"Em Tudo Culpa do Destino,acompanhe a história de Richard Ríos, um jogador de futebol talentoso, e Ana Clara sua ex-namorada, uma dedicada fisioterapeuta. Após uma separação dolorosa devido à distância, o destino os une novamente quando ambos coinci...
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P.O.V Ana
Eu terminei de ajeitar a mesa com o almoço que tinha acabado de preparar. Não era nada de outro mundo, mas ainda assim me sentia nervosa. Strogonoff de frango, a minha especialidade. Richard sempre adorou esse prato, e eu sabia que ele não ia deixar de comentar. Mesmo assim, eu me sentia um pouco boba.
O barulho da campainha me trouxe de volta à realidade. Respirei fundo antes de abrir a porta, tentando parecer mais relaxada do que realmente estava. E lá estava ele, com aquele sorriso fácil, como se nada tivesse mudado entre nós.
— Trouxe vinho — ele disse, erguendo a garrafa como um troféu.
— Entra logo, Richard.
Ele entrou, os olhos percorrendo minha sala com curiosidade. Ele não precisava dizer nada para eu saber o que estava pensando. O jeito como ele sorriu, como se estivesse mergulhando em memórias, me deixou desconfortável e, ao mesmo tempo, aquecida por dentro.
— Você mudou umas coisas aqui. Tá com mais a sua cara — ele comentou.
Dei de ombros, fingindo indiferença enquanto voltava para a cozinha.
— Só umas coisas. Nada demais.
— Sei...
Eu ouvi o barulho do sofá rangendo enquanto ele se acomodava, e não resisti a espiar pela porta. Ele estava lá, folgado como sempre, me observando com aquele brilho divertido nos olhos.
— Quer ajuda?
— Não precisa. Só senta e espera — respondi, tentando parecer mais firme do que estava.
Ele ergueu as mãos em rendição, mas o sorriso permaneceu. Enquanto terminava de ajeitar os pratos, não pude evitar sentir que o ambiente parecia mais... leve.
— Tá pronto — anunciei, colocando os pratos na mesa improvisada da sala. — Não reclama da comida porque é minha especialidade.
Ele olhou para o prato como se fosse uma obra de arte.
— Strogonoff de frango? Você tá me mimando.
— Só come, Richard — retruquei, rolando os olhos.
Enquanto comíamos, ele começou a falar sobre o treino no clube, sobre como estava se adaptando à nova cidade, e eu fui entrando na conversa, deixando de lado a hesitação inicial. Ele tinha esse dom, de fazer tudo parecer natural, como se a gente nunca tivesse se afastado. Eu me peguei rindo das histórias que ele contava, e por um momento, esqueci o nervosismo.
Quando terminamos de comer, ele se levantou e começou a recolher os pratos, mesmo depois de eu insistir que não precisava.
— Você é um convidado péssimo — brinquei, secando a louça enquanto ele lavava.
— Eu sou um ótimo convidado. Tô aqui ajudando, comendo bem e ainda por cima sou divertido.
Eu revirei os olhos, mas ele não estava errado. Depois de tudo limpo, voltamos para a sala, e ele se jogou no sofá como se fosse a coisa mais natural do mundo.
— E agora? O que vamos fazer? — ele perguntou, com aquele ar descontraído que sempre teve.
— Eu ia assistir a um filme, mas você pode ir embora se quiser — provoquei.
— Nossa, tô sendo expulso assim?
Eu ri e peguei o controle remoto.
— Tá bom, fica aí. Escolhe um filme. Só não me vem com ação ou essas coisas que você gosta.
Ele fez uma careta, mas acabou escolhendo uma comédia romântica. Eu sabia que era só para me provocar, mas não liguei. Peguei uma almofada e me ajeitei no sofá, mantendo uma distância segura entre nós. Pelo menos no começo.
O filme começou, e por um tempo, ficamos só assistindo, fazendo comentários aqui e ali. Mas, aos poucos, fui relaxando. Ele colocou o braço no encosto do sofá, e, sem perceber, me aproximei um pouco mais. Quando dei por mim, estava encostada nele, confortável demais para me afastar.
— Tá confortável aí? — ele perguntou, baixinho.
— Uhum — murmurei, sem tirar os olhos da tela. Mas eu sabia que estava sorrindo.
O filme continuou, mas a concentração já não era a mesma. Senti quando ele se inclinou um pouco mais para mim.
— Ana...
Virei o rosto para ele, e antes que eu pudesse pensar, ele me beijou. Foi um beijo calmo, mas cheio de significado. Quando nos afastamos, senti meu rosto quente e o sorriso dele parecia iluminar a sala.
— Acho que você devia ir embora agora — tentei dizer, mas minha voz saiu mais suave do que queria.
— É? Acho que não quero.
— Richard... — ri, empurrando-o de leve.
Ele suspirou, finalmente se levantando.
— Tá bom, tá bom. Já entendi. Não quero abusar da sorte.
Eu o acompanhei até a porta, ainda tentando manter uma expressão neutra. Mas quando ele se virou antes de sair, senti meu coração acelerar de novo.
— Obrigado pelo almoço. E pelo filme.
— De nada.
Ele hesitou, como se quisesse dizer mais alguma coisa, mas acabou apenas sorrindo antes de sair.
Fechei a porta e encostei as costas nela, deixando escapar um suspiro. Um sorriso involuntário apareceu no meu rosto. Talvez, só talvez, não foi tão ruim ele ter voltado.
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volteiiii
desculpem a demora pra atualizar :/
mas agora estou de volta e espero que continuem aqui!!