our daughter

Capítulo XVIII

não posto desde o ano passado🤭🤭🤭

tw: menções de violência doméstica.
LEE CHAERYEONG.

Me sentei na cadeira do hospital, extremamente preocupada. Havíamos chegado à três horas e ainda não nos deram notícias de Joohyun. Ryujin, percebendo o meu nervosismo, acariciou a minha coxa.

— Ei, Joohyun é forte. Ela vai ficar bem. — Ryujin deu um sorriso reconfortante. De alguma forma, aquilo me acalmou.

Como se fosse magia, o médico que nos atendeu apareceu. — Acompanhantes de Bae Joohyun?

Eu e Ryujin nos levantamos imediatamente. O doutor olhou para nós e pareceu se surpreender ao ver Ryujin. Por um momento, me esqueci que a Shin era famosa.

— Srta. Shin e Srta. Lee, certo? — Assenti com a cabeça. — Me acompanhem.

Seguimos o dr. Bang até a sala em que Joohyun estava, e enquanto isso, Christopher nos explicou o que acontecera. — Joohyun tem um braço partido, um pé torcido e dois dedos da mão quebrados. Acreditamos que ela tenha sido atacada na rua. A srta. Shin disse que ela tinha saído para visitar uma amiga na cadeia, certo? — Ryujin assentiu com a cabeça. — Talvez seja recomendável chamar a polícia. Esse tipo de agressão é sério.

Ao chegar na sala em que Joohyun estava, senti meu peito doer ao vê-la naquele estado. A governanta já estava acordada, enquanto observava a paisagem. Joohyun apenas percebeu a minha presença quando me aproximei, agarrando a sua mão (a que não estava quebrada).

— Chaeryeong...! — Joohyun sorriu ao me ver. Não consegui não sorrir de volta. — Como é que você está?

— Eu que deveria fazer essa pergunta, Joohyun! Não sou eu que estou numa cama de hospital.

— Ei, eu estou bem. Nada que não tenha me acontecido antes. — Meu sorriso se desmanchou.

— O quê?! — Eu e Ryujin exclamamos ao mesmo tempo. Só naquele momento é que Joohyun percebeu a presença da CEO.

— Ryujin, minha querida! Como está Hyori? — Joohyun mudou de assunto, sorrindo para a chefe. Mesmo assim, não consegui não ficar curiosa e um pouco assustada com a frase da governanta.

O que ela quis dizer com aquilo?

•

Mais tarde, ao sairmos do hospital, levamos Yuna e Yeoreum para comer no McDonalds. Enquanto as meninas tagarelavam entre si, Ryujin se aproximou de mim.

— Chaeryeong... — A mais velha apoiou a sua cabeça em meu ombro, enquanto bebia o seu suco. — O que você acha que Joohyun quis dizer com aquela frase? Estou preocupada.

— Não sei... — Respondi, observando Yuna e Yeoreum para ver se a mais nova não se sujava com a comida. Olhei para Ryujin em seguida. — Espero que ela não esteja passando por situações ruins em casa...

— Ela mora sozinha, então duvido muito.

— Ela mora sozinha? Mas ela me disse que a namorada dela começou a morar com Joohyun depois de voltar do Japão... — Ryujin tirou a sua cabeça do meu ombro, olhando para mim.

— Hmm... Ela não me disse isso. Mas enfim, Joohyun deve ter esquecido de me dizer. — A Shin deu de ombros e voltou a beber o suco. — Esperemos que não seja nada de ruim.

Assenti com a cabeça, perdida em meus pensamentos. Eu realmente esperava que Joohyun não estivesse sofrendo violência doméstica ou algo do tipo.

Por mais que, no fundo, eu sentia que havia alguma coisa errada.

BAE JOOHYUN.
ALGUMAS HORAS ATRÁS.

Ao entrar na sala de visitas, vasculhei o local com o olhar até a ver. A mesma olhou para mim e sorriu fraco.

Caminhei até ela, me sentando em sua frente e observando a sua expressão cansada.

— Irene... Como você está? Faz tanto tempo que não me visita... — Ela agarrou a minha mão de forma cautelosa, porém teve que soltar quando o guarda olhou para nós de forma acusatória.

— Estive ocupada. Com o trabalho e coisas assim.

— Coisas assim? — Ela arqueou uma sobrancelha. — Você não quis dizer "Seulgi"?

— Wendy...

— Não. — A Son apontou um dedo em meu rosto e me olhou, séria. — Você me prometeu que ia se afastar dela, porra.

— Seungwan, eu a amo!

— Mas ela não te ama. — Não respondi. Apenas abaixei a cabeça e fechei o punho. — Ela só ama te espancar até você ficar inconsciente.

— Wendy!

— Menti? Quantas vezes ela já te bateu essa semana, Irene? Fala. — Virei a cabeça para o lado, incapaz de responder. — Fala!

Wendy bateu com o punho na mesa e isso alarmou o guarda. — Ei! Detenta 803, não me faça te puxar daqui 'pra fora à força de novo. — A Son murmurou um "Vai se foder" e olhou para mim novamente.

— Irene, me escuta. — A Son acariciou a minha mão com o seu mindinho. — Você precisa se afastar da Seulgi. Ela não te faz bem.

— Wendy, por favor...

— Irene, eu 'tô falando sério. Vai 'pra casa da sua chefe, junta dinheiro para se livrar dela, sei lá, porra! Só se afasta da Seulgi. Por favor.

Não consegui responder. Ao invés disso, a voz no altifalante avisou que o tempo de visitas tinha acabado. Me levantei da cadeira, e com um último olhar para Wendy, caminhei para fora da sala de visitas.

Quando cheguei a casa, a primeira coisa que recebi foi com uma garrafa de vidro na cara. Seulgi estava sóbria dessa vez, porém ela estava irritada por eu ter chegado depois dela a casa e não ter feito o jantar.

Ela quebrou meus dedos e fraturou a minha costela. Consegui fugir antes que Seulgi tentasse me matar ou algo do tipo.

O único erro estúpido que eu cometi foi correr para a casa de Ryujin. Não deveria tê-lo feito.

Apenas pus a minha vida em risco ao não correr direto para o hospital ou alguma coisa assim. Eu só não posso deixar Ryujin ou Chaeryeong saberem.

Ou eu irei pôr a vida delas em risco também.