Cap. 17

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Mauro

Dylan e Dominic voltaram longos minutos depois de ficarem no meu escritório. Dominic estava com o rosto vermelho e o Dylan com a maior cara de paisagem como se nada tivesse acontecido.

- Já que voltaram, eu e a Isa vamos pra casa - Disse Yuri

- Ah tio - Disse Benjamin - Fica mais um pouco.

- Ben, o tio está cansado - Disse Dylan - Ele não pode dormir a tarde toda que nem você e a Isa.

- Tá bom.

- Vem Ben, você tem que tomar banho - Disse Dom

Ele se despediu do Yuri, da Isa e correu com o Dom até a escada. Dylan levou eles até a porta e voltou sentando do meu lado, coloquei a almofada no colo dele e deitei.

- Como você está?

- Assustado e com medo, se fosse só eu, ele poderia fazer o que quiser comi...

- Não, não Mauro, você não está sozinho, ele nunca mais vai encostar em você, nunca mais vai te machucar porque nenhum de nós vai deixar.

- Obrigado mano.

Ele começou a fazer carinho no meu cabelo e senti meus olhos pesarem.

- Para - Falei segurando as mãos dele

- Por que?

- Eu não quero dormir de novo.

- Então vamos comer alguma coisa, você não comeu nada ainda.

Ele me puxou pra cozinha, esquentou minha comida e colocou o prato na minha frente.

- Agora come.

- Tá bom.

- Yuri e o Adrian que fizeram.

- Está uma delícia, por que não deixaram os meninos aqui? Eu ficaria mais tranquilo.

- Eles vão ficar bem Mauro, estamos falando do Adrian, ele cuida muito bem dos meninos.

- É, eu sei.

- Não sente falta?

- Do que?

- De quando vocês dois namoravam.

- Não, eu amo o Adrian, mas não voltaria a ter um relacionamento com ele. Foi muito difícil fazer ele aceitar que eu iria ser pai e que precisaria me manter afastado por um tempo.

- Dá pra ver que ele ama os meninos.

- É, eu sabia que os meninos ficariam seguros perto dele, era alguém que eu podia confiar e sabia que ele estaria sempre presente.

- Foi uma boa escolha.

Aproveitei que ele estava com a guarda baixa e toque no assunto do Dominic.

- Você e o Dominic? Eu vi como ele saiu do meu escritório, parecia um pimentão.

- Para Mauro, não aconteceu nada.

- Tá, vou fingir que acredito.

- Ele é bom demais pra mim - Disse abrindo uma garrafa de cerveja - Merece coisa melhor.

- Não acho.

- Você não tem que achar nada Mauro.

- Vocês formam um belo casal.

- Mauro, para de brincadeira.

- É a verdade.

- Chega desse assunto.

Tempestade interior Onde histórias criam vida. Descubra agora