Capítulo 16

353 29 0
                                    

As coisas não se tornaram ótimas depois daquele dia, mas houve um certo nível de paz. Uma trégua para ser mais exato.

Já se passou vários dias e os Potter já voltaram para casa. No entanto no meio da conversa daquela noite Regulus começou a pensar no que ele sabia sobre o lorde das trevas, observando aquele medalhão — o legitimo medalhão de Salazar Slytherin — ele voltou sua mente em todas as vezes que algo sobre Salazar foi mencionado. Não quando falavam sobre a Sonserina como uma casa de Hogwarts, os ideias que seu fundador tinha um quase um milênio atrás. Tantos o chamavam de o Herdeiro de Slytherin, até mesmo o bruxo afirmava esse fato.

Talvez tenha um fundo de verdade, Regulus pensou.

O medalhão é uma relíquia rara que simplesmente desapareceu a muito tempo, na verdade a única relíquia dos fundadores cujo a localização é conhecida é a espada de Godric Gryffindor, que qualquer um que teve o desprazer de acabar na sala do diretor Dumbledore sabe que está pendurada na parede.

Por lógica, o medalhão foi passado de Salazar a seu descendentes por gerações então se o Lorde das Trevas o tem, ele provavelmente é um desses descendentes. 

Essa lógica fez Regulus engolir seu orgulho e pedir algo a James. Na verdade ele pediu para Sirius e este pediu a James, Regulus ainda tem dignidade para defender, ele não estava tão desesperado.

Por isso quando Evans, que agora é uma Potter, voltou a cabana com uma pilha de livros que claramente não eram lidos a algum tempo.

— Obrigado — Regulus disse sentado na cadeira da mesa de jantar.

— Não tenho certeza de porque quer isso, mas boa sorte — ela disse se sentando também.

Regulus não queria ser grosso, mas ele também não gosta muito de companhia, muito menos de estranhos. Sim, aquela mulher é amiga de Sirius a alguns anos, os dois estiveram na mesma casa em Hogwarts por sete anos e, Regulus descobriu recentemente, Sirius também foi padrinho de James no casamento com Evans. Tudo isso não anula o fato dela ser uma estranha para ele.

— Posso saber o que está procurando?

Ele pensou em várias respostas, muitas delas um tanto mau educadas, mas não fazia diferença contar a ela de verdade, Evans nunca seria uma espiã de Voldemort mesmo.

— Tenho uma...teoria — ele respondeu —  bem na verdade estou procurando provar algo.

— E isso pode destruir a horcrux? 

— Não, mas vai me ajudar a entender nosso inimigo em comum melhor —  Regulus pegou um livro de capa azul escuro — ouvi dizer que quanto mais se sabe sabe sobre os inimigos mais chances há de vencê-los.

— Mas ninguém sabe absolutamente nada de concreto sobre Você-Sabe-Quem. Apenas boatos em geral.

— Sim, mas a maioria dos boatos tem um fundo de verdade — Regulus respondeu olhando para a ruiva — e as melhores mentiras são baseadas são distorções dos fatos não invenções completas, assim fica mais fácil não ser perder nelas.

— Entendi, precisa de ajuda?

— Com todo o respeito, você não tem nada melhor para fazer?

— Sirius pediu para ficar de olho em você — ela admite sem qualquer remorso.

Regulus sente a irritação subindo por sua espinha, mas não era de se esperar algo muito diferente do seu irmão. Sirius não tem ficado longe por muito tempo, nem deixado Regulus fora de seu campo de visão e isso já está deixando o mais novo nervoso. Porém, no fim do dia, Regulus ainda não conseguia se virar completamente sozinho, por mais que sua dignidade e orgulho chorem e se quebrem um pouco mais toda vez que ele tem que pedir ajuda.

Os Marotos, os Sonserinos e as HorcruxsOnde histórias criam vida. Descubra agora