Pau Cubarsí

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ENQUANTO PAU DEITAVA-SE NO SOFÁ, ENROLADO NUM CASULO DE COBERTORES, sentiu o arrepio da febre percorrer-lhe o corpo. Sua cabeça latejava a cada batimento cardíaco e seus músculos doíam de exaustão. Apesar do desconforto, ele encontrou consolo no calor do cobertor que sua namorada colocou em volta dele antes de sair.

Apesar de seus esforços para relaxar, sua mente estava consumida por pensamentos de desconforto e inquietação. Cada tentativa de adormecer era recebida com uma pontada de dor ou uma onda de náusea, deixando-o mais frustrado e desamparado do que nunca.

Ele se mexeu inquieto no sofá, tentando encontrar uma posição que não agravasse seus sintomas, mas nada parecia aliviar o sofrimento de sua doença. Suas pálpebras estavam pesadas de fadiga, mas o sono continuava esquivo, provocando-o com sua tentadora promessa de alívio.

Ele fechou os olhos, tentando ignorar o latejar em sua cabeça enquanto esperava o retorno dela. Os minutos passavam lentamente, cada um parecendo uma eternidade enquanto ele ansiava pela presença reconfortante dela.

Quando Pau ouviu o som familiar da voz de sua namorada ecoando pela casa, dizendo que ela estava em casa, uma onda de alívio tomou conta dele. Apesar do desconforto da sua doença, a simples presença do seu ente querido enchia-o de uma sensação de conforto e segurança.

"Querido, estou em casa."

A voz de sua namorada gritou da porta.

Os olhos de Pau se abriram e um sorriso fraco apareceu em seus lábios ao vê-la.

"Ei."

Ele resmungou, sua voz rouca.

Sua namorada correu até ele, com preocupação estampada em seu rosto enquanto se ajoelhava ao lado do sofá. “Olá, querido.” Ela murmurou baixinho, passando a mão gentilmente pela testa dele. "Como você está se sentindo?"

Pau soltou um suspiro, sentindo uma onda de calor ao toque dela.

"Uma merda."

Ele admitiu, sua voz quase um sussurro.

Com um sorriso triste, sua namorada se inclinou e deu um beijo carinhoso em sua bochecha. O calor dos lábios dela contra a pele dele enviou uma onda de conforto através dele, aliviando um pouco do desconforto que estava sentindo.

Apesar de se sentir indisposto, Pau não resistiu à vontade de implorar um beijo da namorada. Com um sorriso brincalhão no rosto, ele estendeu a mão para ela, seus olhos brilhando com travessura.

Então, quando Pau se inclinou para beijar seus lábios, sua namorada rapidamente se afastou dele.

“Vamos, amor.” Ele choramingou, sua voz cheia de desespero. “Só um beijinho. Isso vai me fazer sentir muito melhor, eu prometo.”

O beicinho de Pau se aprofundou, seu lábio inferior se projetando em uma expressão exagerada de decepção. “Mas meus lábios estão solitários.” Ele choramingou, sua voz pingando um som excessivamente dramático. “Eles precisam de um pouco de atenção.”

"Além disso, um homem não pode sentir falta da namorada agora? Estou deitando  há muito tempo, esperando você voltar para casa e me beijar."

Sua namorada riu baixinho, balançando a cabeça com suas travessuras. “Acho que não, Pau.” Ela respondeu, seu tom gentil, mas firme. "Eu não quero pegar o que quer que tenha feito você ficar doente."

Pau fingiu fazer beicinho, o lábio inferior projetando-se em uma expressão exagerada de decepção. "Você é tão cruel comigo." Ele fingiu soluçar, seu tom embargado quando ele estendeu a mão para pegar a mão dela.

Sua namorada revirou os olhos com um sorriso, incapaz de resistir ao seu charme mesmo quando ele estava choramingando. “Ah, pare de ser tão bebê.” Ela brincou, apertando a mão dele para satisfazer sua necessidade de carinho.

Sentindo-se determinado a arrancar um beijo de sua namorada, Pau soltou seus melhores olhos de cachorrinho, na esperança de tocar o coração dela. Com os olhos arregalados e suplicantes, ele olhou para ela com toda a inocência e vulnerabilidade que conseguiu reunir.

"Muito, muito, por favor." Ele implorou, com a voz suave e implorante. "Só um beijinho para me fazer sentir melhor?"

Mas em vez de derreter com sua adorável exibição, sua namorada riu e balançou a cabeça, sua expressão divertida, mas firme.

"Ah, não, Pau, não se atreva a olhar para mim com esses olhos. Você sabe que eles são minha fraqueza."

O lábio inferior de Pau se projetou em um beicinho fofo, mas ele não pôde deixar de sorrir com a resposta dela. Determinado a conseguir o beijo dele, o namorado dela tem quase certeza de que quase conquistou o carinho dela.

“Querida, sério, você tem que parar de me olhar assim, isso não é justo, você sabe disso.”

Mas enquanto Pau continuava a choramingar, sua namorada não pôde deixar de se deixar influenciar por seu comportamento adorável. Com um suspiro suave, ela se inclinou e deu um beijo suave em seus lábios, incapaz de resistir ao seu charme bobo.

“Aí está.” Disse ela, com a voz cheia de carinho. Os lábios dela permaneceram mais tempo nos lábios dele do que ele pensava.

Pau, encorajado pelo sucesso em arrancar um beijo da namorada, não resistiu em testar um pouco mais a sorte.

"Ei." Ele gritou com um sorriso travesso. "Que tal mais um beijo para garantir?"

Sua namorada riu de sua persistência brincalhona, balançando a cabeça divertida. “Boa tentativa, Cubarsí.” Ela respondeu, seu tom afetuoso, mas firme. "Mas você já teve seu beijo por enquanto."

Pau soltou um gemido fingido, mas sua namorada simplesmente riu e deu um tapa nele de brincadeira antes de se levantar do sofá. Preparando-se para tratar seu garotinho especial.

“Tudo bem, chega disso.” Ela brincou, dando-lhe uma piscadela. “Vou preparar um lote da minha sopa especial para ajudar você a se sentir melhor.”

Pau sorriu apreciativamente, sentindo uma onda de gratidão por sua natureza carinhosa. “Deus, eu te amo.” Ele gritou enquanto ela desaparecia na cozinha.

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