Dylan
Quando Adrian me ligou dizendo que estava no hospital com o Mauro e os meninos, imediatamente eu saí da empresa e fui direto para casa, senti uma enorme necessidade de ver meu filho. Não consigo entender, toda vez que acontece alguma coisa com uma criança, sinto uma enorme vontade de ver o Benjamin.
Entrei no elevador e apertei o botão que ia para a cobertura. Chegando no vigésimo andar, meu celular começa a tocar.
- Alô?
- Encontrei com o Mauro e o Adrian no hospital, eles estavam extremamente nervosos. O que aconteceu? - Pergunta Lorenzo
- Bateram nos meninos, Mauro encontrou o Kaiky desacordado no ginásio e o Kaio na diretoria com o nariz sangrando e o rosto todo machucado.
- Ah meu Deus, Adrian estava totalmente enfurecido, mataria qualquer um que olhasse torto pra ele.
- Eu imagino, você está bem? O que estava fazendo no hospital?
- Levei a Antonella para fazer alguns exames de rotina e aproveitei para fazer também.
- Tudo certo com você e com ela?
- Aparentemente sim, vou ter que esperar os resultados saírem e depois voltar lá.
- Que bom, estou chegando em casa agora, mais tarde vou levar o Benjamin aí pra brincar com a Antonella, pode ser?
- Sim, claro que sim, vou ir no mercado comprar algumas coisas pra eles e para fazer o jantar. Se caso você tiver alguma notícia dos meninos, você me avisa, tá?
- Tá bom, aviso sim, até mais tarde.
- Até.
Encerrei a ligação e entrei em casa, o barulho que estava vindo da cozinha estava me deixando com dor de cabeça.
- Benjamin! Para! - Ouço Dominic falar - O que está acontecendo?
- Estou com fome Dom!
- Benjamin, você acabou de comer há dois minutos atrás, tem que deixar um pouquinho para o seu pai.
- A vovó disse que era pra mim!
- Não Ben, a dona Pietra disse que era para nós três, você já comeu o meu pedaço e o seu de uma vez só, tem que deixar para o seu pai.
- Meu pai nem gosta de doce, nunca vi ele comendo.
- Gosto sim, mas ele não é uma formiguinha igual a você.
- Então eu quero comer outra coisa.
- Você já fez o que eu te pedi?
- O desenho para o vovô Otto?
- É.
- Sim e fiz um desenho para o meu pai também.
- Então temos que esperar seu pai chegar, ele não me mandou nada sobre o jantar.
- Dom?
- O que foi meu amor?
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro que sim.
- Lembra do dia em que conhecemos o tio Yuri?
- Lembro sim, aquele dia eu fiquei tão assustado e preocupado com você.
- Você acha que é verdade?
- O que?
- Que a mamãe morreu por minha causa.
Senti meu coração bater tão forte que parecia que ia sair do meu peito. Alguma coisa me dizia que o que tinha acontecido aquele dia não ia sair tão cedo da cabecinha do meu filho.

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Tempestade interior
RomanceEm meio a essa tempestade interior que me assola, você é a minha principal calmaria ✨