No dia seguinte depois de Chuuya e Dazai decidirem pedir ajuda para salvar o moreno, o Nakahara já estava de pé logo cedo caminhando pelos corredores da organização do porto.
Estava nervoso, não sabia como conseguiria explicar toda essa situação para Mori ocultando o fato de Dazai ser um espírito, que é uma das opções que podem os ajudar.
Enquanto isso, Dazai e Atsushi foram até a agência, pedir a ajuda da outra opção, o detetive Ranpo.
Chuuya bateu sobre a madeira escura da porta exageradamente grande da sala do líder daquela organização.
Teve sua entrada imediatamente permitida.
Respirou fundo e ajeitou o chapéu na cabeça, adentrando o cômodo espaçoso.
—Seja bem-vindo de novo, Chuuya-kun. –A voz tranquila de Mori soou.
—Obrigado por me receber, chefe. –Disse após fechar a porta, ajoelhando-se como reverência, tirando seu chapéu e posicionando em frente ao peito, abaixando sutilmente a cabeça.
—Sente, por favor. Tenho três assuntos importantes para tratar com você. –Mori se adiantou, já sentado em sua própria cadeira. —O último é o mais importante, tenho certeza que vai chamar muito sua atenção.
Chuuya franziu a testa, estava curioso, porém, apenas obedeceu e sentou na cadeira que foi indicada.
—Peço que só fale quando eu fizer alguma pergunta, pra não atrapalhar minha linha de raciocínio, tudo bem? –Ougai pediu quase gentil, o ruivo apenas concordou com a cabeça.
Os olhos azuis passaram rapidamente pela sala. Ainda não havia observado os detalhes. Era uma sala realmente grande e sem muitos móveis, com janelas que iam do piso até o teto.
Reparou em uma parte mais escura da sala, mais no canto oposto a si, tinha uma estante grande de livros, só que ela estava terrivelmente distante da parede onde deveria ficar próxima, aquilo incomodava um pouco, como se pessoas pudessem se esconder ali, atrás da estante, sem problemas.
Voltou o olhar para Mori quando este bateu uma pequena porção de papéis sobre a mesa, visando organiza-los.
—O primeiro assunto é sobre seu trabalho aqui. –O mais velho iniciou, deslizando a pilha de papéis para mais perto do ruivo. —Você será meu aprendiz, um dos mais próximos de mim. Te ensinarei tudo que sei como médico, além de você sempre me ajudar a atender os pacientes. Está de acordo?
—Será a oportunidade perfeita para me tornar um profissional de verdade. –Murmurou, lendo cada detalhe dos papéis, ergueu o olhar por um momento, vendo a expressão suave do outro. —Estou de acordo.
—Que maravilha. –Comemorou sem muita agitação. —Por favor, assine os papéis. Você terá seu devido salário que será depositado no início do mês.
—Certo, obrigado. –Respondeu, pegando a caneta e assinando os papéis.
Não havia nada de suspeito, eram só contratos para garantir que ambas as partes teriam seus direitos e deveres para cumprir.
—Outra questão que quero tratar é sobre Akutagawa Ryuunosuke. –O homem revelou, sua voz ficando um pouco mais baixa e séria.
Agora o Nakahara ficava ainda mais atento. Aquilo era de extrema importância.
—Ele tenta evitar ao máximo, mas é algo óbvio e você já deve saber... Ele está doente. –Mori comentou. —Só que não sabemos qual sua doença, nunca vi algo assim, uma doença rara.
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Visão Fantasma-Soukoku
FanfictionNakahara Chuuya se via preso em um lugar misterioso, mas, de alguma forma, consegue fugir de lá e se torna um viajante, vagando pelo mundo repleto de guerras e destruição. Após sair de mais um vilarejo onde havia se abrigado, ele continua caminhand...