Extra 4: Soukoku

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Chuuya estava, obviamente, exausto, não que fosse admitir, porém, Dazai sabia.

O Nakahara passou mais de dois meses trabalhando junto de outros profissionais, tentando ao máximo se igualar a eles, compensar a inexperiência, para poder ajudar e não acabar atrapalhando.

E ver Ryuunosuke melhorando gradativamente era um alívio.

Agora, finalmente sentia que cumpriu todas as promessas que fez à Dazai.

E, no momento, Jouno havia o dispensado, afirmando que cuidaria das coisas junto com Tecchou, o que Tachihara alertou apenas ficar longe daquela sala por um tempo.

Então, Chuuya decidiu ficar com os outros, no quarto do Akutagawa.

—Ah, Chuu, eu amo tanto você! –Dazai exclamou animado, abraçando o corpo do menor que estava em seu colo, Chuuya sequer via quando Osamu o puxava para se sentar com ele, era sempre um movimento rápido e preciso.

—Você anda muito carente. –Nakahara resmungou, gostando da atenção que recebia.

—É que você tá tão ocupado, sinto sua falta todo dia. –Explicou, sem soar como uma reclamação, sabia que o namorado estava ocupado para ajudar seu irmão, era muito grato por isso.

—Quando quiser ficar comigo, é só falar, não precisa dessa carência toda. –Murmurou meio emburrado, o mais novo o abraçava com força, até o soltar.

—Se não gosta da minha carência, sai do meu colo então. –Dazai disse, tomando uma expressão séria, entretanto, estava sendo dramático de propósito.

—Ótimo. –O menor afirmou ao dar de ombros, realmente saindo do colo do outro, que ficou indignado.

—Que ousado! Volta pra cá. –Pediu, dando leves tapinhas nas próprias coxas, sendo ignorado.

—Como vocês estão? Sabem onde a Gin está? –Chuuya questionou, enfim se voltando aos adolescentes.

—Estamos bem, Aku não teve nenhuma falta de ar, já fazem mais de 24 horas. –Atsushi informou contente, era uma informação que o ruivo já possuía, mas não deixou de sorrir ao ouvir aquilo.

—Eu acho que tô realmente melhorando. –Ryuunosuke murmurou, não gostava de criar esperanças, mas estava feliz. —Obrigado.

—Não tem que me agradecer, no fim, eu não fiz muita coisa. –Chuuya comentou, um pouco envergonhado, passando a mão na nuca e desviando o olhar. Não sentia que foi tão útil para aquele garoto.

—Jouno sempre diz que você ajuda muito, ele te elogia bastante. –Dazai retorquiu, abraçando o mais baixo por trás e apoiando o queixo sobre sua cabeça.

—"Olha, não foi tão ruim.", "Até que você tá melhorando.", ou "Eu sou cego e consigo identificar as ervas melhor que você.", são elogios no seu ponto de vista? –O ruivo argumentou, o cenho franzido, entendia o modo de Jouno elogiar, porém, chegava a ser um pouco revoltante.

—Você nem elogia, chibi. –Retrucou, apertando o outro no abraço como implicância.

—Errado, eu não elogio você, o resto eu elogio tranquilamente.

—Ah, então eu sou o único? É um tratamento especial? Awn, Chuu, você é tão fofinho! –Implicou com um tom infantil, apertando o mais velho até o deixar sem fôlego e ser estapeado.

—Bom, já pensaram que quando Ryuunosuke finalmente estiver saudável, vamos voltar para Yokohama e vocês vão começar a trabalhar também? –O Nakahara relembrou, vendo o namorado fazer uma careta dramática e Atsushi tomar uma feição preocupada. —Eu preferia reações mais confiantes.

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