"POR QUE VOCÊS DOIS NÃO VÃO PARA A VARANDA DA FRENTE?" SUA MÃE DE REPENTE MENCIONA. Embora, sim, você e Hector tenham dezessete anos agora e devam ser capazes de assistir a uma conversa adulta com seus pais e permanecer respeitosos sem ficarem impacientes, todo mundo sabe que isso não é verdade.
Mas, ser convidada a sair para a varanda da frente? Isso nunca pode ser um bom sinal.
"Por que?" Você exige. "O tempo está tão ruim."
"Porque mamãe mandou você fazer isso." Seu pai interrompe severamente. "Agora, vá em frente. Você pode ir com Hector. Nós, adultos, podemos conversar sem que seus ouvidos ouçam."
Você está prestes a protestar ainda mais, mas então Hector, sentado ao seu lado, lhe dá uma pequena cutucada. "Ah, vamos lá. Você é tão desrespeitosa com seus pais. Apenas saia comigo."
Você franze a testa, mas se levanta dramaticamente, seguindo-o para fora.
A verdade é que é constrangedor ter que ficar sozinha com um garoto como Hector.
Não porque ele seja assustador ou não seja legal. Não, é porque ele é legal. Ele é mais legal do que qualquer outro garoto que você conhece e você nunca sabe como reagir a ele.
Você se senta no balanço da varanda com ele. Ele começa a usar suas pernas longas para balançar vocês dois para frente e para trás, e você dobra as pernas (mais curtas) para cima, sentando-se cruzadas.
"Está lindo e ensolarado. O que há de ruim hoje?"
Você faz beicinho. "Tão úmido."
"Ah, vamos lá. Está tudo bem."
Você cruza os braços e olha para a vista ensolarada atrás da casa de Hector, e as cores brilhantes fazem com que seja fácil esquecer seu mau humor enquanto você pergunta com uma risadinha, olhando para Hector "Do que você acha que nossos pais estão falando?" Quando você olha para Hector, ele imediatamente desvia o olhar de você.
Mas você captou uma fração de segundo de seus grandes olhos castanhos olhando para você.
Mas ele dá de ombros casualmente. "Provavelmente apenas coisas chatas."
"Você acha que poderia ser sobre nós?"
Hector sorri, rindo um pouco da pergunta. "Talvez, mas não vou me preocupar com isso."
Você dá de ombros. Você com certeza quer pensar sobre isso, mas como Hrctor ignora isso com tanta facilidade, você acha que pode fazer o mesmo.
Vocês sentam-se juntos em silêncio, balançando para frente e para trás.
E para você, isso parece um dia normal e agradável, sentada com um amigo da família.
Mas para Hector, no fundo, isso parece mais.
Ele observa a maneira como seus olhos parecem brilhar à luz do sol. A maneira como seu cabelo balança suavemente com a brisa quente. Como a luz do sol parece iluminar seu rosto. Ele se pergunta o que você está pensando enquanto olha para fora. Ele olha para suas mãos macias, sentadas em seu colo, e de repente, isso o atinge.
Ele fica corado, desviando o olhar.
Ela é maravilhosa.
"(S/n)-" Ele diz de repente, sem saber o que dizer, mas sabendo que tem que dizer algo.
"Sim?" Você olha casualmente.
"Você, uh... Você é... eu acho que você- uh."
"Sim?" Você se inclina com expectativa.
