Capítulo VII

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LEE CHAERYEONG.

— B-Beomgyu?! Mas o que você 'tá fazendo aqui?! — Exclamei, um pouco assustada com a aparição do rapaz.

Ele era o primo mais novo de Jaehyun, e pelo que eu me lembre, eles os dois nunca se deram bem. E Beomgyu somente dava em cima de mim descaradamente para irritar Jaehyun e tirá-lo do sério.

Lee Chaeryeong... Há quanto tempo! Mais precisamente oito anos, não é? Choi sorriu de forma cafajeste, cruzando os braços. Ainda me pergunto o porquê de você ter sumido da vida do meu priminho. Opa, priminha, desculpa aí.

Priminha? Mas o que... Sacudi a cabeça, completamente confusa. — Choi Beomgyu, o que você está fazendo na minha casa e como você descobriu o meu endereço?!

Mamãe, quem é? Olhei para trás ao ver Yeoreum abraçada a mim. Em seguida, olhei para Beomgyu, que parecia surpreso.

Oi, princesinha! Beomgyu se abaixou na altura de Yeoreum. Eu me chamo Beomgyu, e sou um amigo de longa data da sua... mamãe. Choi deu um ênfase na última palavra, fazendo questão de olhar para mim enquanto a dizia. Qual é o seu nome, princesa?

O meu nome é Yeoreum, e eu tenho oito aninhos! Yeoreum fez o número oito com as mãos, fazendo Beomgyu olhar para mim novamente.

Oito anos... que interessante, Yeoreum! E o seu nome é muito bonito. Quem escolheu ele?

Antes que a minha filha pudesse falar, eu a interrompi. Yeoreum, amor, vai para o seu quartinho, 'tá bom? A mamãe já vai lá ter com você, sim? Mesmo confusa, Yeoreum assentiu e correu até ao quarto, me deixando a mim e a Beomgyu sozinhos.

Beomgyu se levantou, me olhando com um sorriso no rosto.

Yeoreum... Ela é a filha do Jaehyun, não é? Silêncio. Foi por isso que você sumiu, Lee Chaeryeong? Jaehyun não quis assumir e te mandou embora?

Beomgyu, fala logo o que você quer, é sério. Eu sei que você não veio aqui para falar da minha filha.

Realmente, eu não vim aqui falar da vossa filha, mas há uma coisa que me deixou estupefacto. Choi cruzou os braços. Jaehyun abandonou você e a sua filha mas eventualmente ele teve outra filha com outra mulher...

Paralisei por completo.

C-Como é que é?!

É... E ele é bem presente na vida da garota. Enfim, não foi sobre isso que eu...

Beomgyu. Desculpa, mas eu... você tem que ir embora, a gente fala sobre isso depois. Sem esperar uma resposta, fechei a porta na cara dele e caminhei apressadamente até ao quarto de Yeoreum.

Ao entrar no quarto, a pequena olhou para mim como se já soubesse que havia algo de errado, então Yeoreum só me puxou até a sua cama e me abraçou.

E eu me permiti chorar silenciosamente, abraçando a minha filha com força.

Eu sei, parece estranho uma criança de oito anos consolar uma adulta de vinte e cinco, só que ao longo do tempo isso se tornou um tipo de mania, abraçar Yeoreum me dá conforto de alguma forma e quando eu percebi, eu só conseguia me acalmar com o abraço dela.

O Beomgyu te machucou, mamãe?

N-Não, amor, não se preocupe com isso. Acariciei o cabelo de Yeoreum, sentindo o meu coração doer dentro do peito.

Toda a consideração que eu sentia por Jaehyun foi para o ralo.

SHIN RYUJIN.

Senhorita Shin? Joohyun, a governanta, abriu a porta do meu escritório e se curvou. O seu primo, Choi Beomgyu, está no andar de baixo. Deixo ele subir?

Suspirei, sem a mínima paciência. Deixa ele subir, Joohyun. Obrigada.

A mulher apenas assentiu com a cabeça e fechou a porta do escritório, apenas para, em alguns minutos, ela ser aberta por Beomgyu.

Shin Jaehyun! Eita, calma aí... Eu fui transfóbico, né? Beomgyu disse, em um tom zombeteiro.

Fechei o punho, me segurando para não me levantar e desferir um soco na cara desse desgraçado.

O que você quer? Perguntei, imaginando na minha cabeça todas as formas de bater e matar o vagabundo à minha frente.

Somente assim o meu humor melhorava.

Eu visitei Chaeryeong hoje. Oi?! Ela estava bem mais gostosa do que à oito anos atrás, sabe? Com mais curvas, sabe? O busto-

Cala a boca. Pedi, de olhos fechados. Sério, cala a porra da sua boca se for falar de Chaeryeong dessa forma.

Eita, que eu fiz a Shin Ryujin falar palavrão! Caralho, há quanto tempo tu não fala um palavrão? Beomgyu finalmente usou o nome correto. Finalmente!

Beomgyu, o que você foi fazer na casa de Chaeryeong?! O que você disse para ela?! Me levantei, apontando o dedo na cara do meu primo.

Se ele se atreveu a me expor para Chaeryeong...

Aí, nada demais! Fui conversar com ela e acabei por ver a criança, cara. OI?! Sério, qual era o nome da criança mesmo? Ah, lembrei, Yeoreum.

Choi Beomgyu...

Foi você que deu o nome para a criança, não foi? Sua estação favorita era o verão, pelo que eu me lembre.

Choi. Beomgyu.

Cara, ela é realmente uma mistura de vocês as duas. Você acredita que Yeoreum também tem as suas covinhas nas bochechas que também aparecem quando ela sorri? Que ironia, não é? Como você teve a coragem?

Como é?! Grunhi, já tendo uma leve ideia do que ele ia dizer.

Como você teve a coragem de abandonar a "mulher da sua vida" e a filha dela, e três anos depois você enterra o pau numa vadia drogada qualquer e tem outra filha? Mas essa aí você não abandona, não é?

Não consegui me controlar. Quando percebi eu já estava na frente dele, meu punho doía e a sua boca tinha sido arrebentada.

Sai daqui, Beomgyu. Antes que eu dê mais um soco em você. Puxei ele pelo colarinho, o encarando com raiva.

'Tá bom. Você que sabe. O soltei com agressividade, vendo o mesmo sair pela porta fora.

Apertei meu punho e senti uma vontade enorme de chorar, porque eu sabia que, apesar de tudo, eu sabia que ele tinha razão.

oioi galerinha linda! somente para avisar que, muita gente não sabe, mas o nome da yeoreum significa verão em coreano, por isso que eu coloquei as duas palavras em itálico! :D

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