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O avô
JEON JUNGKOOK
Observá-lo dormindo me relaxa.Me traz uma sensação de paz, de segurança, que nunca pensei que alguém pudesse me proporcionar. Passo com delicadeza as costas da mão por sua bochecha, não quero acordá-lo, embora eu saiba que para isso ele precisaria de muito mais do que um simples toque. Jimin está esgotado.Eu o deixei exausto. Um sorriso arrogante se forma em meus lábios, e eu gostaria que ele pudesse vê-lo para debochar de mim, como sempre faz.Sei que diria algo como "deus grego arrogante".Ele é tão lindo e indefeso quando está dormindo... Sua transparência, a facilidade com que posso lê-lo, é uma das coisas que mais me atraem nele. Não tenho que me preocupar com motivos ocultos, mentiras ou falsidade. Ele é verdadeiro e muito sincero sobre tudo que sente. É exatamente disso que sempre precisei.Clareza, honestidade.É o único jeito de eu confiar e me expor dessa maneira,que me permitiu seguir meus sentimentos, libertá-los e abrir meu coração para ele.Chego mais perto e dou um beijo em sua testa.
— Te amo.
Ele se mexe um pouco, mas continua dormindo. Observálo dormir faz com que eu me sinta meio perseguidor, e issome faz lembrar nosso início.Meu bruxinho obcecado. O menino que achava que me perseguia em segredo,todas aquelas vezes que fingi não saber que ele estava me observando.Uma batida na porta me traz de volta à realidade. Cubro Jimin com o lençol e vou me vestir depressa, mas não encontro minha blusa. Então abro a porta assim mesmo.Duas meninas. Sei que são primas do Jimin, mas não lembro os nomes. Ficam petrificadas quando me veem. Elas me examinam de cima a baixo descaradamente.
— É, bem... — Uma delas enrubesce, trocando um olharcom a outra.
— Meu Deus, que gato!
— Cecilia!
Cecilia morde o lábio.
— Só estou dizendo a verdade, Camila, ele sabe que égato, então por que fingir que não estamos deslumbradas?
Ignoro o elogio.
— Imagino que vocês sejam as primas que dormiriam noquarto do Jimin.
Camila assente.
— Sim, desculpa interromper.
Sorrio para ela.
— Tudo bem, podem entrar. — Chego para o lado, dando passagem. — Eu já estava indo embora, só preciso encontrar minha camisa.
Cecilia me segue dentro do quarto.
— Para quê? Você está ótimo assim.
Camila a segura.
— Cecilia! — exclama, e me dá uma olhada pedindo desculpa.
— Foi mal, a Ceci bebeu muito.
— Sem problemas.
Pego minha camisa no chão e dou um beijinho na bochecha do Jimin. Visto a roupa e olho para as duas garotas.
— Não o acordem, ele está exausto. Foi um dia agitado para ele.
Camila faz que sim.
— Pode deixar.
— Boa noite. — Saio e desço a escada
— Jungkook.
Paro e me viro para ver quem me chama.Cecilia vem lentamente na minha direção, sorrindo.
— Eu...
Minha voz assume seu tom gélido usual, defensivo.
— O quê?
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Através da minha janela (jikook)
FanfictionAos dezoito anos, a vida de Jimin se resume a trabalhar em uma lanchonete, sair com os dois melhores amigos e, principalmente, observar pela janela de seu quarto cada passo do vizinho. Alto, atlético, misterioso e lindo como um deus grego, Jeon Jung...