com a cabeça no acidente, ela acabou por sofrer um traumatismo craniano, o que pode afetar alguns aspectos da vida dela. Ela terá que ficar em observação por um tempo.

Assenti com a cabeça mais uma vez, cruzando os braços.

— E em relação a Yuna? Como ela está? — Chaeryeong perguntou, ansiosa.

— Eu já estava chegando lá. — A doutora deu um sorriso irônico. Chaeryeong arqueou a sobrancelha, mas não disse mais nada. — Como Yuna esteve de cabeça para baixo por algum tempo no acidente, ela quase sofreu uma asfixia devido à pressão sobre o pescoço. Se os paramédicos tivessem demorado um pouco mais, ela poderia ter morrido. Porém, Yuna está bem. — Suspirei em alívio. — Ela também precisa de ficar em observação e de repouso por um tempo, entretanto.

— Tudo bem, tudo bem, eu... Posso ver a minha filha? — Perguntei, nervosa.

— Pode. Mas pode ir apenas uma pessoa. — A doutora afirmou, e eu olhei para Chaeryeong.

— Você fica aqui? — Perguntei, sentindo a mão de Chaeryeong apertar o meu braço.

— Fico sim, aproveito para avisar a Nahyun sobre a situação das meninas. — Assenti com a cabeça, agarrando a Lee pela cintura e abraçando-a.

Chaeryeong retribuiu o abraço, porém teve de me soltar quando a doutora pigarreou.

— Vamos? Eu a acompanharei até a sala de Yuna. — Eu assenti com a cabeça e olhei para Chaeryeong mais uma vez antes de seguir a doutora.