A discussão.

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10°
A discussão

Não entre em pânico, Jimin!
Não entre em pânico!

- Ah! - solto um grunhido de desespero, caminhando deum lado para outro no quarto.
Rocky me segue fielmente, percebendo minha frustração.
Observo Jeff, que continua no mundo dos sonhos. Roominhas unhas. Jungkook parece muito irritado e com certezaestá vindo atrás de mim. Como eu te odeio, tecnologia!
Você tem me causado muitos problemas ultimamente
.
- Tudo bem, se acalma, Jimin. Respira. Uma coisa decada vez - digo para mim mesmo, desarrumando o cabelo.

- Se ele vier, é só não abrir a porta. Vai dar tudo certo.

Sento-me na beirada da cama e respiro fundo. A mão deJeff está pendurada. Rocky a cheira e rosna, mostrando osdentes. Jeff é um estranho para ele.

- Rocky, não! Vem cá.

Eu o levo para fora do quarto e fecho a porta.
A última coisa que quero é que Rocky morda Jeffenquanto ele dorme, isso complicaria ainda mais a situação.
Não sei quanto tempo passa, mas bocejo. Checo meucelular e o de Jeff, mas não há notificações, nem umaligação sequer. Será que Jungkook se acalmou? O relógio na
minha mesa de cabeceira me mostra as horas: 2h43. Já estábem tarde, a noite passou voando.
Entro no banheiro e o reflexo no espelho me espanta.
Caramba, estou horrível! Meus olhos estão vermelhos, meucabelo castanho completamente bagunçado, os fios
apontando para várias direções.

Poderia facilmente sair na rua e assustar as
pessoas. Em que momento minha aparência passou deincrível para horroroso?
O nome disso é álcool, querido. Descalço, saio do banheiro e vouaté a cama. Sento-me do lado oposto a Jeff, o sono metomando por completo. Estou exausto. Minha primeira noitede festa foi caótica demais. É um milagre eu ainda não estardormindo. Suspiro e esfrego o rosto. Meus olhos vão se
fechando devagar, a brisa entrando pela janela me dáarrepios. Meus olhos se arregalam quando me lembro da
vez em que Jungkook entrou no meu quarto pela janela.

- Merda!

Corro até a janela, mas paro abruptamente no meio docaminho. Dá para ver a silhueta de alguém atrás da cortina.
Jungkook pula dentro do meu quarto puxando as cortinas aoentrar.
Oh, fuck!, como diria Tae.
Jungkook está no meu quarto. Como sempre, suaaltura faz o cômodo parecer pequeno. Ele ainda está usandoa camisa cinza com mangas arregaçadas que lhe cai tão
bem. Seus olhos me encaram com tanta frieza que juro queme dá calafrios. Ele está bravo, muito, muito bravo. Suasfeições parecem tensas, os lábios apertados e as mãoscerradas. Sua linguagem corporal indica que preciso sercuidadoso se não quiser virar comida de deus grego.

- Onde ele está?! - grita ele, me surpreendendo.

Engulo em seco e me aproximo dele devagar.

- Jungkook, me deixa explicar o que aconteceu.

Jungkook me empurra para o lado e vai até a cama.

- Você não tem nada para me explicar. - Seus olhosviajam para as roupas de seu irmão no chão, sujas devômito, e para o estado em que ele se encontra. - Você
embebedou ele?

- Foi um acidente.

- Você me deixou sozinho e foi embebedar meu irmãomais novo?

- Foi...

- Um acidente? Como você pôde ser tão irresponsável?- Ele sacode o irmão, mas Jeff só murmura algo sobrequerer sua mãe e esconde a cabeça debaixo do travesseiro.

- Olha só pra ele! - Jungkook se endireita e me encara comraiva. - Você fez isso de propósito? Queria tanto assimestragar minha noite?

Ele se aproxima de mim, mas eu não me movo, não voudeixar que me intimide.

Através da minha janela (jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora