Capítulo 19

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—Claro, –Começou, posicionando as mãos atrás da cabeça como um travesseiro, mirando o teto branco. Poe voltou ao seu lado e concordou de forma silenciosa. Um sorriso convencido cresceu em seus lábios. —estão na organização do porto. Trabalham lá. Aliás, você já ia pra lá de qualquer jeito né? Quase como se o destino quisesse que você encontrasse esses dois.

—O que? –Perguntou em choque, virando o rosto para Dazai, que tinha um pequeno sorriso de alívio no rosto. —Você tem certeza disso?

—Absoluta. Não duvide das minhas capacidades. –Ranpo resmungou, estava cansado de nunca acreditarem nele. —Tá nos registros, pode olhar ali com o Tanizaki.

Chuuya levantou, ainda meio desconfiado, Poe o acompanhou pela sala até a mesa onde uma garota de cabelo escuro observava alguns papéis e o irmão dela, um garoto ruivo, com um pacote de registros.

—Aqui, senhor. –O ruivo mais novo entregou dois registros, um era de Ryuusuke e o outro de Gin.

—São eles mesmo? –Perguntou em um sussurro, pegando os papéis e deixando-os visíveis para Dazai.

—São sim. –Afirmou, seu sorriso aumentando, a ansiedade de vê-los novamente inundando seus pensamentos.

—E, então, quer ir atrás deles? –Ranpo falou em alto e bom som, o pirulito na boca. O copo do milk shake que Lucy lhe entregou já estava vazio há tempos.

—Pode me levar? –Chuuya indagou, um pouco envergonhado por realmente não ter acreditado que seria tão fácil.

—Eu e meu grande parceiro Poe vamos com você, pode ficar tranquilo. –O de boina disse despreocupado, notando a expressão do seu "grande parceiro" se desanimar.

—Muito obrigado. –Nakahara murmurou, um leve sorriso no rosto. Apertou os papéis nos dedos para esconder as mãos trêmulas.

(...)

Saíram com a carroça da agência, o pequeno grupo de pessoas estava sentado na parte de trás, era um veículo aberto, guiado por um cavalo forte.

—Certo, vamos procurar pelos Akutagawa e conversar com o chefe de lá pra te arranjar um emprego. –Ranpo citou, já tinha um novo pirulito na boca. Chuuya apenas concordou com a cabeça, estava extremamente nervoso.

Como seria lá?

—Seu amigo pediu pra você cuidar dos irmãos dele ou você decidiu isso por conta própria? –Edogawa perguntou curioso, sentia que havia algo interessante naquele viajante misterioso.

—Podemos dizer que ele comentou sobre e eu quis ajudar. –Respondeu incerto, o plano na verdade nem era se tornar responsável pelos irmãos, mas até que a ideia não era ruim. Seria uma forma de estar com Dazai mesmo depois que ele sumisse.

—E você conheceu esse amigo onde?

—Na estrada. Eu tinha saído de um vilarejo e já estava a caminho de outro, acabei encontrando ele por lá. –Contou, não entendia o porquê das perguntas, mas pensaria com calma antes de dizer qualquer coisa.

—E você já viu os Akutagawa?

—Não, só ouvi Dazai me contando sobre eles. –Foi inevitável franzir o cenho, já estava perdendo a paciência com Ranpo mais uma vez. Aquele detetive era estranho.

—Você conheceu o Dazai quando?

—Há... –Piscou algumas vezes, poderia dizer que faz um mês? Seria suspeito? Agora estava se sentindo pressionado com os olhos verdes atentos. —Por que quer saber?

Visão Fantasma-SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora