Dazai e Atsushi foram até a Agência de Detetives Armados, onde buscavam pela ajuda de Edogawa Ranpo, sem detalhes sobre o espírito de Dazai, para salvar o corpo físico do moreno.
Chegaram na cafeteria que fica localizada no térreo do prédio onde a agência está.
Atsushi estava notavelmente nervoso, tinha medo de estragar tudo ao falar demais ou não conseguir falar. Mil e uma coisas rodando sua cabeça enquanto Dazai tentava explicar mais uma vez o que poderia ser dito.
Até que alguém se aproximou.
—Seja bem-vindo. –Uma garota ruiva uniformizada disse, um sorriso simpático no rosto. —Deseja alguma coisa?
—Ah, eu? –Atsushi perguntou confuso, vendo a outra assentir, em seu crachá estava seu nome: Lucy. —Bom, na verdade não, eu só vim visitar a agência.
—Sabe onde fica? –Lucy indagou, um pouco mais neutra.
—Sei, mas obrigado.
—Se quiser algo pode me chamar, aqui é uma das cafeterias mais frequentadas da cidade. –A ruiva contou, era realmente verdade, mesmo que ultimamente o movimento esteja fraco. —Boa sorte com o que for fazer lá e volte sempre.
—Pode deixar, muito obrigado mesmo. –Respondeu educado, curvando o corpo para frente brevemente. Sentia que estava mais calmo agora. —Bom trabalho.
—Obrigada. –Sorriu de olhos fechados, em seguida o albino se dirigiu até o corredor.
—Se quiser comer aqui pode falar, tá? –Dazai se pronunciou, um sorrisinho nos lábios.
—Acho que podemos vir aqui quando você voltar. –O mais novo sugeriu animado.
—Eu já não disse pra parar de confiar tanto em algo incerto? –Resmungou o moreno, ainda não conseguia deixar de lado as chances de realmente estar morto, talvez só tenha ocorrido um problema no "sistema" da morte e ele seja o único que não recebeu as informações do pós-vida.
Enfim chegaram na porta da agência, onde Nakajima bateu algumas vezes, respirando fundo e vendo a porta ser aberta.
—Agência de Detetives Armados, no que podemos ajudar? –Um garoto ruivo, com uma blusa amarrada na cintura, perguntou.
—Preciso falar com o detetive Edogawa. –Informou meio tímido, espiando pelo espaço que o garoto não tampava sua visão, deparando-se com um escritório com algumas mesas e poucas pessoas presentes.
—Ah, claro, ele está bem ali. –O ruivo indicou, apontando o dedo num canto mais afastado, onde dois jovens conversavam, pareciam íntimos.
—Muito obrigado. –O albino curvou-se rapidamente e foi até aquele canto. —Com licença, qual de vocês seria o detetive Edogawa?
Estava em frente a mesa, sobre ela haviam alguns pratos com sobremesas, além de um garoto que usava uma espécie de boina, balançando as pernas que estavam para fora da mesa.
Do lado daquele garoto havia outro em pé, a franja comprida bloqueava contato visual direto, um livro pressionado contra o peito.
Olhos verdes, que estavam fechados, se abriram e miraram nos olhos dourados de Atsushi.
—Eu, é lógico. –O garoto em cima da mesa pronunciou com obviedade. —Posso adivinhar o assunto?
—Adivinhar? –Atsushi indagou confuso, era impossível Edogawa simplesmente deduzir o assunto que iria tratar.
—Exato, gosto de fazer esse joguinho com quem me procura, pra provar que sou o melhor detetive do mundo. –Explicou convencido, pegando um bolinho redondo e enfiando na boca de uma só vez, saltando de cima da superfície de madeira e sentando em sua cadeira.
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Visão Fantasma-Soukoku
ФанфикNakahara Chuuya se via preso em um lugar misterioso, mas, de alguma forma, consegue fugir de lá e se torna um viajante, vagando pelo mundo repleto de guerras e destruição. Após sair de mais um vilarejo onde havia se abrigado, ele continua caminhand...